Noite. 15:30h. Felipe me liga. "A gente se encontra umas 18h no Via Direta e de lá vai! 'Cê sabe que eu adoro festinhas na UFRN!". Sorrí do outro lado do telefone. Eu avisei-o que quando saísse da aula, iria direto encontrá-lo no shopping. Tocou o sinal avisando que o intervalo na escola já havia terminado. Eu retornei à sala de aula. Pose de professor. Alunos da 6ª série diante de mim. Cinquenta minutos de aula. Mais cinquenta em outra turma de meninos entre 11 e 12 anos. 17:20h. Eu pego o 79 sabendo que vou chegar atrasado. Mensagem no celular avisando que só saira naquele instante, e que da zona norte até o Via duraria, no mínimo, quarenta minutos se não houvesse trânsito. Mas houve. 18:20h. Felipe reclama do atraso. "Como se algo comessasse no horário neste país!". Ele compra cigarros, Carlton Mint, e um isqueiro. Bafora enquanto compramos cervejas no Carrefour também. Long Necks. Uma para cada, mais, esquentaria. Vamos bebendo, contando causos e caminhando pela lateral do shopping, através do Floriano Cavalcanti, até chegar ao campus da universidade. Entramos pela porta lateral, na cerca coberta por trepadeiras. Os cascos das cervejas ficam pelo caminho. E nos dirigimos ao Centro de Convivência da universidade onde o centro de ciências humanas organizava uma calourada. Felipe me contava sobre seu ex-namorado. Eu apenas observava o piercing dele balançando sob seu lábio inferior. "Eu me assustava com David dizendo que queria envelhecer do meu lado, Foxx. A gente namorava há menos de seis meses e ele já fazia planos para o futuro". Engraçado como o piercing brilhava sobre a luz de mercúrio que deixava Natal dourada àquela hora.
No Centro de Convivência, poucas pessoas, o palco ainda estava terminando de ser montado. "Eu não disse", sapequei. Ao longe, alguns universitários com seus jeans surrados, pessoas que saíam da livraria apressadas e sem muitas vezes perceber o movimento que se formava ali, um grupo de adolescentes góticos com camisas pretas e all stars de cano alto, new hippies com cabelos rastafari e saias indianas. Ficamos próximos a uma coluna, esperávamos as bandas começarem e o bar abrir. Alguns amigos, participantes da organização apareceram, Brand New Hate abriria o show - góticos explicados - e o SeuZé encerraria - new hippies explicados. "O que eu estou fazendo aqui é que não se explica, não é?", brandia furiosamente o sangue de Felipe. Eu não! "Eu até que gosto do SeuZé".
A música começa. Os góticos se espalham. Misturam-se. Como Felipe gostava de repetir: "Festas democráticas!". E me deparo com um menino. Ele usa uma camiseta do Nightwish, munhequeira de couro no braço esquerdo, pulseiras de bolinhas pretas no direito. Calça jeans reta, com o joelho rasgado, que não escondiam as pernas finas e, no pé, um all star preto, riscado. Ele me olha curioso. Eu, mais curioso, correspondo. Vejo-o tomar algumas cervejas. Eu bebo outras. Felipe completamente alheio. Ele tem o cabelo negro e curto, cortado num quase topete; seus olhos da mesma cor se apertam toda vez que ele sorri. Só para as amigas, nunca para mim. Porém, uma hora, ele vai ao banheiro, passa por mim e me encara seriamente. Quando ele passa, sem pensar duas vezes, o sigo. Ele entra, e quando se dirige ao reservado percebe que estou atrás. Não sorri, apenas me encara, e quando tenta fechar a porta, dá com a minha mão mantendo-a aberta para poder entrar. "Você é louco, sabia?". Eu sorri: "Se você quiser que eu saia...". Ele sorri. Pela primeira vez para mim, me puxa pelo cinto e me beija. Empurra seu quadril contra o meu, minha mão aperta sua bunda pequena. "Dim, 'cê 'tá passando bem?". Ele responde que sim para o amigo que veio descobrir porque demorava tanto. Ele então sorri e se apresenta.
No Centro de Convivência, poucas pessoas, o palco ainda estava terminando de ser montado. "Eu não disse", sapequei. Ao longe, alguns universitários com seus jeans surrados, pessoas que saíam da livraria apressadas e sem muitas vezes perceber o movimento que se formava ali, um grupo de adolescentes góticos com camisas pretas e all stars de cano alto, new hippies com cabelos rastafari e saias indianas. Ficamos próximos a uma coluna, esperávamos as bandas começarem e o bar abrir. Alguns amigos, participantes da organização apareceram, Brand New Hate abriria o show - góticos explicados - e o SeuZé encerraria - new hippies explicados. "O que eu estou fazendo aqui é que não se explica, não é?", brandia furiosamente o sangue de Felipe. Eu não! "Eu até que gosto do SeuZé".
A música começa. Os góticos se espalham. Misturam-se. Como Felipe gostava de repetir: "Festas democráticas!". E me deparo com um menino. Ele usa uma camiseta do Nightwish, munhequeira de couro no braço esquerdo, pulseiras de bolinhas pretas no direito. Calça jeans reta, com o joelho rasgado, que não escondiam as pernas finas e, no pé, um all star preto, riscado. Ele me olha curioso. Eu, mais curioso, correspondo. Vejo-o tomar algumas cervejas. Eu bebo outras. Felipe completamente alheio. Ele tem o cabelo negro e curto, cortado num quase topete; seus olhos da mesma cor se apertam toda vez que ele sorri. Só para as amigas, nunca para mim. Porém, uma hora, ele vai ao banheiro, passa por mim e me encara seriamente. Quando ele passa, sem pensar duas vezes, o sigo. Ele entra, e quando se dirige ao reservado percebe que estou atrás. Não sorri, apenas me encara, e quando tenta fechar a porta, dá com a minha mão mantendo-a aberta para poder entrar. "Você é louco, sabia?". Eu sorri: "Se você quiser que eu saia...". Ele sorri. Pela primeira vez para mim, me puxa pelo cinto e me beija. Empurra seu quadril contra o meu, minha mão aperta sua bunda pequena. "Dim, 'cê 'tá passando bem?". Ele responde que sim para o amigo que veio descobrir porque demorava tanto. Ele então sorri e se apresenta.
:O
ResponderExcluirComo te disse pelo MSN há pouco... Intenso...
Vixi, se isso acontecesse comigo... Nem sei!!! Hahahahhaa!!
Kisses, honey!!
Hahaha... adoro qdo isso acontece!! Olha, já fiz muito dessas, Foxx... Muito mesmo, hehehe!! Hoje em dia sou uma pessoa séria e comportada (a-ham!), mas é uma delícia isso!!
ResponderExcluir;-)
beijão!
Impossivel não sentir emoção e gostar de algo assim.
ResponderExcluirMas nunca passei por isto,rsss
A timidez mata,rss
Abraços!
Vamos criar a campanha "Leve o DO pro banheirão!"?? Muito travado o menino...
ResponderExcluirEssas coisa são muito excitantes... hehe. Adoro!
ResponderExcluirAbraços!
ÓH!! que delícia!! heauiaehui
ResponderExcluirnunca tive coragem de fazer essas coisas... :p
Gente... HUAHAUHHUHU sábado passado aconteceu uma cena parecida, mas foi comigo e um amigo que tem namorado. :P
ResponderExcluirAi, ai... como adoro góticos... mas pelo que vc descreveu desse menino, parecia ser um daqueles grunges :P
ResponderExcluirdane-se
pegou tá pegado
hehehehehe
mas, adoro essas festas 'democráticas'
;)
WOW!!!! A minha parte favorita foi a 'da bunda pequena', vai ver que é porque eu tbem tenho uma bunda pequena, então logo rolou uma identificação... hehehehhehehe
ResponderExcluirA noite é uma criança...rs
ResponderExcluirPra quem nunca fez... é louco! rs O meu caso! hehehe
ResponderExcluirE, eu que pensava que era só eu que estava nessa!!!rsrs
Aff... essas perguntas de mãe enche, né? hehe
Beijo
quem nunca passou - vaio passar - porma situação dessas!!!
ResponderExcluirFala, Foxx! Vai vir pra Sampa no finde? Cair na balada?? Dá um toque!! ;-)
ResponderExcluirabração!
putz...
ResponderExcluirdiversão demais
a noite não tem hora para acabar
A história de fugir é brincadeira, seu Foxx. :-) É mais por ter botado as roupinhas na mochila, como a gente faz(ia) quando era criança e ameaçava fugir de casa. E a minha mãe sempre se oferecia pra ajudar a arrumar a trouxa, hehehe... Claro que eu desistia de fugir na mesma hora! :-)
ResponderExcluirBat-beijos pra você! E sim, sou de Sampa mesmo.
Eu sou muito cagão! jamais teria coragem de ir atrás do cara assim.. ía ficar esperando que ele fizesse atrás de mim!
ResponderExcluirPor isso que to sempre liso :(
adoro esses post
ResponderExcluirno estilo confessions
hey
nao esquece de mandar bjo para aquele tantao de gente q mandei
e otima viagem
Uuuuuuiiiii!!!!
ResponderExcluiras emocionantes aventuras de foxxx :O
ResponderExcluirrsrsrrs
cm um descolnhecido assim, numa festa hetero...
ResponderExcluirnunk aconteceu
axo q naum aconteceria
eu sou mt reservado
naum dou moral assim numa festa naum
mas tah valendo
vc deve ter aproveitado
xx
esses guris! tudo viado.. eihaieuaie
ResponderExcluirMuito bom, pecado... Abraço
ResponderExcluirRapaz... show de bola, hein...
ResponderExcluirMas se encarada eu já tinha ficado petrificado lá!!! AHUHAUHAUA
Grande final de semana!
Ahaha, aee lenin garanhão! To vendo que os banehiros dae devem ter muitas historias suas... E aproveita em sampa!
ResponderExcluirBjs
gosto de pessoas decididas que sabem o quer e não perdem tempo... hehehe
ResponderExcluire depois diz que é quieto..hummm ...sei...
Abs:-)
vc realmente é louco, tá vendo que eu lá tenho coragem pra fazer uma coisa dessas!!! nam!!!! Aliás, feliz dia do amigo!!!
ResponderExcluir?
ResponderExcluirFala, Foxx!! Prazeraço te conhecer no sábado!! Curti muito a balada contigo e espero não ter falado muita merda na fase "amnésia alcóolica", hahahaha!! Próxima vinda à sampa, querendo se jogar na balada, é só dar um toque!!
ResponderExcluirbeijão!