É domingo. Último dia deste menino lindo que entrou na minha vida uma semana atrás quando um convite para o meu MSN apareceu, junto a belos olhos azuis. "Não, é que o Goiano me passou seu contato...". E ele me explicou que estava vindo a Natal, perguntou de coisas para fazer, lugares para ir e para se hospedar, e eu me ofereci para ciceroniá-lo, enquanto ele estivesse aqui. Agora, ele estava ali sorrindo na minha frente, enquanto a banda Magia, acompanhando Marlos, no Feitiço, tocava samba. Chegara na sexta passada e quando o sol estava em seu zênite ele me ligou. "E aí o que poderemos fazer hoje?" Como na sexta é dia de Vogue, rumamos para lá. Eu não lhe disse naquele instante, mas eu me surpreendi quando o encontrei pela primeira vez no estacionamento do Natal Shopping. Porque seus olhos eram ainda mais azuis, porque o sorriso era ainda mais encantador, porque toda aquela beleza realmente existia ali, e tudo isso com um delicioso sotaque pernambucano. O amigo-do-Goiano era simplesmente perfeito. E foi o que Música concordou quando passou por mim ali naquele pagode de domingo: "Os olhos do seu amigo são dessa cor mesmo?". Meneei a cabeça afirmativamente. "Saí até de perto porque a tentação é grande!".
Só pude concordar. Porque eu sentira o mesmo naquela sexta, quando singramos pelo Alecrim, um centro comercial antigo, popular e bem centralizado na cidade, e caminhando entre ruas escuras e nada convidadoras, e encontramos a entrada estreita e cheia de degraus da boate. Escadas, dez reais de entrada que convertidos em consumação são um alívio para o bolso, entramos e não há ninguém. Era cedo, pouco mais de 11h, sentamos no balcão do bar. "Peanuts! This is so american!". E, enquanto eu exalava a fumaça com cheiro de especiarias do meu Black, e falávamos sobre o Goiano, "Ele falou que viria a Natal um dia desses", blogs, Beyoncé e o Imperfeito, "Ele nunca me disse o nome dele", eu notava a graça de pessoa que estava diante de mim. Nem o bartender musculoso, usando uma apertada regata e uma bandana preta, servindo-me uma cerveja e uma caipirinha para o amigo-do-Goiano, distribuindo um belo sorriso para os poucos clientes que ainda estavam ali, conseguia distanciar minha atenção do meu novo amigo. Um amigo extremamente atraente.
No entanto, a banda tocando pagode e fazendo um pout-porri com as músicas do Molejo e do É o Tchan me trazem de volta para o presente, ou foram as reboladinhas do amigo-do-Goiano? Mas logo lembro das músicas da década de 80 que nos expulsaram daquele lounge na sexta-feira. "Você não é tão novo para não conhecer", ele rira entre os falsetes do cantor. Dali resolvemos ir ao outro ambiente, onde a música eletrônica tomava conta, your mind is in disturbia, it's like the darkness is the light! Disturbia!, e que logo estaria também lotado, mas não de pessoas bonitas, como é comum a VG, e aquilo se repetia naquele domingo, o que era bem incomum. "Mas isso não te impediu nada, não foi, Foxx?". Rimos juntos. "Quantos na sexta?". Mostrei-lhe nos dedos: 3. O primeiro, um baixinho, de olhos apertadinhos, que chegou com cara de macho para perto de mim, enquanto eu dançava com o amigo-do-Goiano. Ele me olhava de baixo, com a cabeça um pouco inclinada e as mãos no bolso, eu sorri e ele se aproximou decidido. Gostosinho, eu beijei fácil quando ele chegou perto de mim. Beijou tão bem que quando ele apertou minha bunda ali na pista, eu não me importei mesmo. Mas logo disse até logo e se afastou. "Foi nessa hora que você já se agarrou também né?". O amigo-do-Goiano riu encabulado. "E o detalhe: ele tinha namorado!". Rimos junto e eu rebato: "E depois você diz que eu sou o DDL!". Ele, rindo, reafirma que sou sim um destruidor de lares e puto. "Você é o mal da humanidade!". Risadas e mais cervejas e agora cigarros com gosto de baunilha.
Naquela hora outros amigos cruzam comigo, também como Música sem tirar os olhos de meu acompanhante. Tuxo com olhos desejosos, Nick com perguntas indiscretas, "É seu namorado?", C&A com estórias de putarias, "Ora, é verdade, eu vou mentir?", e a ele conto a minha última. "Comi um menino na Vogue sexta!". Ele se surpreende querendo saber aonde exatamente. "Na boate!". Maior a cara de susto. "E eu sou a puta? Pelo menos eu ainda utilizo esses métodos ultrapassados de cama e lençóis". Peligrosa asi eres tu, asi eres tu. "Ah, e esse foi apenas o segundo da noite: não gosto de números pares! Mas foi o melhor sem dúvida. Nunca vi alguém dar a bunda com tanta vontade! Como ele rebolava quando lambi as costas dele até chegar na bunda! Aquela bunda branquinha, lisinha e durinha! Ai, ai...". Risadas soltas, mais algumas cervejas e agora o Tricó que assumira o palco fazia um cover da Madonna no palco, la isla bonita, "O que a mamãe vai pensar quando souber que estou com um puto como você? Me diga!", ria o amigo-do-Goiano. "Eu sei o que é isso!", me diz C&A.
Mas o domingo estava lá, e a noite já ressoava com Rihanna evocada pelo Tricó. I'm making my way over to my favorite place. Relembro de como costumava frequentar aquele lugar onde a hostess ainda sabe meu nome e sorri ao me ver. Vejo ex-quase-namorados, porque namorado que é bom eu nunca tive, e ex-ficantes, alguns sorriem, outros não. Acho que alguns não gostam muito de mim e alguns namorados deles gostam menos ainda. "Já disse: DDL!", repetem aqueles olhos de um céu de verão e eu relembro a ele do menino da Vogue. Ele rebate: "Adorei o nome dessa boate! Mas, não te contei? Encontrei com ele na praia também, ontem". Coisas mesmo de cidade pequena, você sempre reencontra as pessoas. O terceiro que fiquei, inclusive, estava ali naquele domingo também. Com raiva de mim.
"Também fui paquerado na rua por um cara. Ele me deu o telefone dele. Muito estranho!" Risadas. "Nada mais típico de Natal!!". Quando me viro, então, encontro o número três da sexta anterior. Sua raiva foi porque ele ficou pensando que o amigo-do-Goiano na verdade era meu namorado e como eu só queria beija-lo mesmo, não dei-me o trabalho de desmentir. Ele era apenas o número 3. Seu olhar de desprezo ali, quando viu os olhos azuis novamente ao meu lado, foi cômico: "Quérido, se eu tivesse com esse homem ia te beijar? Se toca!!! Ninguém trocaria ele por você!", era o que eu pensava ali. Mas como estamos na menor metropóle do Brasil, o amigo-do-Goiano reencontrou o menino com quem ele ficou na VG. "Ai, tô confuso!", porque ele tinha namorado, mas a confusão não impede o primeiro beijo. "Aproveita, rapaz!". Ele aproveitou, eu no entanto, naquele domingo apenas fui dos meus cigarros, de algumas cervejas e de pensamentos somente meus.
Só pude concordar. Porque eu sentira o mesmo naquela sexta, quando singramos pelo Alecrim, um centro comercial antigo, popular e bem centralizado na cidade, e caminhando entre ruas escuras e nada convidadoras, e encontramos a entrada estreita e cheia de degraus da boate. Escadas, dez reais de entrada que convertidos em consumação são um alívio para o bolso, entramos e não há ninguém. Era cedo, pouco mais de 11h, sentamos no balcão do bar. "Peanuts! This is so american!". E, enquanto eu exalava a fumaça com cheiro de especiarias do meu Black, e falávamos sobre o Goiano, "Ele falou que viria a Natal um dia desses", blogs, Beyoncé e o Imperfeito, "Ele nunca me disse o nome dele", eu notava a graça de pessoa que estava diante de mim. Nem o bartender musculoso, usando uma apertada regata e uma bandana preta, servindo-me uma cerveja e uma caipirinha para o amigo-do-Goiano, distribuindo um belo sorriso para os poucos clientes que ainda estavam ali, conseguia distanciar minha atenção do meu novo amigo. Um amigo extremamente atraente.
No entanto, a banda tocando pagode e fazendo um pout-porri com as músicas do Molejo e do É o Tchan me trazem de volta para o presente, ou foram as reboladinhas do amigo-do-Goiano? Mas logo lembro das músicas da década de 80 que nos expulsaram daquele lounge na sexta-feira. "Você não é tão novo para não conhecer", ele rira entre os falsetes do cantor. Dali resolvemos ir ao outro ambiente, onde a música eletrônica tomava conta, your mind is in disturbia, it's like the darkness is the light! Disturbia!, e que logo estaria também lotado, mas não de pessoas bonitas, como é comum a VG, e aquilo se repetia naquele domingo, o que era bem incomum. "Mas isso não te impediu nada, não foi, Foxx?". Rimos juntos. "Quantos na sexta?". Mostrei-lhe nos dedos: 3. O primeiro, um baixinho, de olhos apertadinhos, que chegou com cara de macho para perto de mim, enquanto eu dançava com o amigo-do-Goiano. Ele me olhava de baixo, com a cabeça um pouco inclinada e as mãos no bolso, eu sorri e ele se aproximou decidido. Gostosinho, eu beijei fácil quando ele chegou perto de mim. Beijou tão bem que quando ele apertou minha bunda ali na pista, eu não me importei mesmo. Mas logo disse até logo e se afastou. "Foi nessa hora que você já se agarrou também né?". O amigo-do-Goiano riu encabulado. "E o detalhe: ele tinha namorado!". Rimos junto e eu rebato: "E depois você diz que eu sou o DDL!". Ele, rindo, reafirma que sou sim um destruidor de lares e puto. "Você é o mal da humanidade!". Risadas e mais cervejas e agora cigarros com gosto de baunilha.
Naquela hora outros amigos cruzam comigo, também como Música sem tirar os olhos de meu acompanhante. Tuxo com olhos desejosos, Nick com perguntas indiscretas, "É seu namorado?", C&A com estórias de putarias, "Ora, é verdade, eu vou mentir?", e a ele conto a minha última. "Comi um menino na Vogue sexta!". Ele se surpreende querendo saber aonde exatamente. "Na boate!". Maior a cara de susto. "E eu sou a puta? Pelo menos eu ainda utilizo esses métodos ultrapassados de cama e lençóis". Peligrosa asi eres tu, asi eres tu. "Ah, e esse foi apenas o segundo da noite: não gosto de números pares! Mas foi o melhor sem dúvida. Nunca vi alguém dar a bunda com tanta vontade! Como ele rebolava quando lambi as costas dele até chegar na bunda! Aquela bunda branquinha, lisinha e durinha! Ai, ai...". Risadas soltas, mais algumas cervejas e agora o Tricó que assumira o palco fazia um cover da Madonna no palco, la isla bonita, "O que a mamãe vai pensar quando souber que estou com um puto como você? Me diga!", ria o amigo-do-Goiano. "Eu sei o que é isso!", me diz C&A.
Mas o domingo estava lá, e a noite já ressoava com Rihanna evocada pelo Tricó. I'm making my way over to my favorite place. Relembro de como costumava frequentar aquele lugar onde a hostess ainda sabe meu nome e sorri ao me ver. Vejo ex-quase-namorados, porque namorado que é bom eu nunca tive, e ex-ficantes, alguns sorriem, outros não. Acho que alguns não gostam muito de mim e alguns namorados deles gostam menos ainda. "Já disse: DDL!", repetem aqueles olhos de um céu de verão e eu relembro a ele do menino da Vogue. Ele rebate: "Adorei o nome dessa boate! Mas, não te contei? Encontrei com ele na praia também, ontem". Coisas mesmo de cidade pequena, você sempre reencontra as pessoas. O terceiro que fiquei, inclusive, estava ali naquele domingo também. Com raiva de mim.
"Também fui paquerado na rua por um cara. Ele me deu o telefone dele. Muito estranho!" Risadas. "Nada mais típico de Natal!!". Quando me viro, então, encontro o número três da sexta anterior. Sua raiva foi porque ele ficou pensando que o amigo-do-Goiano na verdade era meu namorado e como eu só queria beija-lo mesmo, não dei-me o trabalho de desmentir. Ele era apenas o número 3. Seu olhar de desprezo ali, quando viu os olhos azuis novamente ao meu lado, foi cômico: "Quérido, se eu tivesse com esse homem ia te beijar? Se toca!!! Ninguém trocaria ele por você!", era o que eu pensava ali. Mas como estamos na menor metropóle do Brasil, o amigo-do-Goiano reencontrou o menino com quem ele ficou na VG. "Ai, tô confuso!", porque ele tinha namorado, mas a confusão não impede o primeiro beijo. "Aproveita, rapaz!". Ele aproveitou, eu no entanto, naquele domingo apenas fui dos meus cigarros, de algumas cervejas e de pensamentos somente meus.
não sabia que Natal era a menor metrópole do Brasil...
ResponderExcluirmeu deus...
ResponderExcluiro nivek aki tah bom, principalmente p tarados por pornografia
gente, "lambi as costas ateh a bunda lisinha"!
a coisa tah pesada
soh mais uma coisa: molejo e é o tchan?
credo
xx
Menino que post quente.Ri e fiquei confuso várias vezes.
ResponderExcluirQueria um amigo desse aqui.
kkkkkk
Abraço e cuide-se.
esse seu jeito singular de contar uma história me faz viajar, penso que vejo as coisas acontecerem diante de meus olhos.
ResponderExcluirPelo visto esta aproveitando bastante as férias em Natal, hehehe isso mesmo, se joga e seja um DDL não importando com o que dizem...hahahahaha
ResponderExcluirBjs :-)
Esse post mais pareceu uma coletânea de pensamentos dispersos e diversos.
ResponderExcluirEu adorei, como sempre!
Abração, amigo!
Fervo! fervo! Fervo! Eu quando fui a Natal a achei uma cidade tão pacata... hehe. Aproveita aí. Bj
ResponderExcluiré Incontestavel que o nosso Afeto, nossa ligação vem De Fato da Forma com que desenvolvemos temas que para muitos seriam Dificeis.. Mais para nós Apenas Clichês do cotidiano..
ResponderExcluirSeu Putinho.. Da Pior espécie.. Sempre né?
Sorrisos..
Hehehehe... adoro!! Tá parecendo eu nas baladas por aqui, hahaha!
ResponderExcluirbeijão!
ô bixo quente esse foxx viu?!!!
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!!!
O seu Blog, foi selecionado para receber o selo Dardos, dê uma olhada no link.
ResponderExcluirhttp://rapazesdefinotrato.blogspot.com/2009/01/selo-dardos.html
Beijo =)
Putz, essa passagem por natal foi 10.
ResponderExcluirO Foox é muito divertido, super gente fina, conhece gente pra karae em natal, foi uma ótima compania. Só tenho elogios pra esse guri.
Agora quero ir pra BH rsrsrs
Brigadão pela compania e pela paciência.
Nossa que foi isso... depois eu que sou a puta, né?
ResponderExcluirGostei do nova cara do blog... ano quatro...
Fortaleza é bem pertinho de Natal... vem aqui amigo. Você não vai pagar hospedagem, comida e bebida... hahahaha, tudo por minha conta, até as saidinhas...
ah, a tentação nossa de cada dia...
ResponderExcluirrsrsrs
Alguém me ensina como ter e conhecer pessoas assim por favor?!?!?!?!?!
ResponderExcluirTo precisando...
Alguém me ensina como ter e conhecer pessoas assim por favor?!?!?!?!?!
ResponderExcluirTo precisando...
querido, Joao Pessoa é a menor metropole hehehe
ResponderExcluirbaladas de domingo sempre são meio sem graça ai no NE. eu que moro em Recife que o diga.
abraço
Poxaaaaaaaaaa... que estória!
ResponderExcluirSeja feliz!!!
adorei a historia abracos
ResponderExcluirhahahahahahaha
ResponderExcluirNão sabia que o Goiano se tinha dedicado ao agenciamente....
hahahahahahah
Brincadeira. Mas achei divertido.
Visual novo e texto como sempre ótimo. Parabéns, moço.
ResponderExcluirDDL?! Hehehe!
ResponderExcluirHaja energia! ;)
E eu tinha que esquecer de comentar!
ResponderExcluirVisual novo, hein? Legal!
O jeito com que voce conta suas histórias é simplesmente surreal...
ResponderExcluirahahahaha sex on the dancefloor...
ResponderExcluirmaddie is so proud!
querido, o que escrevi sobre os blogueiros não inclui você. Desculpa se me expressei mal, você sabe que seu blog não precisa disso. Todos os que eu linkei são blogs que eu gosto muito e comento sempre e você está entre os melhores alí. Beijos e desculpa denovo querido. :-)
ResponderExcluircool!
ResponderExcluirvaleu pelo link!
retribuirei!
Nossa, sua noite rendeu, hein?? Teve direito a tudo e um pouco mais!!
ResponderExcluirE respondendo a sua pergunta. Sim, só fiquei com aquele cara. As coisas se desenvolveram tardiamente pra mim.