Texto escrito com a sábia ajuda do Râzi nas palavras finais da árvore.
Um dia, no prado, uma bela flor nasceu. Delicada e alva como uma nuvem no céu. Delicada, ela deu bom dia ao mundo e sorriu. "Bom dia", uma árvore frondosa, de muitos anos, longos e numerosos ramos, respondeu. "O que há de bom?", perguntou uma raposa deitada ali perto, lambendo as patas. "Ah, o dia! O céu azul! O sol, ah, o sol!", respondeu a flor, esticando-se e espreguiçando-se, deixando o sol a tocar. "Além disso, todo dia é um dia novo. Tudo pode acontecer", continuou a esperançosa flor. "É, basta esperar, que um dia algo de bom há", disse a árvore, com ar de severidade e experiência. "É? Então vamos esperar", disse a raposa jocosamente. E deitou-se ao pé da árvore, coçando as orelhas, às vezes, a bocejar.
O dia passou. E conforme a luz do sol esvaía-se, a flor entristeceu, viu que seus sonhos esperançosos morreram, murchou e secou. Caindo ao chão. A raposa novamente adormeceu e a árvore decidida continou a esperar, no outro dia, com os passarinhos, no entanto, outra flor nasceu. "Bom dia". "Bom dia", a árvore prontamente respondeu. "O que há de bom?", a raposa com um sorriso irônico questionou. "Ah, o dia! O céu azul! O sol, ah, o sol! Além disso, todo dia é um dia novo. Tudo pode acontecer!". "É mesmo?", perguntou de novo o astuto animal acaricianço a própria calda, mas quem respondeu foi a árvore. "É, basta esperar, que um dia algo de bom há". E a raposa, incrédula, propôs: "Então vamos esperar".
O dia passou. E conforme a luz do sol esvaía-se, a flor entristeceu, seus sonhos não borboletearam por ela e murchou e secou. Caindo ao chão. A raposa, agora pendurada num galho da árvore, adormeceu e árvore vigiou durante toda noite esperando algo de bom acontecer e, no outro dia, uma nova flor nasceu. "Bom dia!". "E o que há de bom?", respondeu a raposa irritada. "Ah, o dia! O céu azul! O sol, ah, o sol! Além disso, todo dia é um dia novo. Tudo pode acontecer!". A raposa gargalhou e, saltando da árvore, vociferou: "Há unica coisa que vejo acontecer é lindas flores como você sonharem, entristecererem, murcharem e morrerem". A flor se assustou, mas mesmo assim tentou responder: "Mas se você esperar...". A raposa sacudiu a cabeça e respondeu: "Cansei de esperar, vou caçar, e você?". E virou-se perguntando para a velha árvore, enrugada e triste, presa no mesmo lugar que disse-lhe: "Eu vou esperar, um dia algo de bom há!". A raposa virou-se desdenhosa pretendendo partir, foi quando a grande árvore disse-lhe: "Ah, raposa, raposa, várias de vocês já naceram e morreram e eu continuo aqui e aqui permanecerei! Para mim, você e as flores pouca diferença têm. Só que as flores, menos vivendo uma fração de sua vida, vivem, vicejam, alegram, cumprem sua função. E aproveitam cada minuto que têm. Você, com seus longos anos, sem pensar na morte, ocupa-se de sofrer com essas bobagens que vocês chamam de problemas. Essas coisas que eu só vejo passar. Porque, raposinha, tudo passa: o mal e o bom que há!".
Moral da estória: Você é uma árvore? Uma raposa? Ou uma flor?