Era quase 1h da madrugada quando eu e meu amigo comissário de bordo estacionamos em uma das ruas da Ribeira, exatamente em frente ao porto de Natal, para irmos ao Galpão 29. Meu amigo estranhara a facilidade para estacionar naquelas ruas estreitas. "Não deve ter ninguém nesse carai". Ele parou e eu saí do carro pela porta a direita e me virei em direção a ele. Pretendia falar algo, mas vi o guardador de carros se aproximando e apertando o pau por cima da calça. "Se preocupa não que eu estou cuidando do carro, amigo, pode curtir a balada tranquilo". Não demos bola para ele e nos adiantamos caminhando até a porta da boate pelo calçamento irregular daquelas ruas antigas, cortadas pelos trilhos do antigo bonde. No trajeto eu acendi um Lucky Strike, e um segundo guardador de carros pediu um cigarro. Puxei um do bolso e lhe entreguei, ele pediu o isqueiro, foi quando eu senti, por trás, alguém apertando meu braço. Era o primeiro guardador. "Ei, cara, tem como você me pagar uma cerveja aí?". Eu virei e dei de cara com um cafuzo magro e alto, com cara de esfomeado ou tísico, não sei dizer. Ele apertava o pau com a outra mão, enquanto me mantinha do seu lado me segurando pelo braço. "Posso entrar com você nesse lugar aê...". Eu ri, ele continuava. "Tu me paga umas cervejas e depois eu posso fuder esse teu rabo". Eu, com o mesmo sorriso no rosto, declinei a oferta. "Obrigado, mas eu tenho que ir", e apontei para o meu amigo que agora me esperava, de braços cruzados, quase na frente do Galpão 29. O guardador me pediu desculpas e se afastou. "Tá vendo? Fica fumando, ó o que dá!". Eu contei-lhe que ele não queria cigarro, apenas o primeiro, e sim que este estava dando em cima de mim e expliquei-lhe a proposta. Meu amigo riu: "Já começou bem! Já ganhou a noite!!". Eu mandei-lhe à merda.
Não havia ninguém na boate, como previmos pela facilidade em estacionar. Meu amigo não quis ficar e já girávamos os calcanhares, voltando para o carro, quando o guardador de carros nos abordou. "Não tem ninguém aqui hoje né? A Vogue que deve estar boa hoje. Eu nunca fui numa boate gay, sabe?", ele falava rápido, sem pausas para nós não o interrompermos, "Tenho preconceito nenhum, e como 'tô afim d'uma gozada, pode ser qualquer um, homem ou mulher". Ele nos acompanhava até o carro. "Com o tesão que 'tô, quero é gozar!". Meu amigo ria baixinho enquanto chegávamos ao carro. "Vocês dois não estão a fim a três não?". Meu amigo gargalhou e respondeu, abrindo a porta do carro. "Não, cara, valeu aí". Deu-lhe umas moedas e partimos."É impressionante!", ele disse dentro do veículo, "Quem é que toparia um convite desse cara?". O vento da madrugada entrava pela janela, era uma noite bem agradável de inverno, quase fazia frio. "Muita gente deve topar, se isso não acontecesse ele não seria tão direto e natural desse jeito". Meu amigo concordou e tomamos o rumo da Vogue.
Cara, no começo pensei que os "flanelinhas" iriam te assaltar ou sei lá o quê... Ainda bem que tudo terminou bem! Mas é incrível com certas coisas acontecem, quando a gente menos espera. Tenho certeza de que muitos aceitariam. Acho que esses caras eram "mixês" na verdade!!! Vai entender...Beijão
ResponderExcluirah não, amigo, o cara chega pegando no pau e vc espera que ele vá assaltar, sabemos bem o que ele queria desde o início. hehehe
ExcluirDefinitivamente estas figuras um tanto qto ao estilo GP ou Michês não fazem meu tipo ... nunca fiz ...
ResponderExcluirbem, não é vc que fala que adora um cafuçu? é condição sine qua non de um cafuçu pedir dinheiro para bicha ora...
ExcluirDe repente... por conta de uma experiência antropológica... hehehehe! Mas conta aí: tu que tocou... como são as coxas railerianas?!? Hehehehe!
ResponderExcluirClaro que tem gente que topa esse tipo de programa, necessidade e fetiche cada um tem o seu.
ResponderExcluirBjux
Fico espantado com a tamanha lata desses tipos que se metem assim com pessoas que não conhecem de lado nenhum...é triste...pensam que toda a gente é assim, que paga para ter sexo? :x
ResponderExcluirna verdade, eles consideram que todos os gays são assim, ou que gays como eu são assim, porque veja bem, ele não abordou meu amigo, mas somente eu... isso deve ter alguma explicação, porque a mim que eles abordam.
ExcluirSe o convite de sexo a 3 não é abordar seu amigo, eu não entendo mais nada dessa vida...
Excluircara de pau!
ResponderExcluir=O
Super normal, aqui em floripa são os taxistas que ficam na frente das balada gay, já fui cantado por uns 3, por isso não ando mais sozinho de táxi pq nunca se sabe o tarado que vc vai encontrar
ResponderExcluirvixi, os taxistas? gente, mas eles ainda cobram a corrida? kkkkk
Excluire, amigo, qual o problema ser cantado? não vejo nenhum problema em ser cantado por quem quer que seja, meu problema sempre será o fato dele querer que eu pague uma cerveja para ele, isso me incomoda.
Coxas do Railer, Bundinha do Foxx... Salve o Patrimônio Anatômico de Blogsville!!!! ;)
ResponderExcluirGente, eu devo viver em outro mundo! Só fui abordado assim uma vez na vida...
ResponderExcluirTo eu aqui pra confirmar... eu super aceitaria se o cara fizesse meu tipo.. Nao me importo com a "profissao" hj em dia.. já fui um chato com isso, mas acho que hj eu toparia fácil se ele fosse gostoso e eu tivesse com vontade..
ResponderExcluirGente esquisita...
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