"Quem inventou o amor?" é uma pergunta retórica que inúmeros poetas têm se feito, no entanto, ironicamente, ela tem sim uma resposta. Johann Wolfgang von Goethe. Goethe, escritor alemão do século XIX, inventou o amor, e não somente como nós o conhecemos hoje, inventou um sentimento até então inédito na história da humanidade.
Duvida? Então deixe-me explicar. Até o livro de Goethe, Os Sofrimentos do Jovem Werther, de 1774, não existe registro histórico algum sobre o amor. A palavra, se existente, significa um outro sentimento, uma outra relação com o outro, distinta desta inaugurada pelo pai alemão do romantismo. Em muitas linguas a palavra amor não existia, um exemplo é o grego antigo que possuí eros, que pode ser melhor traduzida por relação sexual, ou phília, que deve ser traduzida ou por amizade ou mesmo uma relação de interdependência, e num grego mais recente, agape, que deve ser traduzido por uma doação espiritual. Talvez se argumente aqui, que a palavra pode não existir, mas a ideia provavelmente já existia. Historicamente, isso é uma falácia. A História e a Antropologia têm provas de que, quando uma palavra não existe dentro de um sistema cultural, isso quer dizer que o conceito preso a ela também é inexistente, é exatamente para poder exprimir conceitos novos que as palavra surgem, é isso, explica a Linguística, que explica porque uma língua se desenvolve, porque novas ideias e conceitos são introduzidos no universo cultural.
Mas o que é o amor? Definamos então. O amor, como nós o conhecemos hoje, é um sentimento de bem-querer que se distingue dos outros pelo seu componente de eternidade. Ele, pressupõem todos, surge para ser eterno, se não o é, não era "amor de verdade". Era exatamente esta ideia que até Goethe ninguém conhecia. Até o romantismo as pessoas faziam sexo e contraíam casamento para reunir a propriedade de duas famílias, Goethe inventou em Werther que essas duas relações deveriam ser permeadas por um sentimento sublime de afeto entre as duas pessoas que fazem sexo ou as duas pessoas que se casam. Não é por coincidência que a ideia de homossexual surge no mesmo período, distinto do heterossexual. Pensem comigo, se antes ao amor, um homem poderia perfeitamente fazer sexo com outro homem e depois casar-se com uma mulher; após o amor, o comportamento social que era exigido dele, era que ele fizesse sexo apenas com quem ele amasse, se ele gostava de fazer sexo com homens necessariamente ele era obrigado a amar apenas homens para, um dia, casar-se com um homem com o qual o seu afeto duraria eternamente. A oposição hetero - homo se funda exatamente quando se proibe que os homossexuais possam amar outra pessoa que não pertença ao mesmo gênero que ele.
Talvez, aqui, também, vocês argumentem que obviamente os homens já possuíssem o sentimento, a capacidade de amar alguém, eternamente, porque esta é uma característica inata, natural, que o ser humano, através dos tempos, sempre possuiu. Desculpem afirmar, mas este argumento é um sofisma grosseiro! Quanto mais me dedico a História, mais percebo que nenhuma característica humana é inata. Absolutamente tudo o que consideramos características imanentes de um ser humano são constructos sociais que nos são repassados por meio da tradição. Essa capacidade de gostar, de relacionar-se socialmente, realmente é pré-histórica, afinal os "homens das cavernas" viviam em bandos, mas essa associação visa a proteção do grupo, o desenvolvimento desses laços (de amizade, parentesco, afeto) são uma necessidade do grupo social para manter-se coeso.
O amor, como o definimos hoje, todavia, não é uma "evolução" deste processo, mas uma guinada radical para um nível psicologizante da relação social. O amor não é importante apenas, agora, para a sobrevivência do grupo social, ele é garantia de existência do próprio indíviduo. Afinal, diz Vinícius, quem não amou, não viveu. O amor, novo deus tirano, é junto com a individualidade, construída ainda mais tarde, centros da vida contemporânea e capitalista, e tudo isso por causa do sucesso que os sofrimentos daquele jovem de colete amarelo fez na Europa ainda na Época Moderna.
Você, meu caríssimo leitor, pode então agora dizer: "'Tá, o amor é um invencionisse de um alemão maluco! E agora o que a gente faz? Dá pra escapar?". Bem, definitivamente este não é o nosso objetivo aqui. Até porque não acredito que seja possível, a não ser que você possa apagar um século e meio de História. Somos filhos de nosso tempo e, sendo assim, imersos em nossa historicidade, só podemos reagir a própria vida através da percepção que a tradição nos lega através da arte, da escola, dos romances, das novelas, das relações sociais, do que aprendemos com nossos pais, que aprenderam com os pais deles, etc. E o amor é parte deste homem que o século XXI conheceu. Só nos resta nos render a este deus tirano e colocar rosas (vermelhas, por favor) em seu altar.
Realmente, não há como fugir. Às vezes, até amar sem ser correspondido pode fazer um bem danado para alguém.
ResponderExcluirDigo isso, pois me sinto mal por nunca ter sentido nada parecido por alguém. Ao mesmo tempo que tenho curiosidade, tenho medo. Será que vou ser forte o suficiente para resistir, caso tudo não passe de uma ilusão? Muita gente já passou, morreu e voltou como fênix. Mas são os outros, não eu. Cada um possui uma carga emocional diferente, e um jeito diferente de lidar com o amor. Talvez eu me mate quando amar e não for correspondido, vai saber.
João se você senti-se mal por nunca ter sentido o amor, fique feliz porque nunca vai sofrer de verdade, nunca vai precisar dividir suas coisas com uma carne imunda como e a do ser humano, amor e sim um sentimento inato, pode até ser que a ideia o conceito e a palavra só tenham só existido depois do romantismo, mas o ser humano mesmo não tendo consciencia desse sentimento de fracos, ele simulava muito bem essa capacitação quando casava, se tornava amigo do sexo oposto, até mesmo se relacionava com mais amplitude com outra pessoa, por isso o chamado "amor" sempre existiu desde os primordios do mundo, lembre-se João temos que ser mais voltados pela razão de que ser emocionais.
Excluirse eu já vivesse naquele tempo, teria matado Johann e sua invenção ridicula rs
ResponderExcluirE não existia amor na China? Japão? Entre os africanos e aborígenes? Astecas? Maias? Sergipanos?
ResponderExcluirAté inventarem "irmão", as pessoas tinham 1 filho só? Ok que o "conceito" podia não existir, mas os irmãos existiam ao montes. :-)
ResponderExcluirConfesso que já tinha pensando nesse conceito da "construção do amor", mas muito mais no que tangia à "construção do casamento"; fora isso, sempre achei que essa coisa do amor eterno e inabalável tivesse algo a ver com o cinema e o american way of life. Mas confesso principalmente que não sei se tô aliviado ou ainda mais frustrado porque esse alemão FDP lascou com a minha vida =/
ResponderExcluirhahaha
ResponderExcluirFoxx, nem ousarei me opor a sua argumentação. De certa forma, eu não acreditava muito nessa história de que o amor é um sentimento inato. Faz sentido que o amor tenha surgido junto com o Romantismo na literatura, isso explica muita coisa, inclusive...
Eu acredito que o ser humano possua a capacidade de somatizar certos conceitos e emoções construidas. Por isso, hoje, eu acho que amor até seja algo hormonal. Posso estar falando besteira, mas ei lá, pra mim fdaz sentido, apesar de não ter nenhum embasamento científico.
Um beijo Foxx, Até o próximo...
PS: Coincidentemente eu estava ouvindo "Antes das Seis" quando li o título do seu post.... kkkkkk
Bravo! Ótimo texto Foxx. Bj
ResponderExcluirBravíssimo! Que texto fantástico! Coincidentemente, acabo de ganhar este livro. Com seu post, ele ganhou alguns pontos de prioridade e será o próximo a ser lido.
ResponderExcluirSeus textos estão cada vez melhores... Dá vontade de sentar e conversar contigo por horas e horas...
Xerinho!
Fox! um dia vc deveria se aventurar tb pelo campo do conhecimento filosófico ... vc tem esta capacidade extremamente apurada ... este seu texto não possui tão somente uma percepção histórica do AMOR mas, também, uma construção filosófica. Claro q o AMOR, enquanto sentimento contemporâneo é um invencionice cultural, como todos os conceitos e palavras ... só discordo de um aspecto que Goethe tenha sido o mago q introduziu o conceito ... ele estava latente já em sua época como uma necessidade cultural ... o q ele fez foi diagnosticar com precisão didática e estabelecer o conceito ... ou não?
ResponderExcluirParabéns ... mais uma aula e tanto ...
Agora a minha modesta opinião no q me toca ... o AMOR tem todas as suas virtudes mas, mas ... mas ... mas ... tornou-se um carrasco da liberdade e da felicidade humana ... mesmo aqueles q se aventuram nele e nele se realizam bem, são obrigados a abrir mão, de alguma forma, de sua liberdade e isto, quer queiram ou não, aceitem ou não, é uma perda lastimável ...
bjão querido amigo
;-)
Eu concordo com o Edu... ele criou o conceito, mas ele não inventou o amor.
ResponderExcluirAbraços!
OLha, não sei se foi Goethe que inventou, mas que ao término de Werther a gente tem sentimento de se igualar ao personagem e a mesma vontade de se matar, ah, isso dá sim.
ResponderExcluirE amor é uma MERDA, mas é necessário para qualquer pessoa.
bj
querido ... o Ediney não fala de AMOR mas de DESEJO ...
ResponderExcluir;-)
Estava esperando por este post desde quando você me falou que escreveria sobre a invenção do amor!
ResponderExcluirAceito que Goethe tenha atribuido o nome a esse sentimento idealisado, mas será que as pessoas já não o sentiam?
Sei la, eu desde muito pequeno me apaixonei por muitos colegas, mesmo nem conhecendo sexo em si, ou precisando ler romances pra conhecer o que significa amor...
Sempre senti um certo amor platonico e no entanto eu so descobri sobre esse termo quando ja tinha por volta dos 15 anos, acho!
Entendo o seu ponto ao dizer que Goethe tenha sido o primeiro a relatar sobre amor do modo que entendemos hj.. mas me questiono se isso ja não existia!
Abraços@, Foxx como sempre ótimo texto! boa semana!
A palavra "Amor" pode não ter existido... mas acredito que a muito já se compartilhava deste sentimento... por mais rústicos que nossos antepassados fossem!
ResponderExcluirTalvez até existisse palavra semelhante para definir tal sentimento! Vai saber!
Afirmar é muito pretensioso!
***
BayjÖs!
;-D
Anota aí...
ResponderExcluirFoxx, li todos seus textos desde o dia 29/12/2010 e posso afirmar, você está cada vez melhor!!!
ResponderExcluirSua escrita, sua racionalização, suas reflexões, tudo muito bom.
Estou adorando as aulas de história sobre os temas que não são abordados e que são muito mais interessantes e agregadores.
Parabéns Profº Foxx ;)
Bom, pela antropologia, realmente, muito dos comportamentos e das coisas que pensamos são coisas "inventadas", características ou tradições passadas de uma geração pra outra, mas eu também não acho que amor não existia até Goethe "inventá-lo". Para mim ele só o conceituou também...
ResponderExcluirE mesmo o amor trazendo sofrimento em algumas vezes, é nisso que acredito. No amor puro, seja como for, seja de quem vier (família, amigos, companheiro...). Sem isso, honestamente meu caro, prefiro partir dessa pra melhor!
chega a me dar vergonha pelo texto (?) sobre amor que fiz no meu blog umas semanas atrás.
ResponderExcluiro que importa é que no fim das contas o amor é uma balela a qual nós não temos saída.
saber que não há saída pra se livrar do amor deprime, né? Mas deprime tb viver sem ele.
Quando no tuite o Jorge mencionou que 'era culpa' de um alemão, logo me veio a cabeça do Goethe e o seus "Os Sofrimentos". Teus textos sobre questões culturais são um achado Foxx, querido! É uma gama de conhecimentos aprendidos e apreendidos expostos com uma perspicaz destreza linguística, que enfim, só nos cabe o prazer de ler, o que não é pouco.
ResponderExcluirP.S.: Adoro quando cita coisas referentes a Linguística, sempre lembrando os estudos discursivos de Bakhtin, de alguma forma.
P.S.1.: Se esses textos fossem reunidos e lançados numa pequena edição, com certeza eu o teria em minha estante!
Bjo.
Como bom alemão louco, devo dizer que a referência ao Goethe não é verdade, viu? É mais uma lenda urbana (como aquela que diz que só existe saudade na língua portuguesa... em alemão há várias). Goethe não inventou o romantismo alemão, quanto mais o amor como o conhecemos. No Werther ele retoma a tradição do amor platônico e coloca alguns elementos mais (melo)dramáticos. Mas o principal: ele vai justamente CONTRA a ideia de amor possessivo, já que o Werther prefere ver sua amada feliz com o marido! Ele vê o camponês que comete crime passional ir preso, e como bom cusão que é, prefere se matar e deixar a Lotte seguir sua vida. Corno manso é pouco, vira corno morto.
ResponderExcluirSe é para apontar "culpados", quase dois séculos antes William Shakespeare escrevera Romeu & Julieta, entre outras coisas...
Longe do Goethe ter inventado o conceito (já existia no alemão pelo menos desde a tradução da Bíblia) ou a ideia em si.
Conversando com um professor amigo aqui da USP que escreveu o posfácio da edição brasileira, ele me falou que em Werther vemos muito mais a "paixão" (no sentido grego, de doença) do que amor romântico "burguês".
Amor não é necessariamente romântico. Amor requer maturidade, não é fácil, nem necessariamente bonito o tempo inteiro. Mas compensa! Não sei quem inventou o amor, mas se eu o encontrar, não vou deixar de dar um grande abraço e agradecer por ter feito minha vida não ter sido em vão...
Acredito q o sentimento já existia só não se tinha um nome ou uma definição pra ele!
ResponderExcluirabraçoo e ótimo texto!
Realmente, um deus tirano.Quem encontrou sabe que transcende as palavras e os contratos sociais.
ResponderExcluirPrincipalmente para aqueles que vão para a suruba juntos...
bjo
Vc omitiu do seu texto algo extremamente importante: a discussão da existência de algo sem que lhe seja dado nome. O fato do homem passar a chamar uma árvore de árvore é apenas uma nomenclatura. O objeto em si já existia.
ResponderExcluirE preciso me aprofundar no assunto, mas algo me diz que antes de Goethe alguém já tinha dado nome aos bois. Mas é quase meia-noite e não tô assim no clima de ir buscar na minha biblioteca. =P
Foxx,
ResponderExcluirTexto muito bem construído, com certeza. Sua capacidade argumentativa é admirável. Pena que desperdice seu talento buscando justificar no racionalismo sua árdua busca por desapego às pessoas.
Você parece mesmo crer que sua retórica explica (ou justifica..., ou serve de alento à...) seus fracassos (por favor, desculpe a expressão) amorosos. Pena.
Mas já que optou por esta abordagem, que consiga se feliz com ela!
Boa sorte.
* alento aos...) fracassos
ResponderExcluirOlha, bom texto, mas eu tenho uma aversão terrível a qualquer rastro acadêmico em textos, mas vamos lá.
ResponderExcluirO banquete do Platão, que na verdade é uma transcrição de um jantar entre Sócrates e outras autoridades atenienses é um tratado sobre o amor. Lá não existe só uma conceituação, mas várias.
Na línguistica antes de surgirem as palavras surgem as idéias. Quando digo "cadeira" na verdade estou dizendo "Objeto feito para se sentar de maneira relativamente conforável, possibilitando um descanso para suas costas e etc....". Se não existisse a palavra cadeira, poderiamos entender perfeitamente que é um negócio de sentar. Se não existe a palavra sentar, podemos simplesmente sentar. Sentar-se já é uma forma de comunicar, não muito eficiente, mas é.
Minha birra com a academia é que só podemos escrever o que é fato, o que é comprovado historicamente, ai fica meio difícil falar de uma afetividade dos povos primitivos. Aliás, até a própria história dos povos primitivos é confusa demais pra se definir algo (até porque não existe só um tipo de povo primitivo)
O romantismo alemão não começou com o sofrimento do jovem Wether, ela é considerada apenas um marco dele. As idéias dele já estavam se amadurecendo a muito tempo.
Enfim, academicamente sou chato pacarai, hehe
Abs
"Absolutamente tudo o que consideramos características imanentes de um ser humano são constructos sociais que nos são repassados por meio da tradição."
ResponderExcluirNovamente, ignorando o componente biológico da situação...
Beijo Primo.
Indiscutivelmente, um texto muito bom. Mesmo quem discorda do conteúdo, deve reconhecer que serve à discussão de pontos de vista divergentes. Sí isso já justificaria um bom texto. Mas ele, como sempre, vai além.
ResponderExcluirNão tenho conhecimentos históricos, filosóficos e da psicologia formal para discutir simestricamente a questão nesses termos. Entretanto, já sofri muito por essas coisas todas, mesmo sem saber que nomes deveria dar a elas, e me atrevo a manifestar meu [atual] entendimento, compartilhado por muitos acima, que uma coisa é a coisa; outra o nome da coisa, a utilização da coisa, sempre segundo os interesses que envolvem essa mesma coisa.
Podemos dar nomes novos, reelaborar racionalmente, e assim evolui a humanidade. Lembro, porém, que o ser humano tem comportamentos e sentimentos básicos, vividos desde sempre -- embora não compreendidos desde sempre --, mas reelaborados a cada nova fase da civilização. Isso muda o sentimento, a coisa? Não. Muda apenas a forma como lidamos com o assunto e como sentimos.
Uma primeira leitura permitiu, a muitos, o entendimento de que Goethe teria inventado a coisa, e não apenas dado uma nova elaboração/racionalização à coisa. Nem poderia tê-lo feito, criar o sentimento. Seja pura biologia ou espiritual, é coisa que acompanha a espécie na Terra desde sempre. Goethe pensou sobre, nos fez compreender melhor a coisa. Segundo sua maneira de sentir e ver à época. Talvez hoje ele tivesse outras coisas a nos dizer a respeito. Fez tudo magistralmente. Mas criar o amor?
Por fim, me atrevo a dar uma dica, certamente não muito agradável, mas necessária para alguém que elabora tão bem (não apenas escreve bem; isso, muitos o fazem, mas não com a mesma capacidade argumentativa e conhecimentos). De tudo que li acima, me atrevo a sugerir que você pense com carinho no que falou o Anônimo (único anônimo na lista). Mesmo sem identificação, acho que o que ele disse vale uma reflexão.
Você tem um talento enorme para o amor, a coisa em si, o sentimento. Quando a gente é jovem, entretanto (ser jovem, nesse sentido, não tem muito a ver apenas com idade) temos muito medo não do amor, sentimento, da coisa. Mas das consequências, entre elas, de não ser correspondido. E confundimos, muitas vezes, amor com paixão. Esta, queima sempre. Ele, nunca. Mesmo quando não correspondido, é alimento para a alma. Isso pode ser reelaborado, renomeado. Mas é eterno. Acho.
Querido! não há muito para entender ... apenas um fábula sobre a angústia humana ... pq sermos o q queremos ser ou vivermos como queremos viver pode incomodar tanto aos outros ... aí fica a questão ...
ResponderExcluirbjux
;-)
A necessidade faz o homem e assim caminha a humanidade.
ResponderExcluirBeijos.
Como assim, o homem não tem mais nada de biológico?! Enquanto houver vida, o ser humano tem TUDO de biológico!
ResponderExcluirO que eu não compreendo, é que pelo que você disse, a história está caminhando no sentido contrário de toda a tendência, que é justamente multidisciplinarizar (puta merda, sempre me enrolo pra escrever palavras grandes) o conhecimento, invés de compartimentalizar e isolar cada segmento. Se a biologia considera que existem sim componentes sociais que podem afetar sistemas de ordem biólgica, porque a história não pode fazer o mesmo? Mais que isso, porque uma coisa que está lá é tida como tão irreal e absurda?
Obrigado pela atenção do esclarecimento lá no blog.
ResponderExcluirEm todo caso, temo que eu não tenha me expressado adequadamente e estejamos falando de algo distinto.
Uma coisa é como ela é vista e tratada através dos tempos. Outra, a coisa em si. Acho que é uma divergência filosófica. Se entendi bem, você entende que tudo é criação ou consequência de criações do homem. Você pode ter razão, ou não. Sei lá!
Eu posso estar redondamente enganado. Inclusive pela minha ignorância no assunto.
Classificar as coisas é uma normalidade que a sociedade pratica, que você mesmo critica e por essa razão não deve ser levada a sério.
ResponderExcluirO que um chama de amor, outro pode até chamar de outra coisa e por ai vai.
Tem gente que fala de amor sem nunca sentir... uma série de impropérios.
O mais importante é que não importa quem diabos queira dizer, certo ou não, só existe algo em nós mesmos que está devidamente capacitado pra reconhecer: o coração.
O resto eu jogo fora junto com a embalagem de batata frita que acabei de comer.
HAHAHA o engraçado que tava pensado nisso esses dias em um dos meus momentos de falta do qu fazer.
ResponderExcluirEu nao sei de onde o amor foi criado, ou de onde vem.
mas me pergunto sempre, se ele esta em nós mesmos ou nos outros.
Será que ele nasce com agente e quando fica insatisfeito, metade se desprende e procura outro corpo?
Tah ai, acho que o amor um tipo bicho insatisfeito,
porque muda de rosto toda hora.
E ninguem sabe quando ele vai parar.
Isso é estrnho e complicado. Não serve pra mim. rs
Não. Não muda. Hehehe!
ResponderExcluirAmor romântico, literário. O sentimento que se entende por amor sempre existiu, e muitos ainda hoje o confundem com outros sentimentos, e o processo da vida... ^^ Bjs qrdo
ResponderExcluirEM CORO COM O LOBO:
ResponderExcluir" "Absolutamente tudo o que consideramos características imanentes de um ser humano são constructos sociais que nos são repassados por meio da tradição."
Novamente, ignorando o componente biológico da situação...
Como assim, o homem não tem mais nada de biológico?! Enquanto houver vida, o ser humano tem TUDO de biológico!
O que eu não compreendo, é que pelo que você disse, a história está caminhando no sentido contrário de toda a tendência, que é justamente multidisciplinarizar (puta merda, sempre me enrolo pra escrever palavras grandes) o conhecimento, invés de compartimentalizar e isolar cada segmento. Se a biologia considera que existem sim componentes sociais que podem afetar sistemas de ordem biólgica, porque a história não pode fazer o mesmo? Mais que isso, porque uma coisa que está lá é tida como tão irreal e absurda?"
acho perda de tempo achar a origem do amor pois ele foi feito para ser vivido e não desmembrado.
ResponderExcluiracho que botar a culpa no amor é tapar os sol com a peneira pois nós fazemos dele carrasco ou salvador e o que acontece no meio tempo é dor ou prazer.
de certo que lidamos com ele como capitania hereditária mas não é possivel a escolha de como lidar com ele?
interessantissimo...
ResponderExcluirvivendo e aprendendo!
bjs do voy
Você fez um texto muito aprofundado de um assunto complexo e aberto a várias acepções. Acredito, porém, que teroriazões não são capazes de comportar a amplitude que o amor carrega em si.
ResponderExcluirMesmo assim, ler esse texto foi muito construtivo, pois nos dá arcaboço para outras significações!
Belo texto! bjoxxxxxxxxxx
adoro seus textos sobre antropologia! sempre me supreende!
ResponderExcluirbeijo!
Quem inventou eu não sei. Nem se foi inventado ou nominado.
ResponderExcluirSó sei de uma coisa: é bom demais da conta, sô!
Se é uma elaboração racional, ou não, pra mim, nessa altura da vida, pouco importa.
ResponderExcluirDe uma coisa estou certo. Amor é algo que se constrói, e se destrói, ao contrário da paixão, instintiva e irracional.
Quem tem ou já teve a oportunidade de viver uma relação de amor sabe que é muito bom. Não digo imprescidível, mas que dá um "up" na vida, isso dá!
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