Google+ Estórias Do Mundo: Deve Ser Muito Fácil

terça-feira, 10 de julho de 2012

Deve Ser Muito Fácil

, em Natal - RN, Brasil
Em março de 2010, o ex-Menudo Ricky Martin assumiu em seu site que era gay. Ele tinha 38 anos e um histórico de abuso pelo seu próprio pai que segundo sua auto-biografia interferiu diretamente no tempo em que ele levou para aceitar-se como homossexual e ter orgulho de quem é. Em abril de 2010 foi a vez do cantor de axé, Netinho, assumir-se bissexual em uma entrevista concedida ao Fantástico. Em junho de 2010, Vanessa Carlton assumiu em um show ser bissexual e que, finalmente, sentia-se orgulhosa de ser assim e, em maio de 2011, a cantora Jessie J. disse que para as mulheres é mais fácil assumir do que para os homens. Em outubro de 2011 o vilão de Heroes e novo Spock, Zachary Quinto, assumiu também que era gay, junto a ele o âncora da TV americana ABC, Dan Kloeffer, ambos argumentando que sair do armário ajudaria as crianças que sofrem com o bullying, enquanto Marco Nanini dizia a Bravo que apesar de receber seus namorados em sua casa não via motivos para se assumir publicamente que era gay. Em fevereiro de 2012, Matt Boomer, que atuou em Friends e White Collar, aos 34 anos assumiu a sua homossexualidade agradecendo ao namorado em uma premiação. Colocadas contra a parede por Marília Gabriel, em junho de 2012, Pepê e Nenem admitiram que são gays e agora em julho, Anderson Cooper, aos 45 anos, jornalista da CNN, assumiu também, dizendo: "O fato é: sou gay, sempre fui, sempre serei e não poderia estar mais feliz, confortável comigo mesmo e orgulhoso. Recentemente, comecei a considerar se os resultados não intencionais de manter minha privacidade superam o princípio pessoal e profissional. Tornou-se claro para mim que, permanecendo em silêncio sobre certos aspectos da minha vida pessoal por tanto tempo, tenho dado uma impressão errada de que eu estou tentando esconder alguma coisa - algo que me deixa desconfortável, com vergonha ou até mesmo com medo. Isso é angustiante porque simplesmente não é verdade". 
Porém, a repercussão dessas estórias, destes atos de bravura, tem sido pífia quando não desrespeitosa  entre os próprios homossexuais. Primeiro, digo que são atos de bravura porque assumir-se homossexual ainda é um ato de coragem, seja para os amigos, seja para a família, seja sobretudo no trabalho. É necessário correr um risco ainda absurdo de perder tudo o que se possui, não é a toa que das estórias citadas acima são todas de pessoas com carreiras sedimentadas e relacionamentos familiares sólidos, porque o risco de assumir-se gay no início da carreira e ser excluído do mercado de trabalho por um preconceito idiota de que o homossexual não é capaz de ser um bom profissional existe, de fato. Veja as estórias da sambista Martinália e de Marina Lima que admitiram suas homossexualidades e foram banidas da Rede Globo por anos. No entanto, apesar desta percepção que, acredito, todo homossexual deve já ter notado e, por isso, evitar ao máximo este risco, os comentários que vemos nas redes sociais de homossexuais são, para dizer o mínimo, insensíveis.
O que vi quando Ricky Martin, Netinho, Marco Nanini, Pepê e Nenem e, agora, Anderson Cooper assumiram foi um desrespeitoso "eu já sabia" que reduz completamente o impacto da afirmação e a transforma em histórias de alcova numa nota de rodapé. Ricky Martin e Anderson Cooper, sobretudo, fizeram esta afirmação por causa de garotos que estão acabando com a própria vida em seu país, revelaram um fato que, realmente, diz respeito apenas a suas vidas privadas/particulares como um statement político. Como uma ação militante. Porém para os comentadores das redes sociais em que parecer cool e descolado é mais importante do que demonstrar capacidade de compreender e se colocar no lugar de outros seres humanos é somente o motivo para mais uma piada. Choca-me perceber que as mesmas pessoas que passam por este problema, que também precisaram assumir-se e assumir para outras pessoas, que tem por isso maior capacidade de se colocar no lugar destes homens e mulheres, não o fazem.
E só posso imaginar que seja por egocentrismo. Só posso imaginar que seja por insensibilidade. E só posso implorar: por favor, parem! Coloquem-se no lugar dessas pessoas que, primeiro, que por mais que seu radar seja ótimo (o meu também é), o de outras pessoas não é; e, segundo, o fato destas pessoas revelarem sua homossexualidade e bissexualidade é, no nosso mundo midiático, uma das melhores formas de combater a homofobia que existe. Então, no lugar de fazermos piadas, que tal se aplaudirmos e convocarmos os outros tantos que nós já sabemos que são gays (atores globais como Miguel Fallabela e Cláudia Jimenez e autores como Silvio de Abreu, Aguinaldo Silva, João Emanoel Carneiro), mas que nunca fizeram o mesmo statement tão necessário!

67 comentários:

  1. A Jimenez? Sério? Não sabia mesmo! Excelente teu texto. Excelente e oportuno! E sim: a maioria dos mocassins é horrenda! #FATO!

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  2. Só comecei a ser verdadeiramente feliz desde que me assumi como homossexual.

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  3. Continuo com a minha premissa ... Manter-se no armário é tentar enganar a si próprio ... todos sabem ... todos mesmo ... papai, mamãe, vovó, titia, amigos, colegas ... uma coisa q não existe no mundo é gente boba ... todos sabem ... no máximo fingem q não sabem e vamos alimentando este fingimento e mentindo para nós mesmos ... ninguém sabe de mim ... Oh! Céus! Eu demorei, e muito para me assumir para mim mesmo e para os outros ... isto só aconteceu de forma plena aos 30 anos. Qdo me assumi publicamente para os 4 ventos vi q todo o meu medo e insegurança era uma mais completa paranoia ... tudo um mito ... é certo q existem casos específicos na vida de cada um ... tb é certo q esta publicidade dos famosos q se assumem geram impacto e não vejo como nenhum desmerecimento o fato das pessoas afirmarem q já sabiam ... gente! todo mundo [homo ou hétero sabia] ... bolas ... mas enfim ... o fato de se assumir e de saber se impor como tal é o q conta ... assumi e não sofri nenhum constrangimento em nenhum grupo de minha convivência ... assumi e me impus ... simples assim ...

    bjão querido

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  4. Talvez vc interprete comentários como "eu ja sabia" como cool e como algo que minimize, mas o fato é que, e eu falo isso com experiência de quem já assumiu publicamente, depois que se assume a sexualidade, percebe-se que é muito mais fácil e simples que imaginado. Para nós, é óbvio que essas pessoas são gays e na nossa cabeça não é possível entender porque essas pessoas ainda não assumiram ainda, já que é tão incrivelmente simples e a vida melhora 1000% depois do outing. Junte a isso um background familiar gay-friendly, uma cidade gay-friendly e etc, onde ser gay é como gostar de carne ou de, e notícias como essas deixam de ser impactantes e passam a ser normais.
    Eu discordo completamente da sua argumentação, pois quando fazemos disso such a big deal passamos a ver os homossexuais como algo diferente e excepcional. A ideia, na minha opinião, é que isso nem deveria estar na midia. Esse tipo de noticia deveria ser considerada como aquelas notinhas do ego onde as subcelebridades mudam de academia. Num mundo ideal, ser gay é tão normal que não faz diferença se vc diz que é ou que não é. Num mundo ideal, ser gay é como gostar de rock. É tão normal que ninguem sai falando na midia "Fulano assume: sou rockeiro".
    Nós, os assumidos, já vivemos nesse mundo. E tentamos - ou melhor - eu tento fazer com que ele vire realidade.

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    1. vc realmente disse tudo, Bernardo. Num mundo ideal isso é uma notinha do Ego. No mundo em que vivemos é um posicionamento político que gera repercussões sociais de imensa grandeza. Num mundo ideal nós poderíamos nos dar ao luxo de dizer "eu já sabia", numa realidade homofóbica em que as pessoas são atacadas todos os dias na rua necessita de apoio, sobretudo daqueles que tem a sorte de viver longe deste ambiente homofóbico. Como eu disse, é necessário ter empatia.

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    2. Você está falando de um mundo ideal, estamos no mundo real.Não sei em que cidade/mundo é esse que você vive que é gay-friendly e ser gay é como gostar de carne.

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    3. Foxx, comentar eu ja sabia ou algo do genero não necessariamente indica falta de empatia. Não é por egocentrismo ou insensibilidade, e é isso que eu tentei dizer com meu comentário.

      Anônimo, é muito fácil expressar sua opinião anonimamente. Quero ver dar a cara a tapa como eu. Entào, se vc quer participar dessa discussão, pelo menos para merecer a minha resposta, seja homem e saia de trás do fácil anonimato da internet. E somente a título de FYI, eu moro em Berlin, uma cidade gay-friendly a ponto de hastear bandeiras do arco-íris nos prédios públicos como a prefeitura ou a "camara dos vereadores" no mês de julho, por ser o mês do orgulho gay. Eu fui criado em Belo Horizonte, uma cidade sim gay-friendly e pouco homofóbica para os padrões brasileiros. O Foxx já viveu lá e sabe do que estou falando.

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    4. Bernardo, sinceramente, é falta de empatia, pode não ser egocentrismo e insensibilidade, mas é falta de empatia sim, exatamente pq vc vive em uma cidade que é diferente, pq você teve uma família diferente, vc provavelmente tem dificuldade de observar as dificuldades que outros passam para fazer o mesmo processo. estou certo?

      e sim, BH é uma cidade bem mais gay-friendly do que Natal, por exemplo.

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    5. É muito fácil expressar opiniões na internet, seja anonimamente, seja com um pseudônimo, seja com nome e foto, é só bater os dedinhos no teclado.

      Ter o seu nome e foto estampados pouca diferença faz.Se estivesse escrito anônimo dava no mesmo, eu não te conheço do mesmo jeito.

      Se você acha que postar um comentário com nome e foto é algo grandioso, ou corajoso sinta seu saco arroxear à vontade, você respondeu o que eu queria saber do mesmo jeito, espertão.

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    6. Acho complicador dizer que BH é gay-friendly... Aliás, penso o mesmo para qualquer lugar. Porque a realidade da periferia é bem diferente da realidade da Savassi, por exemplo...

      Eu sei que vcs falam de um modo geral mas, como diz Gilberto Gil: "É sempre bom lembrar que um copo vaio está cheio de ar"...

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    7. Cara Comum, ok na periferia é diferente da Savassi, mas em Natal não existe um lugar como a Savassi, então é sim mais gay-friendly, pq existem lugares no pais em que gays não estão seguros em lugar algum.

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  5. Com certeza, ajuda bastante... Querendo ou não, se assumiu publicamente é difícil, já é complicado até pra quem é um "anônimo", imagina para um famoso. Não adianta, vai demorar para deixar de ser tabu.

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  6. Continuo achando que se assumir não deve ser uma obrigação mesmo que todo mundo já saiba.

    PS.: Em várias entrevistas Aguinaldo Silva já deu a entender que é gay, e já escreveu inclusive no seu blog ao falar sobre homossexualidade que saiu do armário aos quatorze anos nuzinho em pêlo (ou algo assim) e Cláudia Jimenez já falou à imprensa que já ficou com os dois sexos e se interessa pela pessoa e não pelo gênero.

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    1. também acho que não deve ser uma obrigação, porém é necessário reconhecer que quando se está numa posição como um ator, âncora de um jornal, isto é, uma posição de destaque, pode ser professor também, por exemplo, sua decisão em não assumir afeta mais pessoas do que você mesmo porque vc cria um modelo, como disse o Anderson Cooper, que tem vergonha do que é, e não trata aquilo com a naturalidade de uma pessoa heterossexual. não acha?

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  7. Ia dizer só que o Bratz já comentou tudo, e que sua replica ao comentário do Bernardo conclui o assunto, mas vou chover no molhado: cada um sabe onde seu próprio calo aperta.
    Eu me arrependo de não ter assumido muito tempo antes, mas cada um tem seu tempo. Assumir-se ajuda na aceitação alheia, por você e pelo seu semelhante, mas sobretudo ajuda a própria pessoa que deixa de ter que ficar representando, se escondendo.
    Ok, seria dispensável se o mundo fosse outro. mas acho que estamos numa fase em que ainda não podemos prescindir do testemunho de gente importante e respeitada.
    E assumir-se não quer dizer também sair por aí dizendo aos quatro ventos. Depende de cada um. Eu paenas não nego, e assumo quando necessário. Uma coisa natural. É minha forma de contribuir à acietação geral. Agora, claro que um R. Martin pode fazer muito mais quando assume publicamente.

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    1. a questão é essa: sometimes nossa saída do armário é um bem além de nós mesmos e por isso devemos pensar nos outros e menos na gente. é o meu caso, por exemplo, sendo professor, não assumir no trabalho é passar uma imagem muito negativa para os meus alunos. existe uma responsabilidade social que os gays precisam reconhecer em suas saídas do armário.

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  8. Tem umas coisas que eu não entendo realmente. O cara mora em Berlim e vem aqui, no mundo real, pois Berlim é "fora do planeta Terra", dizer que alguém se assumir publicamente deveria ser considerado notinha de rodapé. E nem entro aqui numa discussão conceitual do que seja "normal", que isso demandaria horas de escrita. Falo por mim que vivo em São Paulo e que é bem real, e por aqui um garoto que queira ter sucesso em alguma carreira empresarial, por exemplo, se assumir é certeza absoluta de insucesso. E olha que São Paulo não é o sertão dos confins do mundo! Assumir-se em guetos... bem aí eu deixo para os especialistas...

    A gente tem mais é que aplaudir a coragem de quem se assume sim. Foxx, parabéns, texto belíssimo!

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    1. Pois é o que eu disse, Lucas, a gente tem que aplaudir mesmo quem tem coragem de se assumir.

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    2. O Cara mora em Berlin há um ano e meio, mas quando o cara assumiu, ele morava em Belo Horizonte, dentro do seu mundo real. Se vc acha Berlin fora da terra, vc tem seus horizontes limitados amigão. Além do mais, o "cara" tem um pai árabe, sem dúvida uma das culturas mais homofóbicas. Se informe antes dar a entender que "para esse cara foi fácil".

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    3. Talvez o “amigão” tenha que deixar de ver mensagens onde elas não existem... nem nas entrelinhas. Eu não escrevi em lugar algum que “para esse cara foi fácil”. A minha singela mensagem é: nunca devemos minimizar gestos que requerem ousadia e coragem. Só isso. E faço minhas as suas palavras: se informe antes de dar a entender que alguém tem horizontes limitados! Nem sempre um provinciano deslumbrado com Berlim é sinônimo de horizontes largos!

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    4. Uma vez que fui citado, cumpri o meu papel ao me defender e argumentar a meu favor. Mamãe me ensinou a ser educado. Além do mais, acredito que argumento bem o suficiente para não ter a necessidade de atacar pessoas que sequer conheco. Bem, aí deixo para os especialistas.

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  9. É eu sempre aplaudo e vibro por cada celebridade ou pessoa da mídia que se assume porque acredito que um dos maiores agravantes para o preconceito contra gays é a falta de referência na sociedade. É preciso se derrubar esse estigma de que um homossexual é menos capaz que um heterosexual e mostrar para tantos outros adolescentes gays que é possível ser feliz, ser bem sucedido e ter uma vida perfeitamente normal sendo gay.

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  10. é muito complicado se assumir, eu, particularmente tenho muita coisa em risco pra levantar uma bandeira. Não que seja impossível sobreviver à isso, é, mas é comodo tb me trancar dentro do meu armario e estar com o foda-se ligado para o que as pessoas estão pensando. Mas é complicado essas referências serem de grandes artistas, o adolescente vai achar que ser gay é cool, e não é, infelizmente a nossa sociedade vai tachá-lo, repugná-lo, tentar torná-lo menos humano. Alguns, como sabemos, fugirão de casa, tentarão se matar, viverão à margem. Outros vão construindo seu caminho e cosneguindo o respeito aos poucos. mas quem embarca nessa tem que saber, é ótimo sentir-se livre, mas o sofrimento não é opcional.

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    1. Drama, ser gay é cool sim. eu adoro, vc não? nossa sociedade tacharia o adolescente, o repugnaria, o tornaria menos humano, mas isso não não é porque ser gay é ruim, é pq a nossa sociedade não aceita. é necessário colocar os vilões no seu devido lugar. essas referências são importantes pq os adolescentes precisam de modelos para se espelhar, se ele pode se espelhar em um homem gay de sucesso, ele não vai tentar se matar pq ele sabe que se o artista conseguiu, ele tb pode conseguir. ou não?

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  11. Infelizmente assumir-se dentro de um contexto digamos... inseguro, ainda é arriscado... É fato que esses artistas contribuiram muito para tornar a homossexualidade algo mais natural diante dos olhos do mundo. Mas eu não acredito que muitos desses comentários em redes sociais têm realmente a intenção de desmerecer o ato dessas pessoas. prefiro acreditar que, pelo menos para a maioria dos gays, isso já se tornou tão natural que podemos fazer brincadeiras do tipo... Tá, é um pouco sem noção, mas tem tanta gente sem noção nesse mundo não é? O que esperar de redes sociais, que já se tornam um dos principais fenômenos de massa da atualidade?
    Acho que sim, tem muita gente que aplaude e entende a atitude desses artistas... Eu mesmo vibrei quando vi a declaração do Rick Martin! Os tempos estão mudando... Mas esperar que a ignorância de muitas pessoas se acabe de uma hora para a outra já é uma ilusão!
    Bem, Foxx... Vamos fazer a nossa parte e torcer para que assumir-se homossexual em um futuro próximo não seja uma declaração necessária para evitar suicídios de adolescentes que sofrem bullying, violência sexual ou simplesmente exclusão social!

    Enfim! Um beijo, Foxx... Ótima postagem! :D
    Até!

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    1. na verdade, as pessoas podem não ter a intenção ao fazer os comentários, Júlio, mas eles podem ser interpretados assim... aí está o problema.

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  12. Eu acho que as pessoas tem visto muito problema em fazer piada das coisas. Você é uma dessas pessoas, amigo.
    Não se recebe mais uma piada apenas como uma piada, vc (no sentido de além de vc, todos) já a ouve procurando a falha, onde apontar, como suspeitar dela.
    Entendo o fato dos comentários serem um pouco grosseiros, mas não culpe quem encara isso com leveza e não deprecia, necessariamente, o fato do outing de um famoso, mas o coloca no lugar-comum (o que, de fato, deveria ser).

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    1. eu acho q toda piada feita com outra pessoa é uma piada ofensiva, Bruno, por isso sou sim daqueles que veem a falha pq para mim não é mais importante rir da pessoa, pq pra mim me colocar no lugar dela e ver se eu gostaria de que rissem de mim vem em primeiro lugar.

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    2. O meu comentário se limita a exclusivamente as piadas sobre o outing, que é o tema do post.
      Eu acho até bom que se coloque a ação de assumir publicamente a homo/bissexualidade como algo ordinário e passível de piadas por ser só mais uma ação que qualquer um poderia fazer.

      não estou me referindo à piadas sobre tal pessoa, e sim sobre tal ação.

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    3. eu tb estou falando sobre piadas sobre outing...
      eu não acho que se deva colocar assumir homo/bissexualidade como algo ordinário e passível de piadas pq ainda não é um processo ordinário, simplesmente. as pessoas que passam por isso, normalmente, sofrem muito para que se faça qualquer piada sem ofendê-la.
      mais uma coisa: é interessante notar que somente vc e o bernardo que vivem em ambientes que assumir foi absolutamente naturais sejam os únicos, até agora aqui, a defender esse comportamento.

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    4. talvez isso aconteça porque nossas realidades nos permitiram a ver isso como algo comum.
      penso até tudo poderia ser tratado com menos pedradas e mais risadas /rima
      as coisas ficariam mais fáceis de serem digeridas, de serem ditas, comentadas e compartilhadas porque o humor é mais acessível

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    5. mas é claro, a realidade de vcs dois é distinta de todos as outras pessoas que comentaram aqui e por isso vcs vêem de outro ponto de vista. esta é a riqueza de saber ouvir e escutar todos os que falam.

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  13. Post tenso... sua especialidade! Concordo com todas as suas ideias. Assumir-se em um entorno favorável é muito mais simples do que na maioria dos entornos que existem mundo afora. Além do que para pessoas com um respaldo financeiro mais sólido (o que acontece com os “famosos”) isso ainda é mais fácil. Para a maioria dos mortais, das pessoas comuns, o que acontece é uma verdadeira batalha contra as diferentes resistências dos grupos sociais de que participamos. E, em todos esses casos, só com aplausos esses atos tem que ser reconhecidos.

    Beijos.

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  14. eu tive uma vantagem - falta de dinheiro na família me obrigou a trabalhar muito cedo, aos 14 anos. aos dezoito, eu já era independente - a ponto de nem assumir nem desassumir. chamei meus pais para um almoço, e disse - este é fulano, estamos juntos e vamos morar juntos. vocês são bem-vindos em nossa casa, contanto que liguem antes. de lá para cá, nada mudou - continuo sendo respeitado social e profissionalmente. sou casado há 25 anos, tenho dois afilhados que são filhos de amigos - e não parentes -, na empresa em que até recentemente trabalhávamos todos sabiam que éramos casados, e ninguém piava. mesmo porque eu sempre soube me posicionar a respeito, portanto - estou com Paulo, sempre sábio. o meu caso não foi traumático, não teve batalha complicada a não ser a de praxe.

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    1. uma ótima história, um ótimo exemplo, Wair. parabéns! meus aplausos!

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  15. Acredito que cada um possui o seu tempo e escolhe o momento certo. Alguns contam logo mais cedo para os pais e amigos, outros só para os amigos. Outros assumem-se apenas depois de encontrar um namorado(a) ou ainda há aqueles que almejam primeiro uma independência financeira para sair do armário. Fato é que, apesar de toda a "evolução", ainda não é um ato tão corriqueiro e natural dizer em uma roda entre colegas de trabalho que você namora alguém do mesmo sexo. Além disso, precisa ser algo no qual a pessoa sinta-se à vontade consigo mesma acima de tudo. E isso tudo leva-se tempo para a maioria das pessoas.

    Beijo querido!

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  16. Oi Foxx, tudo bem?
    Menino, o texto ficou esplêndido. É difícil se assumir? É e muito, mas depois que vc se assume, parece q tudo fica mais, vc se sente mais leve. Falo isso por mim, claro que cada um tem seus motivos para se manter no armário. Acredito que a falta de respeito se dá, no momento em que vc não se respeita e não impõe respeito aos outros. São aquelas piadinhas infames que vc rir, mesmo não gostando, mas para "agradar" as pessoas em sua volta. Acho isso uma idiotice.
    Tanto na minha vida pessoal quanto na profissional, nunca tive problemas em relação a minha sexualidade. Não sou e nunca fui um desses neuróticos que andam por aí, rs.
    Bjo menino

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    1. bem, Dil, eu só discordo com essa frase: "que a falta de respeito se dá, no momento em que vc não se respeite e não impõe respeito aos outros", eu discordo, o respeito vem do outro, eu devo respeitar uma pessoa por ela ser um ser humano como eu, não pq ela se dá ao respeito. o respeito pela outra pessoa deve partir de mim antes do outro exigir. entende?

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  17. Oi ... Bem, se fulano ou beltrano sabem ou desconfiam ... Fodam-se (desculpe pelo vocabulário mas é assim que penso). Acredito que ninguém precisa sair do armário porque acha que é uma obrigação se assumir. Deve se assumir quando se achar preparado, livre para isso, ao seu tempo e não ao tempo dos outros. Abraços !!!

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  18. Por mais que critiquem (redes sociais e afins), quem conta a nossa história somos nós mesmos, não 'eles'. E o final dela, o "the end", tem mais chance de um 'happy end' se não deixarmos que 'eles' a escrevam.

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  19. Pois é, Foxxito... a bunda do Garfield gera dúvidas mesmo... já a sua... é in-con-fun-dí-vel! Hehehehe!

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  20. Foxx:

    Acho que se assumir é algo que precisa ser amadurecido na cabeça de cada indivíduo gay. Alguns se encontram preparados emocionalmente e outros não. Às vezes leva um tempo e cada um tem o seu, não é mesmo? Acho estes "outings famosos" extremamente importantes, mas cada um vive uma situação de vida, não é mesmo? Muitos globais simplesmente não o fazem, muitos artistas, cantores, pessoas da mídia não o fazem com medo de perderem seus contratos, benefícios e regalias. Primeiramente o Brasil precisa aprender a enxergar o gay com respeito e tolerância e não julgar o gay como um ser inferior e anormal. Todos merecem ser felizes e viverem suas sexualidades de forma sadia e tranquila, sem medos e sem sentirem-se punidas por serem A, B ou C..somos antes de mais nada cidadãos que pagam impostos e querem ter seus direitos assegurados.
    Abraço grande.

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  21. Nem sabia que essa jimenez era do bafão, sempre achei que ela fosse a mais pegadora de garotões ehehehe
    mas enfim, concordo com o que tu disse, esse tipo de piada é muito desnecessário, e o pior que são os próprios gays que fazem piadinhas.

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    1. segundo eu li, ela terminou um namoro de anos com uma namorada e passou a se divertir com garotões, tenho pra mim que conselho da Globo...

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  22. Sobre assumir-se.

    Essa repercussão de famosos assumirem publicamente, na minha opinião, nada mais é do que puro marketing. Não conheci ninguém que se assumiu pelo fato do R. Martin ter se assumido, e por favor se alguém conhece, traga-o aqui para dar seu depoimento.

    Assumir, para as celebridades, esta se tornando "virar notícia", "estar novamente em foco", olhem Pepe e Nenem, é a prova disso. Acho um sensacionalismo barato esse tipo de matéria. EU aplaudo todos aqueles, que foram citados como pseudos "moradores de Narnia, no armário", os quais não se assumiram em livros e entrevistas mas, que "já sabemos" (essa seria uma piada implicita no seu texto?) que são homossexuais mesmo assim. Isso mostra que vida pessoal de cada um não é da conta de ninguém. E que se pode viver, mesmo sem colocar uma placa no pescoço dizendo "Gay Aqui". Não se assumir as vezes não tem relação com medo, cada um sabe até onde deve ir, cada vida, uma vida.

    O "outing" deveria ser considerado banal, como na realidade é. Por fim, acho contraditório esse papo de "somos todos iguais" e depois "isso merece ser noticiado, somos diferentes".

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    Sobre piadas infames.

    Essa coisa de ser cool em rede social, vezes, da nos nervos.
    Algumas pessoas não tem o "timing" da piada, e ao invés de ser sagaz + ironico se torna cruel + insensível. Bom senso é tudo nessa vida. Mas, não acho certo colocar capa de bom samaritano em quem não faz piadinhas em rede social. Quantos aqui já não fizeram o comentário "eu já sabia" quando um vizinho ou um amigo se assumiu?! Vai me dizer que você mesmo já não o fez, Foxx?!
    Estamos entrando em uma era em que falta de respeito está sendo confundida com liberdade de expressão. E pior, opiniões divergentes estão se tornando ofensa, tudo é proíbido. Estamos nos tornando verdadeiros caretas (como diria o Cazuza).

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    1. então, respondendo também por partes:

      acredito que, realmente, ninguém saiu do armário pq viu o Ricky Martin se assumir; mas, na época em que eu me descobri gay eu achava q eu era o único assim no mundo, o único que sentia aquelas coisas pq eu era o único errado, achava q nunca seria amado pq não existia no mundo outro homem que tb gostava de homens; um menino que nasce hoje sabe, por causa do Ricky Martin e outros que falaram abertamente de sua sexualidade, que ele não está sozinho. e isso faz uma diferença do kct!!

      sobre piadas:
      claro que eu fiz piadas infames, tb tive meus momentos insensíveis na vida, mas isso não vem ao caso, ora. só pq eu fui insensível algumas vezes não abre o precedente para que os outros também sejam não é?

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    2. Por partes...

      talvez por culturas diferentes mas, hoje em dia é muito improvável que uma pessoa se sinta tão solitária no mundo ao ponto de achar que não exista nenhum homem que sinta atração por homem ou mulher por mulher. Estamos na era da comunicação, internet, celular, tv, livros.

      Os meninos que nascem hoje sabem de algo, pelas redes sociais, onde você que tem orgulho de ser assumido posta matérias informativas na sua própria página; pelos eventos gays que ocorrem em muitas cidades de nosso país na qual você faz questão de vestir a bandeira sem medo de comentários; pelos jornais onde mostram a guerra dos homossexuais pelos seus direitos junto a política na qual você sempre se engaja pensando no próximo; nos telejornais mostrando casais gays adotando crianças...

      O que vejo nos """"""famosos"""""" não é a luta pela banalização do outing ou por servir de canal de ajuda. Ricky Martin expôs sua vida para vender livros, onde o slogam que ele reproduzia na época era "quer saber mais sobre isso, leia meu livro". Pepe e Nenem, para voltar ao hall da fama... o egocentrismo está aí. Concordo com o que você diz em relação a informação a sexualidade mas, não dessa forma como você coloca no texto.


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      Sobre piadas infames:

      Você não abre precedentes mas, não lhe cabe o poder de julgar como se não fizesse parte das pessoas que fizeram/fazem piadas infames.

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  23. excelente, alias, mais que excelente seu blog - esses famosos PRECISAM mesmo se assumir, só assim os "escondidos" tem como se inspirar e tdo mais.

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  24. Olha Foxx... não digo que sempre tenha algo "ótimo" me esperando depois dos perrengues... mas não posso negar que eu faço questão de tornar a minha vida melhor em tudo que está ao meu alcance... afinal, um mero ovo pode ser o começo de uma bela omelete, nzé? Hehehe!

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  25. Esse "eu já sabia me irrita". Porque ninguém tem obrigação de se assumir e de tornar a própria intimidade uma bandeira de militância. Quando a pessoa o faz, é caso de aplaudir mesmo.

    Fico pensando que certas pessoas não tem mais o que fazer do que ficar cuidando da vida dos outros. Porque, quando dizem que já sabiam, existe a ideia embutida de que a pessoa assumir era algo que ela deveria ter feito há mais tempo. Mas quem esse "crítico" acha que é pra determinar o momento em que o outro deveria expor sua vida privada? Isso não é insensibilidade não: é desrespeito. É invadir um limite que não diz respeito a mais ninguém a não ser a própria pessoa.

    Assim, concordo com o seu texto com exceção à parte de "convocarmos os outros tantos que nós já sabemos que são gays (...), mas que nunca fizeram o mesmo statement tão necessário!". Eles é quem devem decidir o melhor momento para fazer isso, se assim o desejarem.

    Aliás, mesmo dentro do armário é possível combater a homofobia, ao menos evitando falas/posturas que incentivem (ou sejam coniventes) com a homofobia...

    E, um outro detalhe é que, em muitos dos casos, essas pessoas que criticam não tem a mesma coragem dos seus alvos, ainda estão no armário no trabalho, por exemplo, ou tentam "disfarçar" quando estão num lugar em que não consideram seguro (em meio uma torcida de futebol ou numa rua de periferia, por exemplo). Porque pro outro é sempre mais fácil, não é?

    Enfim, muita coisa a ser dita...

    Beijos!

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    1. eu concordo com a parte q vc concorda comigo. hauahauahua

      =D

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  26. Foxx:

    Oieeee passando pra avisar de uma novidade que acredito vai agradar muitoooo.

    bazarmasculino.blogspot.com - um blog novinho em folha.

    Tô esperando sua visita e participação como seguidor, ok?

    Abraços querido.

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  27. não é todo mundo q nasce pra levantar bandeira e salvar a vida de crianças gays que sofrem com o bullying, lenin. cobrar isso de pessoas como miguel falabella, diogo vilela e etc tb não é justo.

    muito legal a atitude de tds esses q mesmo q essa nao tenha sido a intenção, acabam ajudando essas pessoas e servindo como exemplo. mas tem q vir da pessoa. ngm é obrigado a isso, famoso ou não.

    no mais, onde eu estava q eu nao fiquei sabendo dessa do anderson cooper? bobo!

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    1. eu tb não acho que devemos cobrar isso das pessoas, Antônio, concordo com vc que nem todo mundo nasce para levantar a bandeira, mas minha crítica é aos comediantes de plantão. acho q se eles vão falar algo, que cobrem dos que não saíram do armário, e não zoar quem tá fazendo alguma coisa.

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    2. Opa! Peraí?? Vc reconhece que nem todo mundo aguenta o tranco da missão e pede para os críticos aliviar a barra de quem assume, mas pegar pesado com quem não dá conta??

      Tá errado isso!!!!

      Os críticos tem é que cuidar da própria vida e dar opiniões construtivas, não?

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    3. vc não me entendeu. eu não falei para ninguém pegar pesado com ninguém, mas alguém q pode fazer um bem saindo do armário, como um ator, e se escusa a fazer isso, merece sim ser questionado. REPITO: questionado.

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    4. Meu querido, vc é que não entendeu a gravidade do que vc disse.

      Essas pessoas já são questionadas só por existir e ser o que são. E isso vem de todos os lados: da família deles, dos amigos deles, da mídia, da população em geral... A crítica é sim muito maior que aquela recebida por uma pessoa anônima. E vc acha que isso não é pegar pesado?

      Por mais que eles façam um bem saindo do armário, ninguém tem o direito de questionar a posição deles em não querer se transformar em mártires. Ninguém é obrigado a abdicar da própria vida em nome do bem de todos. E, se ninguém é obrigado a isso, ninguém tem o direito de aumentar a pressão (pegar pesado) nesse sentido.

      É ótimo quando alguém SE propõe (e não apenas cede à pressões) a fazer um bem para um coletivo. É péssimo quando o questionamento é tão incisivo (porque vem de todos os lados) que se tira a liberdade de escolha e acaba por não dar outras opções que não a eterna negação (que vai sempre cheirar a covardia) ou um outing forçado...

      Só acho legítimo outing forçado no caso das pessoas que não se assumem e ainda por cima adotam discursos extremamente homofóbicos como forma de tentar "disfarçar". Definitivamente, este não é o caso de alguns que vc citou em sua postagem como Miguel Fallabela e Cláudia Jimenez...

      Faltou sensibilidade da sua parte, amigo!

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    5. bem... acho q vc ganhou a discussão.
      =)

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  28. sabe, eu que ainda estou no fundo do armário não sei o quanto é bom essas declarações, entendo que a intenção da pessoa é a melhor, mas quantas vezes você ouve coisas (no meu caso na sala de aula)por causa dessas declarações, sei que a culpa é das pessoas preconceituosas e idiotas, mas....
    Vini

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  29. Olha, eu acho que este "eu já sabia" é natural... e diferente do que disseram, nao acho que tenha problema, uma pessoa pública está ali na mídia, tem de aguentar certas coisas. E sao seguidos, fotografados e as pessoas acabam sabendo de algumas coisas, para mim é a mesma coisa daqueles casais que nao admitem namoro e depois sao vistos se beijando e coisas do tipo, só isso.

    E acredito que muitos saem do armário mais para um marketing pessoal do que para um statment para ajudar alguém.. sério.

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  30. Eu concordo que devemos aplaudir a atitude das pessoas em vez de minimizar o ato político, mas descordo (ou ratificaria), que isso não é uma postura dos gays apenas. Seu texto é muito coerente, mas em uma primeira lida da a impressão que só os gays fazem isso e não é. Isso é um problema social. Homofobia realmente não é uma coisa de hétero para gay, mas muitas vezes do próprio gay para o gay, concordo. Apenas acho que esse ponto é bem mais amplo, mais social na extensão da palavra. Nossa sociedade em geral não é politizada, não é aberta ao diferente e isso vai em todos os segmentos dela. Ontem um colega comentou que estava com o namorada em um evento e um casal hétero de seus 70 a 80 anos veio a ele perguntou porque eles não se beijavam na festa, que o beijo é lindo. Disseram algo do tipo: veja como se faz! Se beijaram e encorajaram meu amigo. Achei linda a atitude, mas é uma minoria. As pessoas só irão deixar comentários que reduzem o ato políticos das coisas, quando aprendermos a pensar e a mídia, a política e até as próprias pessoas não estão muito interessadas nisso. Massa é a palavra. Não é impossível, tá aí o casal para mostrar, mas temos que ter paciência e acredito que temos que ser pedagógicos nessa hora, para saber passar a mensagem para os menos politizados. Parabéns pelo texto, como sempre bastante interessante e de utilidade.

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    1. obrigado pelos elogios, Breno, vc eh um leitor inteligente e bem informado, seus elogios valem mais.

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  31. Ah! uma outra coisa que eu queria comentar é que, eu acho, que a coisa do outing x recepção das pessoas é muito mais de nossa postura do que do ato em si. Claro que independente de postura, nesse pais onde a religião quer dominar e as pessoas não tem alto grau de instrução, aceitar o homossexual é difícil e independente de como você se porte, só saber que você é, já seria motivo para mudança no respeito. Engraçado que eu sofri comisso na escola. Todos os lugares que trabalhei fui assumido. Não cheguei com um "olá, sou novo aqui e sou gay", mas com o tempo, com as conversas uma coisa ou outra escapava e eu mantinha minha postura exigente de respeito, da mesmo forma que o dava. Acho que quando deixamos de ter medo do que somos, passamos a emanar mais confiança. Evidente que ainda tem gente que não sabe e certos lugares jamais irei expor isso, por conta da violência, mas no geral as pessoas sabem de mim e isso nunca afetou meu trabalho nem minha empregabilidade.

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    1. olha, sobre empregabilidade: eu tenho certeza que alguns empregos como professor, entrevistas que fiz, isso foi levado em consideracao sim... no fundo, na verdade, depende da area com a qual vc trabalha, hoje trabalhando com midias sociais isso nao eh um problema.

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" Gosto de ouvir. Aprendi muita coisa por ouvir cuidadosamente."

Ernest Hemmingway