Google+ Estórias Do Mundo: outubro 2009

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

PASSADO: Martins

, em Martins, RN, Brasil

Eu estava na faculdade ainda. Tinhamos aula de museologia e arqueologia, e, com isso, estavámos já acostumados a visitar cidades do interior do Estado para visitar museus, arquivos e, sobretudo, sítios arqueológicos. Foi assim que conheci boa parte das cidades do interior do Rio Grande do Norte. E uma delas foi Martins. A visita foi a um sítio arqueológico: a Casa de Pedra. Esta localiza-se num pequeno vale, dentro de uma fazenda, sendo a cristalização mais antiga, no Brasil, de um afloramento marítimo de calcário, isto é, o afloramento de uma rocha que antes estava submersa quando no período Pré-Cambriano (cerca de 4,5 bilhões de anos atrás), o sertão brasileiro era um pequeno oceano. Consiste de uma caverna de 100m de comprimento, divida em recintos menores, cuja maior sala tem 216 m² e o teto está a 10 metros. Com paredes em mármore, é a segunda maior caverna do país. Esta caverna foi habitada por índios e pelas populações de caçadores-coletores, pré-históricas, anteriores a estes datando de 9,5 mil anos.


Martins, no entanto, uma cidade fundada, ainda no século XVIII, no topo de uma serra, a Serra da Conceição, chamada um dia pela alcunha de Cidade da Imperatriz, localizada mil metros acima do nível do mar, tem seu clima distinto do que se esperaria do sertão nordestino: faz frio. Um frio gostoso, acolhedor, daquele que você pode curtir com um casaco leve, um bom vinho e uma boa companhia. Apaixonei-me pela cidade, pela linda vista de pedras expostas, dos afloramentos de mármore branco e rosa, do céu repleto de estrelas que víamos do mirante, do bom vinho.


E foi exatamente no mirante, com as estrelas por testemunha, que virei para servir-me uma taça de vinho, e vi que eu era o único sozinho. Todos ali estavam acompanhados. Namorados, noivos, maridos, esposas. Meus olhos marejaram rápido e prometi a mim mesmo que um dia voltaria a Martins, acompanhado, e que teria alguém para colocar o braço em torno do meu corpo, e me abraçar naquele frio gostoso. Mas também prometi que só voltaria ali se estivesse acompanhado. Nunca retornei. Ainda lembro do frio que senti no topo daquela serra, olhando para o horizonte numa noite estrelada. Lembro de ter sonhado de olhos abertos. Lembro também que quando deitei-me abracei o travesseiro como se este pudesse me abraçar de volta e dormi encolhido. Esperando um dia diferente. Mas eu nunca retornei.


Estou indo a São Paulo, chego esta quinta feira pela manhã. Alguém quiser me ver, deixa contato.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A sorridente VIDA DE HEITOR RENARD

, em Belo Horizonte - MG, Brasil

Heitor estava sentando-o no seu colo. Tinha-lhe admirado as nádegas lindas, brancas, lisas e suculentas, as quais cravava suas mãos, todavia agora guiava seu pênis para dentro daquela musculatura macia. Quando o jovem Luiz então finalmente sentou no quadril do herói troiano, as mãos de Heitor seguraram os quadris do outro. No entanto, o herói só conseguia agora prestar atenção no abdômen perfeito que estava na altura de seus olhos. Luiz cavalgava e, enquanto isso, Heitor tocava cada músculo definido daquele ventre. Vasculhava-os com os dedos. O movimento, porém, mantinha-se cadente, e quando o herói decidiu olhar para cima, procurava o peitoral marcado, seus olhos foram atraídos por um sorriso. Luiz sorria. Sorrindo, fechava seus olhos e seu rosto se transformava com o prazer que ele sentia. Heitor não conseguiu evitar também um sorriso e, naquele instante, parou de se preocupar com o belo corpo que tinha ali em sua cama e se preocupou com o prazer que estava proporcionando aquele menino. Seus olhos se encontraram naquele momento, os olhos negros como ônix de Luiz brilhavam, e as bocas se procuraram, findo o beijo, um gemido alto: Heitor o fizera gozar, lambuzando os pêlos do próprio peito. Luiz então sorriu, cansado. "Nossa, que pau perfeito!".

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

EXTRA, EXTRA, EXTRA: Liga dos Blogayros Nordestinos

"Era luxo, mas caiu no gosto nordestino e entrou em declínio"...


Uma situação ocorreu esta tarde na Blogosfera. Estou eu, me revirando em mil, entre blogs, fotologs, twitter, msn e minha tese de doutorado, quando o S.A.M. atualizou o blog dele. E, como sempre, uma postagem do S.A.M. vale sempre você parar e lê-lo. São normalmente boas gargalhadas. O título da postagem era Vagabunda. E nela, meu querido amigo, resolveu falar de todas as outros sinônimos da palavra vagabunda: puta, vadia e rapariga. Rapariga então é descrita assim:

"Era luxo, mas caiu no gosto nordestino e entrou em declínio. Não tinha muita sonoridade mesmo, foi-se tarde."

Rapidamente, eu e o Serginho nos manifestamos. Ouvir preconceitos e ficar calado permite que eles se repitam. Um negro que é humilhado e sai em silêncio permite que aquilo se repita. Piadas homofóbicas e agressões que não são reportadas a polícia deixam os seus autores impunes. E, desculpe-me o S.A.M., ele sabe o quanto ele me é querido, porém não posso simplesmente ficar calado. Aviso que S.A.M. corrigiu o texto, e inclusive publicou uma retratação no blog e, por fim, decidiu retirar a postagem do ar. Não é a ele que viso com esta postagem, mas a chamar atenção de todos os meus leitores.
Já sofri preconceito por ser nordestino aqui em Belo Horizonte. Pessoas que tentaram me humilhar, que gracejaram do meu sotaque, que disseram que nunca se relacionariam com alguém "do Norte". As respostas foram imediatamente dadas. Por isso, esta também precisa ser pronunciada.
São Paulo não tem um preconceito disfarçado em relação aos nordestinos e seus descendentes que vivem na cidade. É um preconceito claro e emitido em voz alta em qualquer lugar da cidade. Ironicamente, São Paulo é a cidade brasileira com mais nordestinos. Mesmo comparando com Recife, Fortaleza ou Salvador. É a maior cidade do Nordeste. Porém, os paulistas consideram os nordestinos como a base da pirâmide social da cidade. São os porteiros. Pessoas que estão ali para servir, e que devem ser ignoradas. "Na metade do tempo eu sou um estereótipo para eles caçoarem, na outra metade eu sou invisível". A associação imediata que faço é a que os americanos fazem dos latinos, ou o a que os portugueses fazem com os brasileiros. Quantos cartazes dizendo que os nordestinos são o motivo do Brasil não ser um país de Primeiro Mundo eu vi em paredes de São Paulo! Quantos idênticos devem ser assinados pelo White Power em Idaho visando os latinos!
Preconceito é um monstro pequeno, que se instala dentro de nós como um simbionte, alimentado-se da nossa raiva e ignorância, isso não é novidade para a maioria das pessoas que leem este blog, sua maioria gays, porém, além destes, temos os negros e nordestinos. Muitas vezes somos criados em um ambiente em que igualar nordestinos e negros como pessoas inferiores é comum, como também somos criados em um ambiente em que ser gay é considerado pecado ou antinatural. O preconceito passa para nós por osmose. Contudo, pensar sobre isso, reeducar-se, corrigir-se, reconstruir os seus próprios conceitos, é o que transforma cada um de nós em pessoas melhores.


PS: Também tenho meus preconceitos: não sei lidar com pessoas com deficiência física, não sei agir quando estou perto delas; também não consigo me interessar por alguém que esteja gordinho, e não, isso não é como dizem em sites como o Disponível e Manhunt, porque "eu não curto". Mentira! É preconceito! Estou trabalhando os dois. Um dia consigo!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

PRESENTE: Meu Admirador Secreto

, em Belo Horizonte - MG, Brasil
Por um instante eu achei que isto fosse possível. Por exatos três dias. Eu achei que alguém podia realmente me admirar. E pode, aqui no blog, virtualmente, eu sou admirável, porque meu corpo é bonito, tenho pau grande, uma bunda gostosa, pernas musculosas. Tudo isso. A raposa tem uma bela pelagem. Mas vocês devem estar curiosos, deixem-me contar toda estória...

Em um sábado, o Pequeno Diabo disse-me que um dos seus contatos, um mineiro, lia meu blog e me admirava. Fiquei chocado! Claro! Chocado com a possibilidade de alguem realmente admirar. Admirar este pobre mortal que vos fala. Curioso, idiotamente curioso, eu quiz conhecê-lo. Saber quem era aquela pessoa que conseguia ver, como eu próprio me vejo, algo de especial em mim. Quem seria essa pessoa tão diferente das outras. Adicionei-o no MSN.
Conversamos e, realmente, aquele admirador existia. Era uma pessoa real, com história, viva. Ele acompanhava este blog a sete meses, conhecia a mim, ao Heitor, e tinha teorias sobre quem sou. "Alguém procurando desesperadamente alguém para amar". Ele me lia com clareza e me classificou como "amargamente doce".
Estabeleceu-se um conflito: ele me elogiava e eu dizia que se fosse assim não estaria sozinho. Quis então encontrá-lo, para saber se esta admiração era a mim ou ao blog, e ele exitou. E exitação é outro nome para medo. Medo do quê? Bem, imagino, que medo de destruir a imagem que ele criara de mim. De não a reconher na pessoa diante dele. Ou o contrário: poderia encontrar exatamente a mesma pessoa. Mas isso de fato era um problema? Talvez fosse!
Fato: dois dias depois ele fez o convite para conhecermo-nos. Um encontro rápido entre uma reunião de trabalho e a aula na faculdade dele. Porém, esta raposa é um kitsune japonês e ela tem outra forma que quando se desdobra de fronte a outro torna-se um não sei o quê repugnante. É uma maldição, talvez! Um feitiço! E, não diferente, tudo novamente aconteceu, e ele com pena de mim só soube dizer: "Olha, você é alguém especial, eu só ficaria com você se fosse para ter algo sério. Como não quero nada sério com ninguém, no momento, acho melhor nem ficar com você". O nome disso era pena. E não vejo diferença nas palavras de nojo que Arthur me deixou como lembrança.
Essa é minha verdade inexorável: esta raposa não encontrará o seu pequeno príncipe. Alguém que a cative, alguém que saiba que o essencial é invísível aos olhos, alguém que lhe dê a cor do trigo, continuará caçando galinhas todas iguais, e sendo caçada por homens todos iguais. Sozinha. Porque todas as raposas são assim. Solitárias.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

PASSADO: Josie e Nosso Passado

Esta reportagem, trazida a mim numa conversa no Twitter, sobre a menina Josie Romero, fez-me pensar. Josie tem oito anos e, apesar da pouca idade, reconhece-se não como menino, mas como menina. Josie nasceu Joey e, conta sua mãe, que sempre agiu como menina. A pergunta que faço então, e acredito que todos devem fazer, é: Não é muito cedo para tomar esta decisão?
Eu acredito que não. Lembro de eu mesmo. Aos oito anos de idade, eu sabia que eu não era um menino como os outros. Eu agia diferente dos meus irmãos. As brincadeiras que me interessavam. Os outros meninos e homens adultos que atraiam minha atenção. Lembro de uma propaganda da Monange, acho q era, em que um homem trocava um selinho com uma menina que não deveria ter mais que minha idade, isso me excitava sobremaneira. Eu era uma criança. Não precisei experimentar os meus primeiros corpos para descobrir o que eu já sabia, que eu não era como os outros. Não precisei dos primeiros carinhos de Fábio, das brincadeiras posteriores de Tony, ou os amores escondidos com André ou Marlon. Não foram necessários.
Penso agora, também, naqueles que são como os outros. Os meninos que sempre foram héteros. Que tinham os comportamentos característicos e que, influenciados pelos pais e/ou sociedade, aprendem desde cedo a correr atrás de meninas. Eles, como pude observar no papel de professor que sou, e apesar de não gostar da palavra, eles naturalmente agem assim. Há naturalidade no comportamento daquelas crianças, meninos e meninas. Afinal, ao contrário do que nossa sociedade cristã prega, crianças também são seres com sexualidade. Ela não surge do nada após a puberdade. Com isso, com essa sexualidade, isto é, comportamento sexual existente, os meninos e meninas heterossexuais não precisam crescer para decidir, não precisam completar dezoito anos, vinte-e-um, trinta-e-cinco, para serem maduros o suficiente para decidir se realmente se interessam por mulheres ou homens não.
Por que então este questionamento sobre a transsexualidade? A transsexualidade é considerada pelo Organização Mundial de Saúde uma síndrome. O transsexual é um indivíduo que não é homossexual. Ele apenas não consegue sentir algum pertencimento quanto ao seu sexo anatômico, sendo que tal desordem pode ser causada por condições genéticas ou problemas hormonais pré-natais. Sendo assim, ao nascer e reconhecer-se num corpo que não é o seu, mesmo aos oito anos de idade, por que por em dúvida os sentimentos de Josie? Se nós mesmos nunca tivemos dúvidas do que somos. Josie só teve a sorte de ter pais que a aceitaram do jeito que ela é. Mais cedo do que nós mesmos conseguimos nos aceitar.

sábado, 10 de outubro de 2009

A cínica VIDA DE HEITOR RENARD

Coloque o vídeo para tocar antes de ler:





Quando ele perguntou aquilo, segundos após o cérebro do jovem de nome troiano processar o significado daquelas palavras, Heitor lembrou do adolescente que fora um dia. Daquele mesmo que já sonhara em encontrar o amor na estrada da sua vida. O mesmo que nutria a esperança de poder doar-se a alguém. A esperança que diante de suas quase três décadas de vida, quase duas de busca, se esvaiu como areia entre os dedos. O mesmo adolescente que sabia sonhar.
Mas Heitor também se lembrou de tudo o que o fizera desistir de amar e não adotar a religião que canta Madonna, muito pelo contrário, o herói adotou um substituto para o amor que ele sabia não estar apto para obter. Heitor trocou qualquer coisa pelo amor que ele sabia impossível, sem pensar duas vezes, cansado daquele jogo bobo, cansado de só poder ter amor se o comprasse, nunca tendo o que realmente queria, sempre precisando correr atrás de mais, de lutar, de vencer uma luta invencível, se vendo sempre sozinho em meio a multidões.
Ele agora aprendeu a permitir que aqueles que somente desejam uma noite de sexo se aproximem, ele prefere sair para os lugares caros, gastando seu dinheiro com bebidas e coisas sem importância, experimentando drogas, brincando em rodas-gigantes, desafiando o perigo e brincando com fogo. Tudo por um sorriso na escuridão e o beijo de um belo estranho, e talvez seu sexo, mas nunca o seu coração.
Portanto, pensando assim, Heitor então só podia dar uma resposta aquela pergunta:
- Antes de eu ir aí preciso te dizer uma coisa: eu tenho namorado! Tudo bem?
- Sim, claro que sim! Por mim não tem problema nenhum!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

PRESENTE: Solteiro, Sozinho ou Solitário?

É! Sempre falam que é melhor estar sozinho do que mal acompanhado, não é? Quem inventou esta frase nunca se sentiu realmente sozinho. Tem também um funk que fala solteiro sim, sozinho nunca, pois é, uma outra imagem da palavra sozinho. E tem uma terceira gradação: solitário. Vamos explicar então o que é cada um:

solteiro
adj.1. Que não casou.
Estar solteiro é um estado, um adjetivo, uma característica de sua vida naquele instante que pode alterar-se num olhar que te atravessa o coração, ou numa trombada de carros na esquina. Para muitos, estar solteiro é o grande ponto de suas vidas. Momento de festas, pegações, farras e muito sexo, descompromissado, sem sentido, com qualquer um. Porque não? Se você está solteiro, o mundo é um playground, divirta-se! E para todos é divertido! É aquilo que se quer... vamos sair, vamos comemorar nossa solteirice!

sozinho
adj.
1. Absolutamente só. 2. Único; abandonado.
Mas, aí, tem a outra coisa: estar sozinho. Também um adjetivo. Teoricamente adjetivos são estados. São características e, como tais, mutáveis. Alguém que está sozinho é alguém que não encontrou seu pares, que não encontrou alguém, que não encontrou sua cara metade, mas um dia há de encontrar. É a característica da maioria das pessoas do mundo. Mesmo as que se acham somente solteiras, a maioria, mesmo com sexo desenfreado, com vida cercada de pessoas, se encontra sozinha. Abandonada. Algumas porque não encontraram uma companhia que se encaixe em suma unicidade, porque nós somos seres únicos e, portanto, sozinhos, porém algumas vezes nossa unicidade torna-nos aptos a conhecer alguém única como nós. Ser gay tem como príncipio ser sozinho, até que encontremos alguém que também sozinhos por serem únicos, nos descubram, e aí nos tornamos completos.

completo(s)
adj.
1. A que não falta nada.
4.
Que não admite mais, cheio.

solitário
substantivo masculino2. Aquele que vive na solidão; anacoreta.
Este, no entanto, não é um adjetivo, um estado, é um substantivo, é um ser. E um ser é aquele que é. Dizem que eu confundo solteirice com solidão. Não. Não confundo. Eu sei perfeitamente a diferença de um para o outro. Ser solteiro é estar momentaneamente sem alguém. Ser solitário é saber que você nunca estará com alguém. É ter uma certeza intrísseca. Desculpem-me, meus caros, por avisar-lhes disto, mas muitos de nós já temos esta certeza. Seremos sempre solitários. E não quer dizer que estaremos sozinhos e abandonados, mas que apesar das companhias, do sexo, dos beijos em boates por aí, dos amigos que façamos pelo mundo, continuaremos em solidão. E não é porque somos tão especiais que um Deus onipresente reserva-nos algo. É porque, e essa é uma verdade inexorável a aceitar, é porque alguns de nós só teremos um copo de uísque e alguns cigarros para acalentar nossas noites. Todavia, seremos felizes, porque, realmente, a felicidade não está em outros, ou melhor dizendo, fora de nós, ela existe quando desistimos de procurar aquilo que não nos convém.

felicidade
substantivo feminino1. Concurso de circunstâncias que causam ventura.
2.
Estado da pessoa feliz. 3. Sorte. 4. Ventura, dita. 5. Bom êxito.a felicidade eterna: a bem-aventurança.



Sabe de uma coisa, eu sou solitário sim, completamente sozinho. Mas também sou gostoso, é por isso que as fotos ilustram este post, a gente então tem duas opções: ficar chorando porque está sozinho ou ligar o foda-se. De vez em quando, a carência bate, e acabo chorando, admito, mas, na maior parte do tempo, eu ligo o foda-se!


foda-se
verbo transitivo e pronominal
2. Cal. Deixar ou ficar em mau estado, destruído ou prejudicado.


* Definições retiradas do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

PASSADO: Diálogos Inesquecíveis II

Eu tinha doze anos, quando, de calças curtas, saí a noite de casa, na rua mesmo cinco meninos me cercaram, daqueles que sempre estavam ali e participavam das mesmas brincadeiras que eu. Foi quando, Fábio, com seus olhos verdes faiscantes virou-se e disse:
- Sabe ontem quando você entrou em casa chorando?
Gaguejando, respondi:
- Se-sei sim! Entrei porque vocês estavam me chamando de viado.
- E você contou a sua mãe, não foi?
- Foi, ora!
Os meninos ao redor bufavam! Os olhos verdes de Fábio pareciam se tornar vermelhos.
- Eu quero saber se quem dá a bunda é ou não é viado?
Eu permaneci em silêncio. Ele então continuou a falar.
- Ó, é melhor que da próxima vez sua mãe não me venha encher o saco dizendo que você não é viado, porque da próxima vez eu conto tudo para ela, 'tá ouvindo? Ela veio me perguntar se eu já tinha comido sua bunda p'ra chamar você de viado, eu fiquei calado, mas da próxima vez eu conto tudo. Estamos entendidos?
Tremendo, eu apenas meneei a cabeça afirmativamente. Eles se afastaram e eu voltei para dentro de casa, dessa vez sem chorar e sem fazer alarde. Na verdade, nunca mais chorei na frente dos meus pais de novo.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A fácil VIDA DE HEITOR RENARD

No MSN

Gustavo: Hei, como vai?! Vai sair hoje p'ra algum lugar novo?
Heitor: Não sei, não tenho nada planejado.
Gustavo: Ah! Se quiser posso ir aí te fazer companhia...
Heitor: Ah, seria ótimo, ia até te ligar hoje p'ra ver se você queria aparecer.
Gustavo: Ah! Mas, na verdade, não posso... já tenho compromisso para hoje, mas adoraria te ver de novo e passar um tempo com você!
Heitor: Claro, quando você quiser, também seria otimo te ver de novo, gostei muito de te conhecer.
Gustavo: Sério?! Semana que vem estou aí entao...
Heitor: Ora, porque não, além do ótimo papo, você é um delícia, ô delícia!
Gustavo: Um minuto, vou beber água...
Heitor: Deu uma vontade agora...
Gustavo: De beber agua?!
Heitor: Não, de você sentado, rebolando, no meu colo, tão bom...
Gustavo: Hum... eu que o diga...
Heitor: Gostou?
Gustavo: Sim... mas pára porque não quero ficar só na vontade... queria estar ai deitado contigo, na tua cama, conversando! Droga, tarde demais, agora você me deixou com vontade... e como deixou com vontade! Queria estar aí agora sentado no seu colo, com você dentro de mim e eu beijando sua boca...
Heitor: Mas você também poderia beijar/sugar outra parte que me deixaria muito feliz.
Gustavo: Não tenho muito prática, como você deve ter notado... mas posso aprimorar... se você quiser me ensinar, porque quanto ao sexo, você é muito bom... o ruim é que gozo muito fácil contigo!
Heitor: E isso é ruim?
Gustavo: Não! Absolutamente, mas queria aproveitar mais... Ah, Heitor, você sabe como fazer... ah sabe...
Heitor: Hummm, então é simples, vamos mudar mais de posições, isso retarda mais...
Gustavo: Beleza! Gosto de sentir seu corpo... sua pele é bem gostosa e seus pêlos, puta que pariu, que tesão que eu 'tô só de lembrar.
Heitor: Fico feliz em saber, mas sinceramente eu adorei te fazer gozar daquele jeito, me encheu de tesão te ver gozando tanto.
Gustavo: Com você isso é facil! Gozar daquele jeito!
Heitor: Assim você me excita, muito tesão saber que você 'tá gozando por minha causa, Gus.
Gustavo: ... mas que tipo de posiçao você propõe?
Heitor: Bem, vamos tentar todas as conhecidas e criar novas, que tal?
Gustavo: 'Tá bom! Mas acredito que com você vou sempre gozar rapido.
Heitor: Vamos testar? E se você gozar muito rápido a gente recomeça, e você goza várias e várias vezes então.
Gustavo: 'Tá! Combinado então! Droga, queria estar aí com você agora! Conversar com você pela net não é boa coisa!