Google+ Estórias Do Mundo: A Nova Paternidade

domingo, 7 de junho de 2015

A Nova Paternidade

, em Natal - RN, Brasil
Tem uma coisa que tem me aquecido o coração nesses últimos tempos: pais e seus filhos. Mas não pais no sentido de pai e mãe, pais, somente o pai. Lembro da minha infância, em que o único contato que eu tinha com meu pai era quando ele puxava um cinto para me dar uma surra. Não lembro de nenhuma vez sair com ele de mãos dadas, ou ir ao colo dele, ou dele brincar comigo de qualquer coisa que fosse. Meu pai não estava lá. Mas eu entendo, nenhum trauma foi construído por causa disso. Na geração do meu pai, não havia o costume de pais cuidarem dos filhos, esta tarefa era exclusiva das mães, tias, avós, as mulheres da família. 
Graças ao bom Deus o mundo mudou! Homens adultos podem ter seus filhos aos braços, beijá-los, acarinhá-los, brincar com eles, dizer que os amam. Em uma geração, os filhos de homens como meu pai decidiram que não tratariam seus próprios filhos, os seus meninos e meninas, da mesma forma como foram tratados. Vocês imaginam qual será o resultado destas crianças que cresceram com tanto amor? Sinceramente, meu coração se enche de esperança. Acho que teremos um futuro lindo nas mãos destas crianças criadas com tanto amor. Um mundo melhor se anuncia!  



Uma nova fase começa agora no blog, com postagens quinzenais. A falta de assunto na minha vida não sustenta mais um blog semanal, infelizmente. Peço desculpa também aos outros queridos blogayros porque não tenho podido lê-los. O tempo está curto! 

15 comentários:

  1. Fox, lindo seu texto, eu tive um pai bastante omisso e tanto eu quanto meu irmão nos tornamos pais muito diferentes dele, exatamente como vc falou, queríamos ser diferentes. Se tiver chance leia um livro intitulado THE MAN I MIGHT BECAME, tem no amazon virtual mas infelizmente não tem em português. são vários depoimentos de homens falando de seus pais, abs boa noite

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  2. Vc aqui narrou a sua experiência e a sua expectativa, no entanto permito discordar um pouco deste ponto de vista ... as gerações mais antigas amavam e demonstravam afeto na forma q eles sabiam demonstrar ... hoje vejo muita demonstração de uma forma de afeto explícita mas, em muitas vezes, despojadas de compromissos maiores com valores e educação ... não sei se as gerações futuras serão melhores ... a julgar pelos adolscentes de hoje isto está muito comprometido ...

    Beijão

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    1. Vc discordou de mim em que?
      Eu falei que as gerações antigas demonstravam afeto da forma que eles sabia? "Na geração do meu pai, não havia o costume de pais cuidarem dos filhos, esta tarefa era exclusiva das mães, tias, avós, as mulheres da família.". E depois eu falei de crianças, vc falou que os adolescentes não estão bem, em quê você discordou de mim?

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    2. Oxala vc esteja errado Bratz ! espero que as gerações futuras lidem melhor com a afetividade e saibam ser mais responsáveis não apenas pela "comida" de seus filhos!

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    3. pois é, aprender a dar educação emocional é a nova necessidade primordial a ser alcançada, mas obviamente isso só pode ser uma preocupação quando as barrigas estão cheias não é?

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  3. Achei sensacional vc abordar esse assunto. mas infelizmente convivo com casais que a equação não funciona desse jeito, e sim no modelo no qual vc cita ter sido criado...

    mas a maioria dos homens perderam o medo de ser pai e isso é incrível...tb clamo por ver essa geração de pequenos no futuro...

    abração.

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    1. pois é, da pra ver da diferença já nessas crianças, elas são diferentes. É uma esperança!

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  4. Verdade Foxx, concordo. Meu pai também não foi muito presente na minha infância, mas vejo meus cunhados cuidando dos meus sobrinhos hoje em dia, sendo muito mais participativos.

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  5. Meu pai nunca chegou a castigos físicos comigo. Ele sempre foi muito duro, embora eu sentisse que ele me amava. Acredito que o nível de informação disponível atualmente contribuiu para que o relacionamento entre pais e filhos tenha melhorado. Mas, não acho que dá pra saber se as novas gerações saberão tirar proveito (o bom proveito) disso. Abraços.

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    1. Ah, Adriano, dá pra saber sim porque nós temos consciência que um relacionamento carinhoso entre pais e filhos forma seres humanos melhores. Não é uma situação de "será que faz bem expressar amor com seu filho?", nós já sabemos que esta resposta é sim, agora em que medida isso vai ser positivo, não sabemos porque cada criança terá, além das relações com os pais, uma série de outras que irá molda-la (na igreja, na escola, entre avós, etc...), então não sabemos COMO, mas com certeza teremos uma geração melhor vindo por ai.

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  6. Eu penso algo entre Bratz e Adriano. Claro que o relacionamento melhorou, mas ao mesmo tempo tenho visto um maior desleixo em relação à educação. E quando falo dela, não é no sentido de "punição" que havia antes, mas de tomarem pra si (pais e mães) essa responsabilidade.

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    1. Nisto eu concordo Eduardo! as pessoas não sabem mais como educar os filhos... alias, o próprio conceito de educação mudou!

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    2. Depende do que vc considera desleixo, Edu. A disciplina, de fato, recebeu esse desleixo, mas agora as crianças fazem aulas de arte, de dança, esportes, etc, etc..., porém de fato os pais tem fugido de sua responsabilidade de pais e jogando tudo nas mãos da escola, mas não sei se é culpa deles. Nós demos tanta responsabilidade a ciência, que somente os cientistas sabem o que faz bem, que os avós, que os conhecimentos tradicionais estavam todos errados, que os pais acabaram desistindo e jogando nas mãos da escola (lugar onde se absorve a ciência) a responsabilidade por toda a educação, porém, a escola não está preparada nem capacitada nem deseja essa responsabilidade, ai surge um impasse de crianças que não obedecem a ninguém mais porque não existe ninguém impondo autoridade sobre elas.

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" Gosto de ouvir. Aprendi muita coisa por ouvir cuidadosamente."

Ernest Hemmingway