Chegamos ao apartamento dele conversando sobre escritores franceses e mangás japoneses, ele me ofereceu água gelada e, depois de um copo, me beijou sedento. Beijou-me guiando meu corpo até o quarto onde ele sentou na cama. Eu dei dos passos para trás e coloquei minha bolsa de lado. Ele então me olhou com aqueles olhos verdes cor-de-mar, e me puxou, abraçando minha cintura, sua cabeça alcançou o meu peito, ele podia inclusive ouvir meu coração batendo em dúvida, eu lhe fiz um cafuné. Ele não se mexeu, só parecia um menino que precisava de carinho, e eu não lhe neguei. Continuei os cafunés até minha mão esquerda descer-lhe pela nuca e acariciar suas costas por cima da camisa de algodão branco. Ele gemeu e me apertou entre os braços tatuados. O plástico que protegia a tatuagem recém retocada do seu braço esquerdo chegou a tocar minha pele por baixo da camiseta que se erguera.
Eu então levantei sua cabeça com um leve puxão de cabelo e o beijei. Ele, me puxando pela bunda, me trouxe para cima do corpo dele. Senti-o excitado por baixo de sua calça jeans, de novo, calça jeans folgada demais na minha opinião. Minha camiseta foi a primeira a ser jogada no chão, e as mãos dele se encheram com os pêlos do meu peito. Ele me fez sentar em seu colo, enquanto lambia meus mamilos e sorria. "Lindos seus pêlos!". O elogio me animou e tirei a camiseta dele, revelando o peitoral branco e liso, definido sem exageros. Beijei-lhe o peito, esfreguei minha barba em seu pescoço, mas seus gemidos eram mesmo intensos quando eu explorava seu ponto fraco: as costas. Os carinhos o faziam amolecer. Logo as calças e a cueca dele estavam jogadas no chão, as minhas foram parar do outro lado da cama, e eu estava deitado sobre ele, e meus pêlos escuros contrastavam com os dele, ruivos. E quando nossas bocas se juntaram éramos um só.
Ele afastou-se do meu hálito apenas uma vez, para deitar-se de bruços e oferecer-se como Rimbaud para mim. Mordi sua orelha, neste instante, deitando-me sobre ele, lambi seu pescoço e desci sentindo o gosto de sua pele branca na minha língua por toda coluna vertebral até encontrar-lhe a bunda pequena e redonda, rija e coberta com pêlos ruivos finos e quase invisíveis, praticamente apenas brilhavam contra a luz do sol que se punha do outro lado da janela. Lambi-lhe os pêlos, a bunda, ele gemeu como um francês, e eu respirava embebido na espuma dos seus glúteos brancos que desciam até a auréola . Eu subi ouvindo seus gemidos quase agradecidos, e me deitei sobre o corpo excitante dele, ele sentiu que eu estava excitado e rebolou, eu procurei sua boca e nossos dedos se entrelaçaram enquanto ele forçava o quadril para me ter dentro dele.
Foi quando ele me empurrou e sentou no meu colo. Enroscou seus dedos nos pêlos do meu peito e puxou. Ele me olhava excitado, eu o masturbava. Foi quando, ele rápido, forçou para que eu adentrasse aquele pequeno degrau dourado, "entre os cordões de seda, os cinzentos véus de gaze, os veludos verdes e os discos de cristal que enegrecem como bronze ao sol -, vejo a digital abrir-se sobre um tapete de filigranas de prata, de olhos e de cabeleiras". Ele pediu que eu aguardasse enquanto ele se acostumava. "Não estou muito acostumado a fazer isso", comentou. Ele demorou um tempo, mas ai começou a rebolar, foi quando sentei-me e ele deslizou mais um pouco, gemendo profundamente, eu tinha tocado bem lá.
Beijei sua boca e lembrei que faltava uma coisa. Pedi-lhe um instante e levantei, vesti rápido uma camisinha e voltei, com o meu cinto preto na mão e ordenei-lhe que ficasse de bruços, ele obedeceu sorrindo. Prendi-lhe os dois braços fortes, atados pelo cinto na altura do pulso nas costas, lambi-lhe a bunda dourada mais uma vez e o penetrei com cuidado porque ele gemia muito, excitado. Deitei sobre ele, esfregando os pêlos do meu peito nas costas nuas dele e sentindo ele rebolar embaixo de mim. "Caralho... isso é... bom... demais", sussurrava. "Tá gostoso?", perguntava, "Minha bunda tá gostosa?".
Eu o libertei nesse momento, o virando de frente para mim e erguendo suas pernas em meus ombros. "Você é todo gostoso", respondi finalmente. E o penetrei novamente segurando suas pernas, ele se masturbava agora intensamente. Puxava com uma mão a minha bunda para mais perto dele. "Soca fundo!", pedia e eu obedecia. Ele gemia alto naquele momento. Olhei pela janela atrás dele e vi a praia de Ponta Negra ao fundo, ele estava de olhos fechados, quase gozando. "Goza em mim, por favor! Dentro de mim!", ele implorou. E eu acelerei. Gozei apertando as coxas ruivas dele, ele se masturbava aproveitando que eu ainda estava duro dentro dele. Mas cansou, foi ai que eu assumi e, com a boca, "uns filamentos, como lágrimas de leite, choraram, ao vento inclemente que os expulsa".