Domingo a tarde, estamos na casa de praia de uma amiga de um amigo. A praia é Pitangui. Uma colônia de pescadores com uma única rua asfaltada e todas as demais de areia. Praia onde as pessoas não usam sapatos em lugar nenhum. Em que todos estão sempre descalços. Fica em outra cidade ao norte de Natal, chama-se Extremoz, antiga missão jesuíta, em que todas as localidades ou tem nomes indígenas ou nomes de cidades portuguesas, culpa de Pombal. Faz calor, mas o vento é constante, farfalhando as folhas da mangueira no quintal. Uma travessa grande de caranguejo está servida no meio da mesa de centro, colocada no alpendre. As pessoas estão sentadas em torno da mesa, em cadeiras de madeira, tomam cerveja e quebram as pernas dos caranguejos com as mãos e os dentes. São três casais e eu. Quatro meninas, o casal dono da casa, um casal de amiga delas e meus amigos. Todos conversam sobre seus relacionamentos. Falam sobre como começaram, como se conheceram, sobre sua intimidade, as estórias que viveram. Até que uma das meninas para e me olha. "E você não fala nada? 'Tá em silêncio ai o tempo todo". Eu sorri e respondi: "Não tenho o que falar, minha querida, simplesmente não tenho o que falar".
Ihhh... nessa vida muitas vezes a gente fica - literalmente - sem ter o que falar. Virge!
ResponderExcluirE Foxxxito... relaxa que dá pra fazer maravilhas com o próprio peru. Acredite! Hehehehe!
relaxa que dá pra fazer maravilhas com o próprio peru. Acredite! Hehehehe! [2]
ResponderExcluirTo fazendo a mesma linha Foxx. Odeio sair com casais, porque nunca tenho assunto.
ResponderExcluirOi, tudo bem? Eu também estou assim, sem muito o que fazer... imagine falar! Chega fim de ano e a desacelerada é imensa... o corpo querendo falar e fazer e as coisas estancando.
ResponderExcluirMas eu tenho uma coisa pra te falar: como você disse que era um filme preferido seu, ontem eu fui ver o Dogville... quequéisso??? Essas horas é que eu chego à conclusão que sou um nadica de nada.
Que coisa mais... sei lá, não vem as palavras... é como se a gente estivesse no Teatro de Dioniso, como se um portal se abrisse, mas somos hoje, na forma de ontem, ou o contrário. Eu já tinha ouvido falar nessa coisa de Dogma 95, mas, sabe como é.
Com o filme caminhando todo aquele vazio cênico sendo preenchido aos poucos, as casas, as árvores, as montanhas, se materializando nos olhares, nos gestos, “pirante”, cara! Até eu conseguir falar sobre, acho que ainda vai ser preciso assistir mais vezes, 2 ou 3, quem sabe. Por enquanto estou como esse post... não tenho o que falar.
Abraços
Não sei se é mais chato pra quem não tem o que falar ou pra quem espera algo de quem não tem o que falar.
ResponderExcluirEu quase nunca tenho o que falar.
Mas se me pedir pra escrever, eu transformo alguns segundos de silêncio em algumas linhas. = ]
puxa, sou igualzinho, pouca coisa pra falar, mas muita pra escrever!!!
ExcluirOi... pode ser que você vá me mandar à merda... tudo bem. Há umas horas atrás você escreveu mais ou menos assim: “o mundo zoa comigo, ele me mostra pessoas incríveis que eu não posso ter comigo”.
ResponderExcluirQuem zoa com quem? Se você começa com uma restrição vai querer o que? Ele fez o papel dele... ele te mostrou! Onde estão essas pessoas incríveis? Na China? Elas tem email, orkut, facebook, blog, telefone? Custa caro a passagem? É tão difícil assim aprender chinês?
Juro que no meio eu já imaginei esse final, era mais que previsível :)
ResponderExcluirgente, Cesar, vc lê meu twitter? que honra! e não, querido, de forma alguma vou manda-lo a merda. (espero que vc volte pra ler isso também).
ResponderExcluireu tenho que fazer uma pergunta antes: que restrição q eu começo? não faça pressuposições. agora, me explicando: o que acontece é que eu conheci sim pessoas maravilhosas, gente incrivel que em muitos casos elas me conquistaram, porém em alguns casos (a grande maioria) eles moravam em outras cidade e sim, a passagem custa caro. não dá mais pra tentar um namoro a distância, isso é uma opção totalmente fora de cogitação, pelo simples fato q meu único relacionamento foi a distância e eu descobri q esse tipo de relacionamento não faz bem a nenhuma das partes envolvidas; já quando as pessoas não moram longe de mim, qndo é o caso delas morarem perto de mim, ai elas não tem o menor interesse na minha pessoa, o mundo me apresenta pessoas que seriam namorados perfeitos, porém eu não sou para eles o kra perfeito para namorar, então, acabo sobrando como "pau-amigo", sabe?
Oi, voltei...pelo pouco que te conheço sei que você não me mandaria à merda (kkkkkkk) fica feio isso com convidados, né... e, mesmo que me mandasse, eu não ficaria bravo de jeito algum! Convidado também não tem o direito de ficar bravo na casa dos outros.
ResponderExcluirQuer saber a primeira restrição que você acabou de quebrar? Pelo que já vi por aqui (confesso que frequento a não muito tempo), por mais que te provocassem nos comentários, você nunca voltava pra dar a “sua” resposta. Essa foi a primeira vez que eu vi.
Agora vamos a algumas outras restrições que aindam faltam quebrar (não vamos esgotar o assunto, senão fica muito chato): “um único” (redundância proposital... kkkkkk) relacionamento à distância que não deu certo, pra mim, não é prova que “todos” os possíveis outros não possam dar.
Outra: quando as pessoas moram perto, elas não tem interesse por você. Então, isso é uma restrição geográfica? Se for, voltamos para o que eu mencionei acima. Se não, se você as achou tão incríveis assim, é por que elas quiseram que você as enxergasse assim, certo? Será que isso é gratuito? Se alguém não se interessa por outra pessoa, por qual motivo ela gostaria de se mostrar incrível para essa pessoa? E você não me parece ser alguém que fantasia ou não sabe avaliar as pessoas a ponto de achar incríveis quem não é.
Só mais uma: o tal do “perfeito”... mas acho que essa restrição fala por si só, nem preciso comentar.
Como é que vocês falam? É assim? Bjaum (kkkkkkk)
Só mais uma (kkkkkk) eu sei que sou bem chato! Estava fazendo "arqueologia" no seu blog e achei um post muito bom... sobre o "homem ideal".
ResponderExcluirAntigamente eu tinha uma frase que vivia repetindo e achava engraçado: eu iria casar comigo mesmo e ter um lindo casalzinho de eus! (kkkkkkk).
Hoje acho um pouco sem graça.
Agora vou mesmo...
Oi Cesinha
ResponderExcluirentão, vamos lá:
1) eu não costumo comentar por aqui, mas eu sempre respondo por e-mail ou vou ao blog das pessoas que comentam e respondo por lá, decidi fazer por aqui porque este é o único meio de contato q tenho com vc, por isso... teve que ser por aqui.
2) sobre relacionamentos a distância, eu não apostaria em mais nenhum. o que eu mais desejo em um relacionamento é exatamente ter intimidade com aquela pessoa q vc namora, um relacionamento a distância é um tipo de relacionamento que exatamente aquilo que vc não tem é intimidade, vc tem tudo que um namoro normal tem, mas vc nunca desenvolve intimidade com aquela pessoa pq vc não convive com ela tempo o suficiente. no fim, os encontros acabam sendo apenas encontros para sexo, mas sair pra ir ao cinema ou jantar e ficar conversando não acontecem... entende?
3) as pessoas que eu achei interessante que moravam perto de mim não se interessaram por mim, Cesar, elas demonstraram q são interessantes pq são pessoas interessantes e a prova de q elas não estavam interessadas é pq eu falei a elas que queria namora-las, que eu gostava delas, e elas toparam fazer sexo comigo, mas nunca me namorar, esse tipo de interesse nunca existiu.
É, cara... deve ser por isso que eu evito sair com casais... sempre caio nesse tipo de "saia-justa". #virandopadre
ResponderExcluirJá passei por momentos assim e o que eu sou ninja em fazer é conduzir a conversa e mudar de assunto sem q o povo perceba. Pronto resolvido! Alokaa!! iauahauhuahua!!
ResponderExcluirAbraçooo, querido!!
Novamente, no meio da inadequação entre casais, no meio dos caranguejos, no meio da aldeia à beira-mar, lá está aquilo de que você ainda não pode fugir: seu sentimento de solidão.
ResponderExcluirTorço para que você encontre seu caminho, e que esse caminho seja compartilhado com alguém bem legal, que encha sua bola, tome café com você, beije a sua boca, alegre a sua alma, te abrace antes de dormir, sonhe com você, e acorde ao seu lado, dando graças por ter te encontrado!
Um dia, tudo isso também será história!
Enquanto isso, coma os caranguejos e evite casais abelhudos!
Abraço
P.S. Ah, um rapaz que gosta de Dogville... realmente não é pra qualquer um!
Sorry, cliquei antes de assinar o comentário acima. Acho de última esse lance "anônimo" nos comentários!
ResponderExcluirÔ raposinho, apesar de tudo não consegui deixar de sentir certa inveja da situação...praia linda e afastada, caranguejo e cerveja...beijos.
ResponderExcluirNem vou falar do foco do post, mas olha, adoro esse seu jeito detalhista de descrever as coisas. Já disse isso?
ResponderExcluirE, em breve, você terá muito o que falar.
Eu acho.
Adoraria estar num lugar desses e comendo caranguejo. Faz tanto tempo que eu não como caranguejo...
ResponderExcluirO Google está doido ..lá no meu decadente blog, aparece outro post !!!
ResponderExcluirEsse Cesinha é show, hein. Cadê o botão "Curti" ?
ResponderExcluirÉ difícil convencer o Foxx a ser otimista, convenhamos. Mas é impressionante como vc, Foxx, atrai esse tipo de situação. Tente se esquivar dessas saias-justas. Eu por exemplo, odeio funk, a rede globo e o flamengo. Então não teria o que falar ou não me agradaria ficar numa roda de conversa que só falasse desses temas, entendeu ? É só uma questão filtrar as situações pra evitar desconfortos.
as vezes é melhor não falar nada mesmo ehehehhe
ResponderExcluirbjos
This place sounds like a dream*
ResponderExcluirAS vezes,o silencio vale ouro.
ResponderExcluirAbraços,menino.
Oi ... É, o silêncio, em algumas situações, reflete consentimento. No seu caso fico a imaginar ...
ResponderExcluirah, Junior, no meu caso é apenas falta de experiência mesmo pra falar...
ResponderExcluirEssa postagem polemizou, heim? Perguntei se vc é 'troller' (e vc não respondeu), mas acho que vou incluir o Cesinha na lista (kkkk).
ResponderExcluirOlha, não consegui imaginar mais nada além do cenário dessa praia em Natal. Que vontade maluca que deu de correr pra lá, de sentir a brisa e dar akele 'tibum' no mar de água morna de Natal.
Eita, que vontade!
Bjaum e desculpa a demora.
E quando a gente não tem o que dizer, o melhor a fazer é ficar quieto mesmo...
ResponderExcluirAgora, sobre o que falou lá no blog, é bem isso mesmo que você disse. Mas não sou só eu que não tenho tempo. Somos todos. E aí fica mais difícil coincidir as coisas.
Beijo.
Os momentos com amigos: tão reconfortantes e tão horríveis ao mesmo tempo.
ResponderExcluirFoxx do meu coração...
ResponderExcluirVocê vai acreditar que agora que eu enxergay o Pequeno Príncipe com a Raposa nos seus óculos?
Pode brigar comigo :p
Mas quero ver esse arco que teu irmão fez AGORAAAAA!
ResponderExcluirInveja me corrói, Raposa maRdita... hahahahaha! Hugzón!
por enquanto pelo menos...
ResponderExcluirNum lugar destes que voce falou eu já estaria sem ter o que falar naturalmente.. que vontade que me deu!!!
ResponderExcluirAcho que todo mundo, em alguma situação, não tem que falar... E esse momento é sempre estranho...
ResponderExcluirAbraços!!