Esta reportagem, trazida a mim numa conversa no Twitter, sobre a menina Josie Romero, fez-me pensar. Josie tem oito anos e, apesar da pouca idade, reconhece-se não como menino, mas como menina. Josie nasceu Joey e, conta sua mãe, que sempre agiu como menina. A pergunta que faço então, e acredito que todos devem fazer, é: Não é muito cedo para tomar esta decisão?
Eu acredito que não. Lembro de eu mesmo. Aos oito anos de idade, eu sabia que eu não era um menino como os outros. Eu agia diferente dos meus irmãos. As brincadeiras que me interessavam. Os outros meninos e homens adultos que atraiam minha atenção. Lembro de uma propaganda da Monange, acho q era, em que um homem trocava um selinho com uma menina que não deveria ter mais que minha idade, isso me excitava sobremaneira. Eu era uma criança. Não precisei experimentar os meus primeiros corpos para descobrir o que eu já sabia, que eu não era como os outros. Não precisei dos primeiros carinhos de Fábio, das brincadeiras posteriores de Tony, ou os amores escondidos com André ou Marlon. Não foram necessários.
Penso agora, também, naqueles que são como os outros. Os meninos que sempre foram héteros. Que tinham os comportamentos característicos e que, influenciados pelos pais e/ou sociedade, aprendem desde cedo a correr atrás de meninas. Eles, como pude observar no papel de professor que sou, e apesar de não gostar da palavra, eles naturalmente agem assim. Há naturalidade no comportamento daquelas crianças, meninos e meninas. Afinal, ao contrário do que nossa sociedade cristã prega, crianças também são seres com sexualidade. Ela não surge do nada após a puberdade. Com isso, com essa sexualidade, isto é, comportamento sexual existente, os meninos e meninas heterossexuais não precisam crescer para decidir, não precisam completar dezoito anos, vinte-e-um, trinta-e-cinco, para serem maduros o suficiente para decidir se realmente se interessam por mulheres ou homens não.
Por que então este questionamento sobre a transsexualidade? A transsexualidade é considerada pelo Organização Mundial de Saúde uma síndrome. O transsexual é um indivíduo que não é homossexual. Ele apenas não consegue sentir algum pertencimento quanto ao seu sexo anatômico, sendo que tal desordem pode ser causada por condições genéticas ou problemas hormonais pré-natais. Sendo assim, ao nascer e reconhecer-se num corpo que não é o seu, mesmo aos oito anos de idade, por que por em dúvida os sentimentos de Josie? Se nós mesmos nunca tivemos dúvidas do que somos. Josie só teve a sorte de ter pais que a aceitaram do jeito que ela é. Mais cedo do que nós mesmos conseguimos nos aceitar.
Eu acredito que não. Lembro de eu mesmo. Aos oito anos de idade, eu sabia que eu não era um menino como os outros. Eu agia diferente dos meus irmãos. As brincadeiras que me interessavam. Os outros meninos e homens adultos que atraiam minha atenção. Lembro de uma propaganda da Monange, acho q era, em que um homem trocava um selinho com uma menina que não deveria ter mais que minha idade, isso me excitava sobremaneira. Eu era uma criança. Não precisei experimentar os meus primeiros corpos para descobrir o que eu já sabia, que eu não era como os outros. Não precisei dos primeiros carinhos de Fábio, das brincadeiras posteriores de Tony, ou os amores escondidos com André ou Marlon. Não foram necessários.
Penso agora, também, naqueles que são como os outros. Os meninos que sempre foram héteros. Que tinham os comportamentos característicos e que, influenciados pelos pais e/ou sociedade, aprendem desde cedo a correr atrás de meninas. Eles, como pude observar no papel de professor que sou, e apesar de não gostar da palavra, eles naturalmente agem assim. Há naturalidade no comportamento daquelas crianças, meninos e meninas. Afinal, ao contrário do que nossa sociedade cristã prega, crianças também são seres com sexualidade. Ela não surge do nada após a puberdade. Com isso, com essa sexualidade, isto é, comportamento sexual existente, os meninos e meninas heterossexuais não precisam crescer para decidir, não precisam completar dezoito anos, vinte-e-um, trinta-e-cinco, para serem maduros o suficiente para decidir se realmente se interessam por mulheres ou homens não.
Por que então este questionamento sobre a transsexualidade? A transsexualidade é considerada pelo Organização Mundial de Saúde uma síndrome. O transsexual é um indivíduo que não é homossexual. Ele apenas não consegue sentir algum pertencimento quanto ao seu sexo anatômico, sendo que tal desordem pode ser causada por condições genéticas ou problemas hormonais pré-natais. Sendo assim, ao nascer e reconhecer-se num corpo que não é o seu, mesmo aos oito anos de idade, por que por em dúvida os sentimentos de Josie? Se nós mesmos nunca tivemos dúvidas do que somos. Josie só teve a sorte de ter pais que a aceitaram do jeito que ela é. Mais cedo do que nós mesmos conseguimos nos aceitar.
Se é um distúrbio? Também não acredito.
ResponderExcluirÉ verdade. Sorte a dela...
ResponderExcluirEu não me lembro de nada da minha infância que me fizesse ter certeza d que era gay...
Mas acho q não é mesmo uma coisa q precisa de idade pra ser "percebida".
Abço ^^
vamos combinar q isso é mt estranho!
ResponderExcluireu nao tenho nem o q dizer, sem comentários
só deixei aqi minha marca p mostrar q li e nao tenho posição
mas qd paro pra pensar, fico assustado
xx
um exemplo de pais maduros, inteligentes e responsáveis, e não preconceituosos ... o mundo ainda não está de todo perdido ...
ResponderExcluirbelo e relevante post
bjux
;-)
Assim como "O Pequeno Diabo" só queria regitrar aki, que não tenho uma posição.
ResponderExcluirAcho que é um assunto que deve ser explorado e discutido, até para que as pessoas possam formar opiniões concretas e refletidas.
Ótimo texto foxxito.
Bjs
Ai dá pra gente perceber a importancia de uma familia equilibrada e madura. Quanta coisa poderia ser evitada em si levando em conta isso.
ResponderExcluirAcertada a sua intervenção.
Bju e bom fds
Eu tambem descobri o que eu gostava quando vi uma revista porno na minha frente e desejei ser a mulher que ali estava. Devia ter uns 10 ou menos d idade.
ResponderExcluirSem contar que adorava as brincadeiras de mão.
Dizem que todos sao bi e depois tem sua preferencia ampliada pela sociedade, mas acho que em muitos casos só Deus explica.
bom findi.
'ame-me como sou'
ResponderExcluirComo é difícil isso.
Mas ainda assim...é o melhor para todos =D
Eu também não sei o que dizer, e confesso que é a primeira vez que me proponho a refletir sobre esse assunto.
=/
Histórias como a desse menino deveriam revolucionar a mente do mundo!
ResponderExcluirDeve ser uma barra você nascer em um corpo e não sentir pertecente a ele. A familia da Josie colocou o amor acima de tudo isso. O que é muito bacana.
ResponderExcluirSeria essencial pra acabar com o preconceito hipócrita de nossa sociedade se o amor fosse colocado na frente do pré julgamento.
Seria tudo mais facil.
Desde cedo as crianças tem sua sexualidade, mas o pré conceito que é imposto, se torna um variante decisivo. Por isso muitas pessoas não se aceitam como são, uma pena.
Muito bom o texto. Parabens!
Abraço!
é verdade... eu desde sempre sabia q naum era com uma menina que eu iria ficar, apesar de me policiar e tentar por vezes os caminhos "mais fáceis" eu sabia exatamente o q eu era... só naum queria, como vc mesmo disse, me aceitar!!
ResponderExcluirConcordo com seu ponto de vista. Sexualidade não é uma opção, é uma característica de cada um.
ResponderExcluirÉ uma pequena e uma minoria de pais estão preparados para situações como essas...
ResponderExcluirEu li na SuperInteressante de alguns meses atrás... que aqui em Campo Grande - MS... tem uma criança transgÊnera frequentando a escola pública... e ninguém sabe que na verdade... a menina.. era um menino...
O mundo está mudando... com passos de formiga e sem vontade... mas o futuro pode nos reservar boas surpresas...
Prefiro acreditar...
***
umBeijo!!! AMIGÓN!!!
Eu tb não acredito em disturbio...
ResponderExcluirde fato, defendo a ideia: não ha crianças héteras, a crianças filhas de pais héteros
ResponderExcluirpois só o tempo demonstra o q uma criança vai ser quando se desenvolver
e se no caso dessa criança isso chegou mais cedo, so podemos apoiar, embora claro, a questao nao seja tao simples assim
nao existe labirinto mais perigoso q a propria mente
e so Deus sabe o q se passa pela cabeça dessa criança
difícil lidar, mas nao impossivel das melhores formas
^^
abraços
É tão estranho quanto deixar uma criança dançar na boquinha da garrafa vestida com aquelas roupas de calipso. É muito precoce. Onde esse menino aprendeu isso?
ResponderExcluirse formos considerar o que a psicanálise diz sobre a construção da sexualidade... é bem cedo, sim.
ResponderExcluirPelo visto o debate aqui ta bombando...
ResponderExcluirBem, voltei pra dizer que depois que li seu texto, tomei coragem e comecei a ler o livro "Erro de Pessoa" João W. Nery, que conta a hstória de vida de um transexual homem, todo o caminho até realmente conseguir sua sexualidade masculina por completo, corpo e alma.
Fica a dica!!!
;)
Como foi eu quem mando essa noticia,ñ vou mudar de idéia,sou totalmente contra isso ,acho palhaçada,se a menina já sabe e os pais já sabem deixa ela crescer e ver se é isso que ela realmente quer,e se amanhã ela ver que ñ é nada disso que ela queria?Já ñ vai poder voltar atraz pq o tratamento hormonal já está sendo feito ...para mim esses pais o que queriam era ter uma filha mulher e criou esse menino como se fosse menina e depois adoptou 1 viu que ñ é a mesma coisa.Isso acontece a minha mãe mesmo queria um menino e sempre me tratou como menino,eu sempre joquei futbol,soltei pipa,queria ser bombeiro mais isso ñ significou que eu tive duvida o algo assim.
ResponderExcluirAgora deixo um debate...já que uma criança de 7 anos pode escolher vamos dizer assim ser trans o hetero,um cara que faz sexo com uma criança de 7 anos ,não deveria ser considerado pedofilo pq um criança com essa idade já tem o poder de escolher?Já que ela já pode escolher ser trans aos 7 pq nao ter relaçoes aos 7?
Acho que é um assunto bastante delicado. Tudo deve ser visto e estudado dentro de seu próprio contexto.
ResponderExcluirComo você disse, no seu caso, nessa idade, você já sabia e não tinha dúvidas de seus desejos. Já comigo, foi bastante diferente!
O que torna esse caso especial é o apoio dos pais a sua decisão. No mínimo, ela teve muita sorte nesse sentido. Mas é inevitável que tenha que ser acompanhada por especialistas antes de qualquer decisão definitiva.
Eu não acredito em muita coisa, mesmo... Tô começando até mesmo a desacreditar em Deus... nha...
ResponderExcluirPortanto, sobram simpatia e o respeito!
Abração!