Existem sempre áreas mais resistentes às mudanças quando pensamos na sociedade ocidental neste último século. Alguns chamam estas áreas de tradicionais, outras as chamam de direita, mas elas existem e estão lá. E, como nossa sociedade sempre caminha para frente, nem sempre melhorando, mas sempre um passo diante do outro, algumas regiões se mantém, como podemos observar desde o início do século XX, se mantendo reticentes enquanto as mudanças se aprofundam na sociedade, e um dos setores da sociedade ocidental que mais se mostram reticentes a mudanças são os militares.
Lembremos que a aceitação de negros em meio aos exércitos não exisitia de fato até a Segunda Guerra Mundial, apesar deles lutarem desde o século XVIII e XIX em meio as fileiras. Eles participaram das guerras americanas de Secessão e da guerra do Brasil e Paraguai como escravos, muitas vezes visando uma liberdade raramente conseguida ao fim da batalha. Na Segunda Guerra Mundial, que se encerrou em 1945, faziam serviços menores e de patente baixa, inclusive, no fronte os negros e brancos lutavam separadamente, sendo o exército brasileiro o primeiro a lutar, nos campos da Itália, com uma única tropa, racialmente integrada. Entre todos os outros exércitos, brancos e negros, ou membros de outra "raças" como descendentes de orientais, índios, etc, jamais lutavam juntos. Porém, os cargos de oficial eram preenchidos sempre com brancos. A própria FEB, no entanto, também tinha ordens de se excluírem soldados que não fossem brancos dos defiles ou, se caso fosse impossível, coloca-los no interior das fileiras. Os negros, no Brasil também, não deviam participar da formação de guardas de honra, em particular se estas se destinassem a autoridades estrangeiras.
Após a aceitação dos negros, graças mesmo a esta Grande Guerra, as mulheres passaram a ganhar destaque na sociedade ocidental e o movimento feminista ganhou força. A participação feminina anteriormente era unicamente como enfermeiras ou como secretárias, se mantendo longe do campo de batalha. Podemos pensar que isso mudou, mas estamos errados, o Colégio Militar de Salvador só teve sua primeira turma feminina para oficiais a partir de 1992, e mesmo assim os cursos oferecidos para mulheres - engenharia, área médica e os serviços técnicos (como administradoras, professoras, advogadas, etc) - excluem qualquer possibilidade de combate.
Pensando assim, não se torna surpreendente ouvir o general Raymundo Nonato de Cerqueira Filho, durante a audiência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado para a eleição do Supremo Tribunal Militar, ao ser arguido pelos senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Eduardo Suplicy (PT-SP) sobre o que estes pensavam sobre a presença de homossexuais nas fileiras militares. As palavras de Demóstenes Torres foram:
“Vossas excelências são favoráveis ao ingresso de homossexuais em qualquer das forças e acham que essa polêmica tem razão de ser?”
O general Cerqueira Filho respondeu, "de uma forma sincera", disse ele:
“Não é que eu seja contra o homossexual, cada um tem que viver sua vida. Entretanto, a vida militar se reveste de determinadas características que, em meu entender, tipos de atividades que, inclusive em combate, pode não se ajustar ao comportamento desse tipo de indivíduo”.
Pois é, e sempre foi política das Forças Armadas, definir qual é a capacidade de um indivíduo. Afinal negros não chegavam a postos altos porque não tinha a capacidade intelectual, as mulheres não podem lutar porque não tem a capacidade física, e como gal. Cerqueira Filho nos explica, os homossexuais também não tem a habilidade necessária para estar dentro das Forças Armadas. Pois, como ele nos permite entender:
“O exército americano está discutindo ainda, mas os casos que ocorreram mesmo no exército americano foram praticamente rechaçados. Não é que o indivíduo seja criminoso, mas é o tipo de atividade. Se ele é assim, talvez tenha outro ramo de atividade que ele possa desempenhar”
É uma incapacidade inata que está nos genes de um homossexual que o torna inapto a esta atividade. Não chega nem a ser preconceito contra gays do general, é uma certeza, afinal mulheres também são inaptas a mesma atividade militar. Ele explica melhor aonde está esta incapacidade:
"Tem sido provado mais de uma vez, o indivíduo não consegue comandar. O comando, principalmente em combate, tem uma série de atributos, e um deles é esse aí. O soldado, a tropa, fatalmente não vai obedecer. Está sendo provado, na Guerra do Vietnã, tem vários casos exemplificados, que a tropa não obedece normalmente indivíduos desse tipo".
O homossexual é tão intrissicamente um amoral que em momento algum é capaz de liderar e ser respeitado por um grupo, sobretudo se estes são heterossexuais. Por isso nenhum chefe em empresa alguma é homossexual, por isso que um professor homossexual não controla sua turma de alunos, por isso que não existem advogados homossexuais defendendo nenhum cliente diante de um juri. Talvez os homossexuais possam ser médicos, talvez eles sejam superiores, pelo menos, a vírus, micróbios e bactérias, possam combatê-las, será que gays são superiores pelo menos a seres unicelulares? E, o pior é que, sinceramente, não acredito que o general Cerqueira Filho seja realmente homofóbico, talvez um pouco machista, ou só um militar, ele definitivamente não teve a intenção de ofender ninguém.
Lembremos que a aceitação de negros em meio aos exércitos não exisitia de fato até a Segunda Guerra Mundial, apesar deles lutarem desde o século XVIII e XIX em meio as fileiras. Eles participaram das guerras americanas de Secessão e da guerra do Brasil e Paraguai como escravos, muitas vezes visando uma liberdade raramente conseguida ao fim da batalha. Na Segunda Guerra Mundial, que se encerrou em 1945, faziam serviços menores e de patente baixa, inclusive, no fronte os negros e brancos lutavam separadamente, sendo o exército brasileiro o primeiro a lutar, nos campos da Itália, com uma única tropa, racialmente integrada. Entre todos os outros exércitos, brancos e negros, ou membros de outra "raças" como descendentes de orientais, índios, etc, jamais lutavam juntos. Porém, os cargos de oficial eram preenchidos sempre com brancos. A própria FEB, no entanto, também tinha ordens de se excluírem soldados que não fossem brancos dos defiles ou, se caso fosse impossível, coloca-los no interior das fileiras. Os negros, no Brasil também, não deviam participar da formação de guardas de honra, em particular se estas se destinassem a autoridades estrangeiras.
Após a aceitação dos negros, graças mesmo a esta Grande Guerra, as mulheres passaram a ganhar destaque na sociedade ocidental e o movimento feminista ganhou força. A participação feminina anteriormente era unicamente como enfermeiras ou como secretárias, se mantendo longe do campo de batalha. Podemos pensar que isso mudou, mas estamos errados, o Colégio Militar de Salvador só teve sua primeira turma feminina para oficiais a partir de 1992, e mesmo assim os cursos oferecidos para mulheres - engenharia, área médica e os serviços técnicos (como administradoras, professoras, advogadas, etc) - excluem qualquer possibilidade de combate.
Pensando assim, não se torna surpreendente ouvir o general Raymundo Nonato de Cerqueira Filho, durante a audiência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado para a eleição do Supremo Tribunal Militar, ao ser arguido pelos senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Eduardo Suplicy (PT-SP) sobre o que estes pensavam sobre a presença de homossexuais nas fileiras militares. As palavras de Demóstenes Torres foram:
“Vossas excelências são favoráveis ao ingresso de homossexuais em qualquer das forças e acham que essa polêmica tem razão de ser?”
O general Cerqueira Filho respondeu, "de uma forma sincera", disse ele:
“Não é que eu seja contra o homossexual, cada um tem que viver sua vida. Entretanto, a vida militar se reveste de determinadas características que, em meu entender, tipos de atividades que, inclusive em combate, pode não se ajustar ao comportamento desse tipo de indivíduo”.
Pois é, e sempre foi política das Forças Armadas, definir qual é a capacidade de um indivíduo. Afinal negros não chegavam a postos altos porque não tinha a capacidade intelectual, as mulheres não podem lutar porque não tem a capacidade física, e como gal. Cerqueira Filho nos explica, os homossexuais também não tem a habilidade necessária para estar dentro das Forças Armadas. Pois, como ele nos permite entender:
“O exército americano está discutindo ainda, mas os casos que ocorreram mesmo no exército americano foram praticamente rechaçados. Não é que o indivíduo seja criminoso, mas é o tipo de atividade. Se ele é assim, talvez tenha outro ramo de atividade que ele possa desempenhar”
É uma incapacidade inata que está nos genes de um homossexual que o torna inapto a esta atividade. Não chega nem a ser preconceito contra gays do general, é uma certeza, afinal mulheres também são inaptas a mesma atividade militar. Ele explica melhor aonde está esta incapacidade:
"Tem sido provado mais de uma vez, o indivíduo não consegue comandar. O comando, principalmente em combate, tem uma série de atributos, e um deles é esse aí. O soldado, a tropa, fatalmente não vai obedecer. Está sendo provado, na Guerra do Vietnã, tem vários casos exemplificados, que a tropa não obedece normalmente indivíduos desse tipo".
O homossexual é tão intrissicamente um amoral que em momento algum é capaz de liderar e ser respeitado por um grupo, sobretudo se estes são heterossexuais. Por isso nenhum chefe em empresa alguma é homossexual, por isso que um professor homossexual não controla sua turma de alunos, por isso que não existem advogados homossexuais defendendo nenhum cliente diante de um juri. Talvez os homossexuais possam ser médicos, talvez eles sejam superiores, pelo menos, a vírus, micróbios e bactérias, possam combatê-las, será que gays são superiores pelo menos a seres unicelulares? E, o pior é que, sinceramente, não acredito que o general Cerqueira Filho seja realmente homofóbico, talvez um pouco machista, ou só um militar, ele definitivamente não teve a intenção de ofender ninguém.
A resposta do almirante Luiz Pinto ficar para o próximo texto.
uma grande bobagem isso porque todo veado sabe muito bem pegar na arma!
ResponderExcluireles querem mais o que afinal?
Não sei bem qual a minha opiniao sobre este assunto... acho que é foda pensar da forma como os militares pensam, porem não sei se seria algo bom tb esta mistura.
ResponderExcluirDa mesma forma que mulheres se trocam em lugares diferente dos homens, será que os gays no exercito nao teriam que fazer o mesmo? Afinal a privacidade estaria colocada a prova... Se isso acontecesse não iriam dizer que são preconceituosos...?
Algo há c pensar.
bjux
Ola meu caro, bem digo que esta dignissima pessoa Cerqueira Filho, foi infeliz em suas declarações, ele que ocupa se de um cargo de liderança, e durante meu curso de Administração de Empresas aprendi que, a primeira coisa necessária a um líder é a ausência total de preconceito e para ser bom um líder, você deve ser capaz de ver a liderança nos outros... Agora ter pergunto se uma pessoa desse patamar, acha quem um homossexual é incapaz de estar a frente de uma tropa... Um médico-cirurgião que tem uma equipe e várias vidas em suas mãos também é incapaz... Eu serei incapaz de coordenar ou gerir uma empresa... Pelo simples fato de ser homossexual... A orientação sexual agora dita a capacidade de um ser humano... Deixaremos de lado as competencias, as habilidades, e a personalidade... Ao iniciarmos um processo de escolha, de treinamento colocaremos estampado "Cargo de gerencia - Exclusivo para capacitados 'Heteros'", pois é o que o dito gerenal incita... Acredito que tenha muitos homossexuais no meio militar, mais do que em qualquer meio, primeiro pelo fetiche e depois pela facilidade de entrar e quantos não chegam a cargos de destaques? Que se comportam com muito mais ética e sabedoria... Não o acho homofóbico, mas são opiniões como essa vindo de pessoas que de certo modo são formadores de opiniões que impulsionam a homofobia... Levando as pessoas a crerem que somos incapazes, de comandar uma tropa. E qualquer profissão, qualquer ocupação independente de ser hetero, homo, bissexual, estaremos comandando um tropa, quer seja dentro de uma empresa, quer seja dentro de hospital, quer seja dentro da escola, e as pessoas não irão nos respeitar pela nossa orientação, mas sim pelo nosso caráter, pela nossa ética e comprometimento.
ResponderExcluirA Renner até pode tentar fazer coisas bacanas, mas daí eles fazem em escala enorme, tem um calango em cada canto com a mesma roupa...
ResponderExcluirEu acho que eles aceitam se for escondido... Tem um monte de canarinho assim...
ResponderExcluirEstes babacas e hipócritas deveriam sim era olhar para o próprio umbigo antes de falar do umbigo dos outros …
ResponderExcluirNinguém vai me dizer o q eu devo fazer ou ser … muito menos estes dinossauros …
veja este post tb sobre o mesmo tema, escrito pelo Well Bernard do Blog Em Parafuso Horizontal … http://sempreavantenonadainfinito.blogspot.com/
e também o do Koe no Blog Dentro do Armário ... http://dentrodoarmario.wordpress.com
bjux
;-)
É um povo que quer fazer e não tem coragem! ¬¬³
ResponderExcluirHipocrisia é phodah!*
Melhor não comentar, sou extremamente preconceituoso em relação a forças armadas...
ResponderExcluirRs. Aiai, até parece que todo hetero tem talento pra comando.
ResponderExcluirpoxa, então gay não sabe estar no controle? Para mim era o contrario!
ResponderExcluirPelo que percebo cada dia mais mulheres e gays estão no controle, até pq, não todos, mas muitos heteros provam que por suas convicções e preconceitos eles não tem sensibilidade para atingir o público, não tem a mesma simpatia e poder de convencimento.
E nem são tão esforçados quanto as mulheres por exemplo, vide que o número de mulheres cresce assustadoramente nas faculdades públicas e coisas do tipo por esforço.
hahaha no comments...hehehe
ResponderExcluirOlá, td bem?
ResponderExcluirUm texto importante para a sociedade, cometários do tipo "Não tenho nada contra, mas...", enfim, sabemos que militares são rígidos, mas sabemos também que temos casos de homossexuais sim, não assumidos, claro, afinal, temos que esconder a "sujeira" e fingir que não existe.
Abraço,
Apolo
Ainda mais esse povo que dita quem tem ou não capacidade pra comandar ¬¬
ResponderExcluirSim, na noite eu sou a de vestido que está bem na frente ao lado do moço de camiseta amarela.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirmilitares são rigidos. eu que o diga, sou filho de um
ResponderExcluirAfinal...o que diz o artigo quinto da constituição federal? E o que aconteceu com o sargento Laci Araújo e Fernando Alcântara? lembram-se deles? será que eles conseguiram os postos que ocupavam no exército assim do nada?(já que não se tem voz de comando como disse o general Cerqueira). O problema do brasileiro é admirar os outros países e deixar questões mal resolvidas no nosso país, e entendo que isso seja uma questão cultural que talvez nos próximos séculos venham a ter um desfecho favorável ás pessoas que se relacionam com outras de mesmo sexo. O problema do brasileiro muitas vezes é ser passivo demais e aceitar isso/tudo.
ResponderExcluirBem, sou homossexual e estive no exercito durante um ano. Fui excelente soldado em manobras e em todas as instruções. Fui o melhor do batalhão na instrução de tiro com o fuzil FAL (Fuzil automático Leve, de fabricação belga). No final do ano fui um dos finalistas para "o melhor soldado do regimento" e fui laureado com o diploma de "Honra ao Mérito". Em nenhuma ocasião fiquei me expondo que era homossexual, porquanto não sentia necessidade disso a mesma forma que nenhum hetero fica dizendo para todo mundo que gosta de mulher.
ResponderExcluirassim, parabéns pela sua honra ao mérito, de verdade, e vc só comprova o qnto este general está errado...
Excluirmas preciso discordar em outro ponto com vc: os heterossexuais afirmam o tempo todo que gostam de mulher, qndo buzinam para elas dos seus carros, qndo gritam gostosa no meio da rua, qndo viram o pescoço pra ver uma mulher que passa, qndo traem suas namoradas, qndo coçam o saco, tudo isso são saídas do armário constantes dos heterossexuais.