Era um menino numa tarde de sol, seus pais trabalhavam na rua, mas ele não podia sair. Correr e brincar com os outros meninos estava vetado, "Fique em casa e cuide do seu irmão", diziam. Ele obedecia, e enquanto o irmão via televisão, ele arrastava um quadro negro pequeno, deitava-o no chão. Depois levantava e ia até seus brinquedos. Pegava uma bolsa, com tocos de giz colorido, amarelo, azul, verde, branco, rosa. Sentava-se numa esteira surrada, só com suas calças curtas, a pele exposta ao vento quente da tarde. Sentava-se.
No quadro ele então se jogava, e desenhava, o giz verde dava vida a árvores de longas e distantes florestas africancas, árvores vinham acompanhadas de montanhas, montanhas com cumes brancos como neve, como ele via nos filmes da Sessão da Tarde. O giz branco se transformava em neve. O menino então voltava a seu cesto de brinquedos e pegava pequenos pedaços de madeira, que guardava como menino pobre, levando o giz branco junto consigo, pintava-os de branco e as montanhas brotavam da bidimensionalidade do chão. Brotavam do Chão.
Virava então o cesto de brinquedos, bolas corriam para toda parte, pinos de plástico de boliche faziam barulho, procurava no fundo as peças pequenas de sua coleção de animais de plásticos. Um leão laranja, uma pantera negra, um hipopótamo roxo, um elefante rosa, uma garça amarela. E ele lembra que não fez um lago. Corre e, sem encontrar todos os bichos, desenha com o giz azul um lago e um rio tortuoso. O hipopótamo tem casa agora, a garça também. Ele então volta ao cesto. Cavalos que viram zebras, veados que viram antílopes, bois que se tornam gnus e o jacaré que vira crocodilo, todos os seus bichinhos de plástico colorido, cada um ganha seu nicho naquela savana de baobás frondosos. Naquela África de um só menino. Um menino.
No quadro ele então se jogava, e desenhava, o giz verde dava vida a árvores de longas e distantes florestas africancas, árvores vinham acompanhadas de montanhas, montanhas com cumes brancos como neve, como ele via nos filmes da Sessão da Tarde. O giz branco se transformava em neve. O menino então voltava a seu cesto de brinquedos e pegava pequenos pedaços de madeira, que guardava como menino pobre, levando o giz branco junto consigo, pintava-os de branco e as montanhas brotavam da bidimensionalidade do chão. Brotavam do Chão.
Virava então o cesto de brinquedos, bolas corriam para toda parte, pinos de plástico de boliche faziam barulho, procurava no fundo as peças pequenas de sua coleção de animais de plásticos. Um leão laranja, uma pantera negra, um hipopótamo roxo, um elefante rosa, uma garça amarela. E ele lembra que não fez um lago. Corre e, sem encontrar todos os bichos, desenha com o giz azul um lago e um rio tortuoso. O hipopótamo tem casa agora, a garça também. Ele então volta ao cesto. Cavalos que viram zebras, veados que viram antílopes, bois que se tornam gnus e o jacaré que vira crocodilo, todos os seus bichinhos de plástico colorido, cada um ganha seu nicho naquela savana de baobás frondosos. Naquela África de um só menino. Um menino.
Que liiiiiindo esse texto!! Viajei agora. Pra África e pro chão desse menino. Também eu tinha meus bichos de plástico. Vamos brincar?
ResponderExcluirFoxx! Explicando a minha afirmação no blog de que a Renovação Carismática não gosta de Madonna, é o seguinte: na verdade não é nem a Renovação em si. A Igreja tem todos os motivos para não gostar de Madonna. Uma mulher sensual, que usa uma linguagem nada usual em seus shows para falar com seus fãs, que faz gestos obscenos no palco, que tem um passado dálmata como ela, e que afronta a Igreja sempre que pode, como na Confessions Tour quando surgiu "crucificada", precisa de explicações para mostrar porque a RCC e a Igreja não gostam dela? rsrsrs. Mas, adoro Madonna e Igreja nenhuma vai me dizer o que ouço ou deixo de ouvir... Abração!
ResponderExcluirOi meu querido,
ResponderExcluirNão, eu não acho que vc foi grosso. Acho que vc foi coerente com o q vc acredita. E foi ao mesmo tempo absolutamente verdadeiro.
Eu concordo com vc em gênero. Já que em grau acho que percebemos a mesma coisa, defendemos o mesmo objetivo, mas com compreensões diferentes.
Eu estou mesmo falando disso, de pequenas coisas, seminários, encontros nacionais, foruns...
Sendo assim, não me importa se 10, 20, 100 ou 200 participassem de um seminario... basta que eles acontecessem.
Bom falando nisso, quando é mesmo o encontro em BH? Data?
Me deixe saber, quem sabe nao seria uma oportunidade pra ir até ai e claro o melhor de tudo conhecer vc, o Diego e outros....
Um abraço.
Jay
lindooo o texto
ResponderExcluirabracaooo
Ok, o anti-virus ta dizendo que tem um virus aqui, honey
ResponderExcluirOi Fox, eu li o post, achei legal, mas queria comentar sobre o que você comentou no meu blog... Tudo bem? Bom...
ResponderExcluirEu concordo com você. Estou sendo egoísta sim de querer a amizade da Yasmin e da Bruna... Talvez eu não tenha me expressado direito no meu blog, mas eu estou tentando ajudar Bruna de todas as formas, você não sabe o quanto estou tentando, mas ela simplesmente se recusa a receber ajuda e toda vez que falamos sobre algo ruim, ela só faz piorar e de propósito. Isso é explícito. Então eu estou tentando utilizar o antigo método que eu costumava usar, o do confronto! Se isso não funcionar, eu entro em desespero, porque não saberei mais o que fazer...
Mesmo assim, muito obrigado pelo comentário. Vlw mesmo. ;)
vc de vez em qdo se inspira de uma tal maneira...!
ResponderExcluirPara que sair e brincar lá fora se ele tem um mundo inteiro, alí mesmo, na ponta do giz?
ResponderExcluirA imaginação é algo divino qdo bem usado né! Sempre perfeitos seus textos! Bjs
ResponderExcluir6 números: queria os da megassena, mesmo. :-) Mas tb pode ser um 9 seguido de outros 5 noves = R$ 999.999 :-)
ResponderExcluirBom fim-de-semana!
Adoro lembranças poéticas. lindo.
ResponderExcluirSe soubéssemos o quanto a infância é maravilhosa... teria quardado minha lembranças com mais cuidado... e aprontado mais... com certeza...
ResponderExcluir***
umBeijo!
não lembro do meus brinquedos
ResponderExcluirMomentos únicos... talvez todos nós tivemos, cada um com sua intensidades... mas ainda assim momentos únicos
ResponderExcluirNossa que lindo texto!
ResponderExcluirParabéns!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDaktari!
ResponderExcluir:D
esse menino tem um pouco d cd um!
ResponderExcluiradorei
xx
Lembrei dos vários brinquedos que fazia com meu lego e outros brinquedos de montar... Também não tinha muita liberdade pra sair quando criança...
ResponderExcluirPS.: Vai rolar encontro de blogueiros aqui em BH e não to sabendo?!?!?!?
Bjão amigo, e vamos ver se marcamos de sair de novo qualquer dia...
Então vou ignorar este! Hehehe!
ResponderExcluirHugz!
Obrigado moço!
ResponderExcluirMuito emocionante!
ResponderExcluirParabéns viu! Lindo isso.
É tão bom quando escrevem assim...
Era vc?
Me emocionei de verdade. Parece muito comigo. Se for de verdade vc, suponho que somos bem parecidos!
Um mega abraço!
Faz tempo que não venho e dou de cara com esse texto lindo! Adorei, querido!!
ResponderExcluirbeijão!
adoreiiii!!!
ResponderExcluireu tb m fechava com meus brinquedos
quando estava sozinhoo!!
era tão bomm!!