Google+ Estórias Do Mundo: fevereiro 2010

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

PRESENTE: Seabra-Campos

, em Natal - RN, Brasil


Numa mesa de bar de Natal, uma chuva fina cai do lado de fora, forçando a fumaça do cigarro ficar sobre o toldo que nos serve de abrigo, o garçon traz mais cervejas...


Andarilho: Pois como vocês sabem, eu fiz minha graduação na Faculdade Seabra-Campos!
Foxx: Como é que é, meu filho?
Andarilho: Mas é claro, tudo que eu aprendi nessa minha vida de prostituição foi com você e com o meu caríssimo Peter aqui.
Peter: Hei!
Foxx: Respeite pelo menos o namorado do outro presente.
Wolf: Realmente! O que vou pensar diante disso?
Andarilho: Desculpe, Wolf, mas é um fato! Peter não prestava até conhecer você.
(Gargalhadas)
Foxx: Lá eu tenho que concordar com isso.
Peter: Até tu, Brutus?
Foxx: Ora, era fura-olho...
Andarilho: Pois é, eu era namorado de um amigo dele e ele me perturbou até o dia que conseguiu ficar comigo. E depois eu estava namorando com o Índio lá e você deu em cima dele também.
Peter: E o seu namorado, o Índio, deu em cima do Foxx!
Andarilho: Mas ele não ficou com ele e ainda me contou o que tinha acontecido.
(risos)
Wolf: E como você e o Peter se conheceram, Foxx?
Foxx: Eu dei em cima dele via fotolog, aí a gente se conheceu, por acaso, na praça do CEI e na mesma noite nos encontramos, por acaso, no Avesso... e ficamos. Aí eu fui comprar cerveja e ele ficou com outro.
Peter: Eu juro que achei que você tinha ido embora...
(Gargalhadas)
Foxx: Sei! (mais risos) Aí ficamos amigos e depois eu descobri que ele 'tava namorando com o Alejandro naquela época!
Wolf: Amor, você traiu seu namorado com o Foxx?
Peter: Esse e outros!
(Gargalhadas)
Wolf: Que bom que você 'tá morando em BH agora né, amigo?
(Gargalhadas)
Wolf: E como você e o Andarilho se conheceram, Foxx?
Foxx: Quer contar?
Andarilho: Eu conto! Eu gostei dele de cara por causa da cara-de-pau!Estávamos brincando de verdade ou sacanagem no Paraíso, ali em Ponta Negra, uma galera e a gente nem se conhecia . Aí caiu p'ra ele me perguntar algo e ele perguntou a todos se podia pedir a sacanagem com ele mesmo.
Foxx: Mas não podia...
Andarilho: E como a gente ainda se beijou naquela brincadeira?
Foxx: O Sizinho que era o único que eu conhecia na roda me fez o favor de ordenar que eu beijasse você como prenda!
Andarilho: E ficamos amigos!
Foxx: E ficamos amigos.
Wolf: E a gente também se conheceu antes né, Foxx?
Foxx: É! Da época que vc namorava o FD e ainda morava em Currais Novos! So many years ago!
Peter: Pois é...
Foxx: Pois é! Mas voltando a essa estória de Seabra-Campos... nem vem com essa que eu sou formado na Seabra-Braz!
Peter: Nem, nem, que eu sou formado pela Campos-Braz.
Andarilho: Seabra-Campos, já disse! Seabra-Campos!
(gargalhadas)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

ESPECIALMENTE: "Beaucoup de Bruit Pour Rien"

por Sebek*

Meus caros, uma pequena invasão aqui se faz necessária, apresento-vos o meu querido Sebek, este paulistano querido, que me apresentou o centro histórico da cidade e fingiu que tocou na cerveja no Bar da Loca meses depois. Ele tem algo para falar-lhes e tem minha benção!

[para ler esse post, o autor recomenda a audição
de Mother's Talk, do Tears for Fears]

Bom, começar uma reflexão dessa envergadura demandou, para mim, muitas elucubrações sobre o tema com amigos, e várias observações empíricas vivenciais. Confesso que, diante desse mundo que vivemos, com todas os preconceitos, o meu relacionamento com os gays efeminados - porque "a" é uma preposição de negação - sempre foi complicado, talvez por querer me autodefender do esteriótipo, resguardar o meu armário ou algo assim, mas desde uns tempos pra cá venho repensando esse assunto, tudo isso graças a uma sequencia de palestras que venho acompanhando no Café Filosófico da TV Cultura que fala sobre a masculinidade e a feminilidade.

Ouvi a psicanalista, Maria Rita Kehl, afirmar, entre outras coisas, baseada em Lacan, Jung, além de outros pensadores e na experiência empírica que, ambas as identidades são uma oposição entre si. Percebe-se, que existe uma masculinidade imanente no feminino e uma feminilidade imanente no masculino. Fiquei refletindo o que isso poderia significar e acabei percebendo que a origem do nosso preconceito contra os efeminados está calcado na forma Rousseauniana de educação que ainda não nos libertamos. Nós, indivíduos do gênero masculino, somos educados para sermos masculinos a partir da negação de tudo o que é feminino, você percebe isso se prestar um pouco de atenção na forma como foi educado pelos seus pais, esse é a forma Rousseauniana de educar, o paradigma de educação social desde o século XVIII que, agora - a partir da metade do século XX - e, por conta de grandes mulheres (elas também grandes prejudicadas por esse metodo), como Simone de Beavoir, ele começou a ser questionado.

Acontece, porém, que através dessa forma Rousseauniana, acabamos por ganhar como 'prêmio' uma sensível repulsa a tudo que é feminino em nós e nos seres do gênero masculino e, aliando isso à nossa natural busca por alguém que nos complete similarmente, propiciamos o star up desse nosso preconceito para com os efeminados, que, no caso, por alguma coisa natural que não sabemos bem o porque ainda, parecem não terem conseguido (e viva o gerúndio!) responder totalmente a esse estimulo da educação rousseauniana para a oposição ao feminino.

Apesar de tudo isso justificar a existência do preconceito, penso que por sermos vítimas direta ou indiretamente do preconceito da sociedade 'heteronormal', deveríamos repensar aquilo que nos foi imposto por educação. Não existem verdades absolutas, nem o nosso modo de pensar tem que estar estático. A flexibilidade faz bem para as outras pessoas e para nós mesmos. Tenho, particularmente, buscado esse caminho: flexibilizar, crescer, evoluir, porque afinal de contas, qualquer tipo de restrição e preconceito é um atraso de vida mesmo que debaixo de qualquer capa ou véu que se esconda, principalmente aquela velha capa do "só não me atrai sexualmente" .

O mundo já está tão repleto de hipocrisias, que, não acho válido, nós reforçarmos essa característica virulenta e putrefata da sociedade adicionando uma pior que as anteriores simplesmente abrigados debaixo daquela capa velha e esfarrapada da falta de 'atração sexual'.

Certamente, não é fácil vencer essa mistura perniciosa (educação rousseauniana + atração pelo que é mais másculo) que são o botão ativador do preconceito contra os efeminados, mas é, talvez, uma responsabilidade, quiçá um dever, para nós gays, que somos vitimas e tanto tentamos vencer o preconceito da sociedade heteronormal para com os homossexuais. Não estaríamos nós, reproduzindo o preconceito dos héteros contra os homossexuais, sob uma nova ótica? Qual respeito teria a causa gay se formos hipócritas de lutar tanto pra sermos aceitos pela sociedade e, ao mesmo tempo, segmentarmos os efeminados num gueto? Não acabamos, indiretamente, justificando o direito dos fundamentalistas religiosos defenderem seu ponto de vista de exterminar a homossexualidade da face da terra agindo assim?

Não sou efeminado, mas, a bem da verdade aprendi, depois de me apaixonar perdidamente por um efeminado lindo, inteligente,'moço pra casar' que ninguém manda no coração, nem mesmo a atração sexual. Um dos meus melhores amigos gays é efeminado e foi quando perdi a vergonha de andar com ele que aprendi a ser mais homem, exatamente porque aprendi a ser mais eu, mais seguro de mim mesmo, mais aberto às possibilidades e menos fincado nos meus preconceitos. Penso que dei um passo para ser um homem completo e não, apenas, um protótipo de macho, que, no fundo, é apenas um viés de se autoenxergar como animal (e irracional, diga-se), em oposição à essência que nos faz tão grandiosos: o fato de sermos seres humanos racionais.

O preconceito começa na nossa decisão de continuar a sua manutenção e não lutarmos, o mínimo que seja, conosco mesmo, para vencê-lo. Penso, que o preconceito em qualquer escala começa e termina quando eu quero, dependendo da minha força de vontade de empreender uma batalha contra ele. Por isso, arrisco-me a dizer, que o preconceito contra os efeminados, é culpa particular minha, sua, de cada um de nós. Durma-se com esse barulho!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

PASSADO: Anna Karenina, capítulo 4

, em Natal - RN, Brasil
"E decidira ser impossível viver assim, ser preciso encontrar uma explicação qualquer para a vida, de sorte que esta se lhe não apresentasse como uma ironia maligna e diabólica e não o levasse a estourar os miolos."



Foi em Santa Rita que tudo aconteceu. Santa Rita é uma praia que apesar de ficar a somente vinte minutos de Natal permanece deserta durante todo ano, com excessão do verão, quando as casas de praia que ocupam a orla ficam cheias de crianças e adolescentes mimados, meninos que se exibem a meninas que também tem seus hormônios em ebulição. No verão, a praia é ocupada por jogos de volei e amores imaturos, por isso prefiro ocupar a casa que meu pai construiu no inverno. É uma casa imensa! Duas suítes no primeiro andar, mais duas no térreo, acomodações ainda para mais dez pessoas no térreo e talvez mais dez subindo as escadas.
Nós ocupamos a suíte ao sul, naqueles dias de julho. Estávamos na cama, eu e ela, cama que eu havia dividido com o Sérgio momentos antes, quando ela falou: "Ele me disse que hoje não saíria daqui se não fizesse sexo com você". Eu me virei a ela e estava óbvio que eu queria mais explicações. "É! O Sérgio apostou comigo que hoje ia te comer". Eu ri, sem saber se ficava ofendido ou não com a pretensão daquele dançarino de corpo perfeito que estivera na minha cama antes. Anna, no entanto, sabia que deveria estar ofendida, ofendida e enciumada. Agora ela me queria na cama com ela. Porque Sérgio me tivera, e agora bebia e fumava com nossos outros amigos no térreo. Ela sentia-se na vez dela. Era a vez dela me ter naquela cama.
Avançou sobre mim e não nego que os beijos me atiçaram. E conforme meu corpo se ascendia, meus pensamentos fervilhavam. Um momento de escolha se aproximava e vórtice parecia me deixar tonto. "Eu sou gay, não sou? Então o que estou fazendo aqui, com ela, excitado?", eu me perguntava. Não havia dúvidas quando o Sérgio me beijou e me trouxe pela mão até aquela cama, agora quando ela montava em mim e tirava a própria blusa. eu pensava se deveria estar ali com ela ou não. Uma constatação foi tomada ali, com Anna e graças a ela, definitivamente, mulher não é a minha praia.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A RAPOSA E O PEQUENO PRINCIPE: O Começo


Releitura de "O Pequeno Príncipe" de Antoine Saint-Exupéry



Era uma vez uma raposa que vivia sozinha em uma floresta. Bonita, de pêlo lustroso e castanho, a raposa era caçada por inúmeros homens que tentavam sempre se aproximar dela. Muitos a queriam, e ingênua, muitas vezes ela caiu em suas armadilhas, porém, esperta, sempre conseguiu fugir a tempo, saindo apenas com pequenos arranhões. Que, estranhamente, não cicatrizavam rápido, mas que, de fato, não eram tão profundos. A raposa então tornou-se arisca e passou a evitar os humanos, até que um dia, um pequeno príncipe chegou em sua floresta.
- Quem é você? Perguntou, apreensiva, a raposa.
E ele respondeu seu nome de príncipe, mas a raposa insistiu:
- Você é um caçador?
Ele respondeu com um sorriso: - Não! Sou um príncipe.
A raposa desconfiou, farejou o ar, mantendo-se sempre a distância.
- Príncipe? Pois você tem cheiro de caçador.
O príncipe sorriu e tentou se aproximar, mas a raposa rosnou e se afastou. Mas ele não temeu e se aproximou mesmo assim e facilmente dobrou os joelhos e colocou a raposa em seu colo, que tremia, mas ele colocando seus dedos por entre o pêlo castanho a fez se acalmar. E a raposa, com seus olhos negros, que brilhavam somente conseguiu falar:
- Por favor, me cativa?
- O que quer dizer "cativar"? Perguntou o principe, com os olhos fixos na raposa deitada em seu colo.
- É algo há muito tempo esquecido - disse a raposa - Significa "criar laços". Significa que você é para mim diferente de todos os príncipes e caçadores que encontrei por aí. Que para ti não sou uma raposa igual a cem mil outras raposas. Se você resolve me cativar e eu também te cativo, nós teremos necessidade um do outro. E eu serei único para ti, e você será único para mim...
- Entendo! - disse o príncipe - Um dia, uma flor me cativou. Ela era única para mim...
- Nada é perfeito! - suspirou a raposa, logo em seguida retomando seu raciocínio - Minha vida têm sido muito monótona, eu caçava galinhas, os homens me caçavam. Todas as galinhas se pareciam, todos os homens também. E isso realmente me incomodava, sabe? Mas se você, meu príncipe, resolver me cativar minha vida será cheia de sol.
Então a raposa calou-se e observou por muito tempo o príncipe, que somente a acariciava por entre os pêlos castanhos:
- Por favor... cativa-me! Disse a raposa.
- Sim - disse ele - o que é preciso fazer? Diga-me que farei.
- É preciso ser paciente - respondeu a raposa - temos que nos encontrar todos os dias, e conversar, primeiro a distância, mas aos poucos você chegará cada vez mais perto. E todo dia tem que voltar.
E assim o pequeno príncipe fez, e todo dia ele voltou, e assim cativou a raposa. Todos os dias um pouquinho mais.





Começando então esta nova série junto com este namoro. Desejem-me sorte!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

EXTRA, EXTRA, EXTRA: Exército e Homossexualismo

Existem sempre áreas mais resistentes às mudanças quando pensamos na sociedade ocidental neste último século. Alguns chamam estas áreas de tradicionais, outras as chamam de direita, mas elas existem e estão lá. E, como nossa sociedade sempre caminha para frente, nem sempre melhorando, mas sempre um passo diante do outro, algumas regiões se mantém, como podemos observar desde o início do século XX, se mantendo reticentes enquanto as mudanças se aprofundam na sociedade, e um dos setores da sociedade ocidental que mais se mostram reticentes a mudanças são os militares.
Lembremos que a aceitação de negros em meio aos exércitos não exisitia de fato até a Segunda Guerra Mundial, apesar deles lutarem desde o século XVIII e XIX em meio as fileiras. Eles participaram das guerras americanas de Secessão e da guerra do Brasil e Paraguai como escravos, muitas vezes visando uma liberdade raramente conseguida ao fim da batalha. Na Segunda Guerra Mundial, que se encerrou em 1945, faziam serviços menores e de patente baixa, inclusive, no fronte os negros e brancos lutavam separadamente, sendo o exército brasileiro o primeiro a lutar, nos campos da Itália, com uma única tropa, racialmente integrada. Entre todos os outros exércitos, brancos e negros, ou membros de outra "raças" como descendentes de orientais, índios, etc, jamais lutavam juntos. Porém, os cargos de oficial eram preenchidos sempre com brancos. A própria FEB, no entanto, também tinha ordens de se excluírem soldados que não fossem brancos dos defiles ou, se caso fosse impossível, coloca-los no interior das fileiras. Os negros, no Brasil também, não deviam participar da formação de guardas de honra, em particular se estas se destinassem a autoridades estrangeiras.
Após a aceitação dos negros, graças mesmo a esta Grande Guerra, as mulheres passaram a ganhar destaque na sociedade ocidental e o movimento feminista ganhou força. A participação feminina anteriormente era unicamente como enfermeiras ou como secretárias, se mantendo longe do campo de batalha. Podemos pensar que isso mudou, mas estamos errados, o Colégio Militar de Salvador só teve sua primeira turma feminina para oficiais a partir de 1992, e mesmo assim os cursos oferecidos para mulheres - engenharia, área médica e os serviços técnicos (como administradoras, professoras, advogadas, etc) - excluem qualquer possibilidade de combate.
Pensando assim, não se torna surpreendente ouvir o general Raymundo Nonato de Cerqueira Filho, durante a audiência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado para a eleição do Supremo Tribunal Militar, ao ser arguido pelos senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Eduardo Suplicy (PT-SP) sobre o que estes pensavam sobre a presença de homossexuais nas fileiras militares. As palavras de Demóstenes Torres foram:

“Vossas excelências são favoráveis ao ingresso de homossexuais em qualquer das forças e acham que essa polêmica tem razão de ser?”

O general Cerqueira Filho respondeu, "de uma forma sincera", disse ele:

“Não é que eu seja contra o homossexual, cada um tem que viver sua vida. Entretanto, a vida militar se reveste de determinadas características que, em meu entender, tipos de atividades que, inclusive em combate, pode não se ajustar ao comportamento desse tipo de indivíduo”.

Pois é, e sempre foi política das Forças Armadas, definir qual é a capacidade de um indivíduo. Afinal negros não chegavam a postos altos porque não tinha a capacidade intelectual, as mulheres não podem lutar porque não tem a capacidade física, e como gal. Cerqueira Filho nos explica, os homossexuais também não tem a habilidade necessária para estar dentro das Forças Armadas. Pois, como ele nos permite entender:

“O exército americano está discutindo ainda, mas os casos que ocorreram mesmo no exército americano foram praticamente rechaçados. Não é que o indivíduo seja criminoso, mas é o tipo de atividade. Se ele é assim, talvez tenha outro ramo de atividade que ele possa desempenhar”

É uma incapacidade inata que está nos genes de um homossexual que o torna inapto a esta atividade. Não chega nem a ser preconceito contra gays do general, é uma certeza, afinal mulheres também são inaptas a mesma atividade militar. Ele explica melhor aonde está esta incapacidade:

"Tem sido provado mais de uma vez, o indivíduo não consegue comandar. O comando, principalmente em combate, tem uma série de atributos, e um deles é esse aí. O soldado, a tropa, fatalmente não vai obedecer. Está sendo provado, na Guerra do Vietnã, tem vários casos exemplificados, que a tropa não obedece normalmente indivíduos desse tipo".

O homossexual é tão intrissicamente um amoral que em momento algum é capaz de liderar e ser respeitado por um grupo, sobretudo se estes são heterossexuais. Por isso nenhum chefe em empresa alguma é homossexual, por isso que um professor homossexual não controla sua turma de alunos, por isso que não existem advogados homossexuais defendendo nenhum cliente diante de um juri. Talvez os homossexuais possam ser médicos, talvez eles sejam superiores, pelo menos, a vírus, micróbios e bactérias, possam combatê-las, será que gays são superiores pelo menos a seres unicelulares? E, o pior é que, sinceramente, não acredito que o general Cerqueira Filho seja realmente homofóbico, talvez um pouco machista, ou só um militar, ele definitivamente não teve a intenção de ofender ninguém.



A resposta do almirante Luiz Pinto ficar para o próximo texto.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

PRESENTE: "Ao Futuro! E Aos Amigos!"

, em Natal - RN, Brasil
Cheguei da praia, onde deixei meus pais na paz de Santa Rita e liguei para meus amigos. Chegara em Natal dois dias antes e eles ainda não sabiam que eu estava lá. "Vamos sair, vamos nos ver", repetiram. E marcamos no Kafofu. Descemos caminhando para o bar, a noite quente se enchia de nuvens e perdia estrelas enquanto caminhávamos, começou a chover fino e eu os vi se apressarem e por um instante fiquei para trás. Reconheci-os tão diferentes agora.
Peter não tinha mais seus cabelos cumpridos e não estava preocupado com seus garotos perdidos. Namorando agora um gênio, estava trabalhando no lugar de contar com a herança de seu avô. Voltara a faculdade, que ele abandonara por dois anos e estava quase morando com o namorado, passando mais tempo na casa dele do que na sua própria, abandonara as boates e bares. Tive que perguntar: "Fumar você ainda fuma né?", e ele acendeu um Malboro.
O Andarilho parou. Suas caminhadas antes traçadas por caminhos agora obscuros se encerraram. Trabalhando, morando sozinho, fazendo faculdade, o tempo para as armações que seriam de se esperar dele acabaram. Também o vi de forma diferente, sofrendo por amor, ou melhor, agora conhecendo o que é sofrer por amor, antes ele só conhecia o que era pessoas sofrendo porque chegaram a amá-lo. Lembro que o Marcelo Sunshine dizia que sofrer por amor é demodé, mas que também dá ao sofredor uma certa profundidade. No espírito do que dizia Vinícius, sem uma sombra de tristeza, toda beleza é só beleza. E agora o Andarilho tinha esta sombra que destacou a beleza dele. O sorriso dele não era mais somente um sorriso, um sorriso de criança que ele se gabava de possuir, agora era um homem bonito com um sorriso bonito.
Michel também estava diferente. Sem o Stan ao redor dele, está mais leve, e com um novo namorado que agora o considerava mais importante que os amigos, ele demonstrava estar mais confiante. E também um novo emprego. O mais novo entre nós é o que está mais bem encaminhado na vida profissional. Trabalhando com a indústria de moda agora, graças ao curso técnico do SENAI, estava em dúvida se investia nesta área com uma faculdade de design ou de engenharia de produção.
Crescemos, todos nós. Agora somos adultos! Agora as discussões na mesa de bar falam sobre aluguel de apartamento, futuro no emprego, casamento, enteder exatamente no que seu amigo trabalha. "Afinal, Foxx, se você for falar qual é o seu emprego, o que você diz?". É, eu também estou diferente. Quase terminando o doutorado e com planos de agora assentar minha vida. De definição! De finalmente alcançar meu futuro, de realiza-lo porque a estrada está chegando ao fim, está na hora dele começar. E também um namoro. Um namoro que começou pela internet e ouço meus amigos dizendo: "Isso é tão sua cara!". Um futuro amoroso finalmente começando.
E o brinde com os copos de vidro e a cerveja barata do Kafofo se tornam diferentes, que por um segundo pareceram taças de cristal e champagne:"Ao futuro! E aos amigos!".