Google+ Estórias Do Mundo: Sobre o Amor

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Sobre o Amor

, em Natal - RN, Brasil



Eu, particularmente, acredito que o amor só faz bem a uma pessoa. Não acredito no discurso repetido incansavelmente por adolescentes de todas as idades de que se apaixonar é sinônimo de sofrer, contudo eu reconheço que existe uma imensa distância entre o que eu entendo por amor e o que estas pessoas aprenderam nas novelas da Globo e nos romances românticos, foi inclusive o maldito Romantismo (com letra maiúscula) que destruiu este sentimento para a maioria das pessoas que se tornaram incapazes de experimentá-lo como ele devidamente é. Falta educação sentimental para as pessoas, mas isso até a Paula Toller já sabe.
Para mim o amor não é nada mais do que o ato de doar. Amar alguém é necessariamente doar algo a uma pessoa, seja seu carinho, seu cuidado, seu tempo, seus sentimentos, sua vida até, isto que significa amar. Porém uma doação só acontece, ela só existe, se for um ato que não espera retorno. Doar é, necessariamente, uma ação que envolve dar ao outro e não esperar nada, absolutamente nada, em troca. E isso, somente isso, é amor, qualquer outra coisa é uma invenção literária que vocês engoliram e acham que estão procurando algo real. Vocês procuram unicórnios quando a única coisa que temos são rinocerontes.
Mas aí você deve estar se perguntando: mas então eu não amo para ser amado de volta? Em uma palavra: não! E é no fato de você fazer esta pergunta que está todo o problema em relação ao amor que eu vejo entre as pessoas hoje em dia, elas não doam seu amor, elas investem (êta Capitalismo maravilhoso!), elas amam apenas e exclusivamente para que o objeto do seu amor lhe ame em retorno. É por isso que é tão fácil ver casais de namorados dizendo "eu te amo" ou batizando um ao outro de "meu amor", está imposição do amor num relacionamento que mal começou é somente uma tentativa de receber do outro o mesmo tratamento. Não é amor dado, é um amor cobrado.
E todo sofrimento de amantes desde o século XIX, arrisco dizer (não por acaso também nascimento do Capitalismo), se origina deste desejo egoísta de ser amado. Não é o amor que causa algum sofrimento, reafirmo, afinal ninguém que está cobrando ser amado ama de verdade, o que causa o sofrimento é a frustração de um desejo infantil. Lembro de Freud e de Buda pensando sobre isso. Freud fala sobre o ego em seu trabalho, fala como a satisfação de impulsos egóicos são características da infância e da imaturidade e quanto a supressão desses desejos causa sofrimento psíquico e físico ao indivíduo, porém é esta mesma repressão que permite a própria vida em sociedade. É a capacidade de abrir mão de seus desejos egoístas, que somente ocorre com o amadurecimento psíquico, que torna um ser humano capaz de abrir mão de si próprio pelo outro. Atos como pensar no seu semelhante (amor ágape), cuidar de uma criança (amor materno), ajudar um amigo (amor philia) ou fazer algo no sexo para dar prazer ao parceiro (amor erótico) só são possíveis graças a esta capacidade cotidianamente lapidada em nossa psiquê.
Já Buda fala sobre a dor e a frustração. Segundo o pensamento budista toda dor é oriunda da frustração de um desejo. Então quando o maldito Goethe criou um novo tipo de amor para entediada burguesia no século XIX cujo objetivo era encontrar duas almas que se amassem reciprocamente, a partir dali, criou-se um desejo que não existia antes (ser amado em retorno) e, com a existência de um novo desejo, uma série de pessoas frustradas, amarguradas e sofrendo apareceram, tempero para a vida sem graça da burguesia alemã. Acrescento inclusive que o livro do Goethe, Os Sofrimentos do Jovem Werther, causou uma onda de suicídios na Europa porque os jovens burgueses perceberam que nunca foram amados como o personagem e, portanto, decidiram extinguir a própria vida. Mas voltando a Buda e o amor: é o desejo de ser amado em retorno, que não é o amor, quando frustrado (seja porque ele não te deseja, seja porque ela terminou com você), que causa todo o sofrimento dos amantes. Arranca-lhe lágrimas e rouba-lhes noites de sono.
Todos querem uma receita para não sofrer de amor e eu dou-lhes a minha: cresçam! Saiam dessa fase infantil de seu desenvolvimento em que seus desejos precisam ser satisfeitos ou vocês reagem como crianças mimadas. O amor não lhes deve nada. E quando se apaixonarem deem, somente isso, deem amor, carinho, atenção, tempo, a bunda, só deem e não peçam absolutamente nada em troca. Eu aprendi uma única coisa com minha terapeuta que eu compartilho com vocês aqui: não é, de fato, justo dar mais do que você receber. É, inclusive, sensato, dar a pessoa que você ama a mesma quantidade de amor, carinho, atenção, etc, que você recebe dela, evita que você dedique seu amor a uma pessoa que não o valoriza, porque esse tipo de coisa realmente existe. Contudo, todavia, porém, entretanto não faça nenhum ato de carinho seja com um namorado, uma amiga ou sua mãe somente para receber o carinho de volta. Entregue-o para fazer bem aquele que você ama, não para retornar a você. Sejamos todos apenas doadores e assim, somente assim, poderemos conhecer o amor verdadeiro.

50 comentários:

  1. Não gosto deste termo DOAR ... me passa um sentido de renúncia, de deixar de ser o q se é ... prefiro COMPARTILHAR ... cada um na sua dimensão construindo algo novo q possa absorver os dois em sua unidade e plenitude ...

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    1. Paulo, em que mundo, DOAR significaria deixar de ser o que é? Em momento algum eu falei algo assim, até porque eu estou falando de ações, de fazer coisas pelo outro, não falei em momento algum de abandonar a própria personalidade para viver a vida de outro, deixar se ser a si mesmo, doar não tem em nada a ver com isso.

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  2. Me recomenda um bom livro?

    Pode ler A loja demoníaca Capitulo 3?

    http://desenhode.blogspot.com.br/2013/09/a-loja-demoniaca-capitulo-3.html

    Seria saber sua opinião.Tenho um pouco de dificuldade em escrever.Não em escrever,mas em como escrever.

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    1. posso recomendar o meu Espartanos? olha o link: https://www.clubedeautores.com.br/book/124803--Espartanos

      e lerei seu texto, mas olha que serei duro nas críticas viu?

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    2. Cara,pode criticar,criticar,criticar.Minha escrita esta uma porcaria,preciso melhorar muito.

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  3. Concordo com boa parte do seu texto Foxx, principalmente em dois trechos:
    1. "Todos querem uma receita para não sofrer de amor e eu dou-lhes a minha: cresçam! Saiam dessa fase infantil de seu desenvolvimento em que seus desejos precisam ser satisfeitos ou vocês reagem como crianças mimadas. O amor não lhes deve nada."

    Penso o mesmo. De fato, as pessoas devem crescer e sair dessa fase infância-adolescência, principalmente as que já passaram dessas fases faz anos,rsrs, aprender que não só o amor, mas a vida não nos deve nada. Quer? Corra atrás!

    2. "não é, de fato, justo dar mais do que você recebe. É, inclusive, sensato, dar a pessoa que você ama a mesma quantidade de amor, carinho, atenção, etc, que você recebe dela, evita que você dedique seu amor a uma pessoa que não o valoriza, porque esse tipo de coisa realmente existe."

    Também acredito nessa questão, de dar aquilo que você recebe. Se dedicar inteiramente para alguém não liga pra você, de fato, faz mal, para a pessoa que se dedica (e talvez até para um terceiro), às vezes até o próprio corpo reage mal. Por exemplo, enquanto uma pessoa ama, faz de tudo, o possível e o impossível por alguém que notoriamente, não sente e nunca vai sentir o mesmo por ela, isso faz com que a pessoa que se dedica cegamente ao outro, sofra, e perca seu tempo, alimentando uma ilusão, e pode até estar fazendo um terceiro, que o ama incondicionalmente infeliz por tabela, afinal, o terceiro ama o segundo que não o ama, ou não enxerga isso assim como segundo que se dedica ao primeiro que não vai ama-lo nunca. Formando uma quadrilha igual a de Drummond. Então de fato, é preciso dar (e sentir) ao outro aquilo que recebemos, assim, não desperdiçaremos nossos sentimentos em vão, iremos nos contentar com o receberemos, sem sofrer e nem imaginar-se recebendo mais do que aquilo, e encontrando até alguém que sinta o mesmo ou até mais por nós, afinal, não estaremos tão cegos e enfim enxergaremos o verdadeiro sentimento que os outros têm por nós. Como diz uma música do Jota Quest "O teu amor pode estar do seu lado", que só enxergaremos quando pararmos de sermos cegos e aceitar migalhas. Porque só vive de migalhas quem quer. Porque enquanto a pessoa botar na cabeça e acreditar que só pode viver de migalhas, não se levantará para pegar o alimento todo.

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    1. Ariano, acho que vc não entendeu o que eu disse. Se é dar aquilo que vc recebe então vc não pode se dedicar inteiramente para alguém que não liga para vc. Estas opções são diretamente opostas, não?
      Não entendi absolutamente nada do que vc fala sobre uma terceira pessoa. Quem é que gosta de quem aonde? De quem você está falando?

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    2. Não Foxx, aho que você não entendeu direito, os dois pontos que destaquei foram os que concordo com vc. Mas vamos lá, o primeiro acho tá entendido, certo? O 2º eu disse exatamente o que você falou, temos que dar aquilo que recebemos, não se dedicar demasiadamente por alguém que nunca vai sentir o mesmo.

      Sobre a terceira pessoa: Foi apenas um Exemplo. Sério gente que o exemplo ficou tão confuso assim? hahaha, deixa eu explicar melhor então.

      A questão da terceira pessoa e assim, exemplo, João ama José que ama Pedro que não o ama. (Quadrilha de Drummond) Se José "passar a vida" se dedicando cegamente a Pedro, que nunca vai ama-lo, faz por tabela o João sofrer, pq o João amará o Jose em vão. Ou seja José sofre por Pedro, e João sofre por José. Ou seja, um causa sofrimento ao outro.
      Mas por exemplo, se José dar a Pedro só o que recebe dele, ele poderá até perceber o amor de João por ele. João não sofreria mais por José e José não sofreria mais por Pedro.
      Acho que agora tá melhor pra entender. rs

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    3. Sim, mas você não explicou, vc apenas repetiu o que já tinha dito. Eu não entendi porque não sei o que vc quer dizer com isso...

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  4. Parece que você começou a crescer. Antes tarde do que nunca.

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    1. Amo os anônimos fazendo comentários neste tom. Mas obrigado pelo elogio, torto, mas um elogio.

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  5. Oi Foxx, tudo bem?
    De fato em algumas partes vc está completamente certo, mas em outras acredito que não. Amar é sim se doar, é querer compartilhar o melhor ou não com o ser amado, mas você estar numa relação de mão única, onde vc e apenas vc, está de fato envolvido, amando, se entregando e não ter um simples gesto de carinho como retorno ou um ato de ao menos tentar demonstrar um sentimento, é frustrante. E amar anda acompanhado de ser amado. Mesmo que seja esse amor todo bonito, pintado como vc descreveu ou não, é da natureza do ser humano esperar uma reciprocidade.
    Bjo

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    1. Dil, eu pensei bastante sobre o que responder para você para não parecer rude, mas acho que vc não entendeu em nada o meu texto. Em todo o meu texto eu me dediquei a demonstrar através de argumentos históricos que NÃO É da natureza humana esperar reciprocidade, que esta reciprocidade foi enfiada na vida do ser humana por um modelo de amor romântico criado pela literatura. Você pode não acreditar nas provas que eu tenho, de fato, este é um direito seu; porém afirmar que eu estou errado não pode não. No máximo, aqui, temos duas teorias conflitantes, vc pode viver acreditando em sua teoria e sofrendo por causa da frustração, ou pode vir para cá, para o lado da luz, e libertar-se disso. Essa escolha, afinal, é somente sua.

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    2. Eu concordo plenamente com seu texto. E a parte mais surpreendente pra mim (por ser a "novidade", posto que os conceitos eu já os cultivava) foi justamente essa de o modelo vigente ter sido criado tão recentemente! Não contesto suas provas - me exigiria uma pesquisa boa - nem estou dizendo que duvido delas, mas é mesmo surpreendente.

      Já sobre o amor romântico, costumo (eu) separá-lo do que chamo de paixão. Esta faz sofrer porque está ligada ao medo. De não agradar, de perder, de tudo enfim. Somente quando essa fase (avassaladora) passa é que podemos falar de Amor. Tem gente que abandona um Amor porque prefere viver a adrenalina das Paixões. O Amor é calmo (o que não quer dizer fraco).

      Penso assim.

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    3. Pois é, Edu, é surpreendentemente recente, como coisas tal qual o casamento monogâmico e a família formada de pai-mãe-filhos, foram criadas. Todas na mesma época e pelo mesmo grupo político, a burguesia. É interessante ver alguém aqui respondendo que "é da natureza humana", quando estas criações são absolutamente artificiais e criadas com um objetivo político absolutamente claro: controlar o proletariado e, no caso do amor romântico, diferenciar o casamento burguês do casamento proletário. Marx explica isso melhor do que qualquer livro de auto-ajuda sobre como encontrar o marido perfeito. Pena que é muito difícil romper esse controle burguês sobre as massas, eles sempre preferem manter-se atados a suas cangas, como no caso do "pensamento positivo".
      Sobre a diferença entre paixão e amor, eu sinceramente não sei o que opinar, se isso for verdade, eu acho que nunca teria experimentado amor de verdade afinal se a paixão vem antes eu nunca fiquei com ninguém por tempo suficiente para a paixão se tornar amor...

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    4. Eu não diria que vem antes, sempre. Acredito que existe muito Amor acontecendo sem Paixão prévia. Só não diria que um amor romântico possa se transformar em paixão postumamente, porque aí seria uma involução. Mas de repente quem sabe pode ser, também...

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    5. Será que o paixão é mesmo uma involução do amor, Edu?

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  6. ta dificil amar... só digo isso no meu caso...

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  7. Amor?!? Parei com isso faz tempo! :0

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    1. Este é o Fred, bem casadíssimo, querendo ser polêmico.

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  8. Achei tudo isso que você argumentou muito sensato. Aliás, as provas históricas utilizadas foram fatais... Mas fico aqui a me perguntar uma série de coisas... Esse 'Doar-se', pura e simplesmente, não é nada fácil pra mim, mas por questões outras.

    E como disseram aí em cima, gosto das explicações científicas distando paixão/amor. Mas aí é um outro viés, deixa pra lá. Interessante... Interessantíssimo. Gostei mesmo de ler isso.

    Abração!

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    1. pq doar-se é tão difícil pra vc, Freddie? Conta aqui pro tio.

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  9. Adorei o que escreveu: "Porém uma doação só acontece, ela só existe, se for um ato que não espera retorno. Doar é, necessariamente, uma ação que envolve dar ao outro e não esperar nada, absolutamente nada, em troca. E isso, somente isso, é amor, qualquer outra coisa é uma invenção literária que vocês engoliram e acham que estão procurando algo real."

    Pois define exatamente o que estou vivendo nesses 11 anos ao lado do meu Meloso!!!

    Sou teu fã!

    Grande abraço

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    1. Você está em um relacionamento há 11 anos? Que bom, meu caro, fico feliz em ouvir isso. Sempre fico feliz em ver as pessoas amando e sendo amadas. =)

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  10. Parabéns pelo texto, Foxx!
    Concordei e concordo com cada frase.
    Principalmente ao relacionar o amor à maturidade psíquica.
    Amor e amar, no sentido em que você entende o amor -- e com o qual eu começo a me entender também -- ou você já chegou lá, ou não adianta discutir. É uma experiência única, embora universal.
    Infelizmente, quando era mais novo não entendia nada disso.
    Felizmente, a vida pode me mostrar em tempo!

    Grande abraço

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    1. É, Alex, eu também não entendia muito bem sobre o amor, principalmente antes de me apaixonar pela primeira vez, confundia com uma série de outros sentimentos, e minha experiência foi bem clara, quando me apaixonei pela primeira vez, é que em nada o meu amor dependia da resposta do outro para existir, eu logo percebi que eu só sofria porque eu o desejava e não o tinha, no momento que eu decidi não sofrer porque não o tinha, toda dor se esvaiu e ficou somente o amor que eu pude desfrutar, mesmo sozinho, porque o bom do amor é isso... quando mais vc o doa, mas bem ele faz a vc.

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  11. o importante é não confundir amor com paixão...

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  12. No tocante aos tipos de amores que você cita no texto, de mães, crianças e amigos concordo. Mas em relação ao amor por outra pessoa de cunho sexual, sou um pouco mais egoísta, se sofresse desse tipo de amor, nem Madre Teresa de Calcutá seria tão despreendida. Quando se ama a alguém geralmente entrega-se a essa pessoa e qual é o sentido de um amor sem nenhum retorno, pra mim é como dar "pérolas à porcos". Acredito que amor assim é até válido, mas guardado dentro de quem sente, na coisa de querer ver o outro feliz, não quero dizer com isso que se você ama um outro cara, ele tem que retribuir doando a bunda pra você, mas se ele ao menos tiver respeito pelos seus sentimentos, tentando não magoá-lo já está retribuindo. Acredito menos ainda na longevidade, de amores assim. Ninguém consegue por exemplo amar, e só receber ingratidão! Um grande abraço!

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    1. Dih, a questão é essa... VOCÊ é mais egoísta, este é um comportamento seu, que sinceramente eu acho que vc deveria rever. O sentido de um amor sem nenhum retorno é o de apenas amar, o amor não precisa do retorno do outro para existir, ele vai existir de qualquer forma, independente da resposta que o outro der... ai é meu argumento: se seu objetivo for possuir a pessoa com aquele amor, vc irá sofrer; se seu objetivo for apenas amar, então não haverá nenhum sofrimento.
      De fato, amores precisam ser alimentados de alguma forma, senão eles fenecem; é preciso que haja realmente algum respeito pelos seus sentimentos para que esse amor continue, ninguém pode amar alguém que nem gratidão demonstra por este amor, de fato, alguém que somente devolve do amor enviado patadas acabará por perder o amor sim, porque outro sentimento humano que de fato existe é o orgulho, e este com certeza vai ser ativado em algum momento.

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  13. Foxx, eu tava escrevendo uma resposta perguntando como amar a quem não nos ama de forma alguma, mas li novamente seu texto e vi que você já havia respondido isso na parte dos conselhos de sua terapeuta.
    Ainda bem que não escrevi, porque vi que vc tem escrito "com o fígado" rs ....
    Brilhante texto mais um vez, meu querido....
    A propósito já pensou em publicar um livro , tipo um "Cronicas by Foxx" ?? Eu compraria com certeza!
    Bjs
    Robson / SJCampos

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    1. Escrito com o fígado?!?

      que tipo de textos eu publicaria, Robson?

      outra coisa, Robson, eu não respondi lá como amar alguém que não te ama de forma alguma, eu respondi como demonstrar amor para alguém, qualquer pessoa...
      no caso de alguém que não te ama de forma alguma, ame do mesmo jeito, mas no seu lugar, quietinho, sem nem contar a ele ou ela que vc o/a ama, não precisa, mantenha esse sentimento para vc, cultive-o, inclusive, o jeito de fazer isso é sonhar bastante acordado, mas sem desejar que estes sonhos se tornem realidade. Juro a você que vai te fazer muito bem e que vai passar sem sofrimento algum.

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  14. Concordo contigo Foxx.... só não concordo com sua terapeuta..rs.

    Beijos

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    1. "Eu aprendi uma única coisa com minha terapeuta que eu compartilho com vocês aqui: não é, de fato, justo dar mais do que você receber."
      vc não concorda com isso?

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    2. Não... não concordo!
      O amor nem sempre é justo Foxx.... dar mais que receber é prova disso. Quando se "doa", como vc disse no inicio, não existe cobrança do que virá de volta.

      Doar..é doar. Não trocar.

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    3. Sim, claro, claro, eu concordo plenamente, mas eu também acho que devemos manter um pouco de controle sobre isso, não acha? Não digo que é para vc doar esperando algo em troca, mas mover mundos e fundos por alguém que não faz o mesmo por vc não é uma atitude inteligente, não é?

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  15. Eu concordo com Cazuza...."...o nosso amor, a gente inventa..."

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  16. Caramba! Gostei do tom (como sempre! :)), mas (e sempre tem um mas, né?)... responsabilizar Goethe por toda a merda que o Romantismo (com 'R' maiúsculo) se tornou... sei lá, não é um pouco demais?

    Ah, sei lá! Sou meio Romântico, então... :P


    Falta de conversar com você...

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    1. Goethe não é o responsável, o responsável é a burguesia alemã do século XIX, Goethe foi apenas o agente, se não fosse ele, teria sido outro.

      Tb sinto falta de nossas conversas.

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  17. É, mas na teoria é mais simples. E é muito difícil lidar com a rejeição, não importa a idade. Você já eve ter sentido isso, acho.

    É muito ruim gostar de alguém e ela nem cogitar você. Dói muito. Amar em silêncio, sem contar, dói do mesmo jeito. Talvez mais.

    Saudades minha terapeuta.

    Abraço, Foxx.

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    1. Não, Lucas, não é difícil lidar com a rejeição, e importa a idade, acredite em mim, a única coisa que eu lidei na minha vida foi com rejeição então eu posso não saber nada sobre namoros, sobre como conquistar alguém ou como é o amor, mas sobre rejeição eu sei muito bem do que estou falando, e (repito) acredite em mim quando digo que conforme nós vamos ficando mais maduros é muito mais fácil lidar com a rejeição quando percebemos que ninguém tem a obrigação de nos amar em retorno. Amar alguém e ela nem cogitar ficar com vc não dói, nem amar em silêncio também não dói, o que está doendo quando vc sente algo não é o amor é sua frustração e, de fato, frustração, não importa qual, dói pra cacete.

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  18. É.... Lendo esse texto, reafirmo a minha suspeita de que vc sofre de "Síndrome de princesa da Disney"...

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    1. Bem, como o que eu entendo por "Síndrome de Princesa Disney" é algo que tem a ver com sentar e esperar o príncipe encantado e eu não estou falando sobre isso... o que vc quis dizer, meu Leãozinho?

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    2. Quis dizer que, além de sentar e esperar seu príncipe encantado, toda a sua visão de amor parece moldada pelo que se ensina em filmes infantis/românticos.

      E penso que vc deveria julgá-los da mesma forma que vc julga filmes pornôs como uma péssima "fonte educacional" para sexo. Melhor referência cinematográfica sobre o amor: "Closer: perto demais (EUA, 2004)".

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  19. Sim, minha visão de amor foi moldada por filmes românticos e livros, somente, que culpa eu tenho se nunca pude experienciar isso de outra forma? Não é minha culpa se eu não tenho a menor experiência neste departamento, talvez inclusive eu tenha falado somente um monte de besteira neste texto, mas ele reflete a minha experiência (repetindo a palavra pela terceira vez), não a sua, nem de ninguém, a minha, e felizmente ou infelizmente, não sei dizer esse é o único amor que conheço, talvez vc conheça outro, mas não dá pra ver me apresenta-lo, não é?

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  20. Mas, amigo, a amizade é um tipo de amor e ela não tem nada a ver com o que vc descreve neste texto. Como é que vc pode acreditar que o amor entre "amantes" seja tão diferente do amor entre amigos?

    E nem me venha dizer que vc não conhece o amor de amigo, que eu e muitos aqui se sentirão pessoalmente ofendidos...

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  21. Meu querido, todo mundo, todas as pessoas que já me explicaram algo sobre o amor tem um ponto em comum: amor e amizade são coisas absurdamente distintas, todos concordam que um relacionamento tem um grande componente de amizade, mas este elemento é distinto do amor. Fico inclusive pensando que isso deve ser real já que todas as pessoas que eu já me interessei na vida sempre respondiam que só me viam como amigo, o que indica que estas pessoas vêem como totalmente distinto a figura do amante da figura do amigo não é? Ou estou enganado?

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    1. É... Vc definitivamente não consegue enxergar meios termos... "Amor e amizade são coisas ABSURDAMENTE distintas"... Pedi um gole d'água e vc me veio com um Aquífero Guarani inteiro...

      Tem diferença de uma coisa pra outra, mas não é isso tudo aí não... Se fossem duas cores, um seria um anil quase roxo e o outro seria azul: dá pra diferenciar, mas tem a mesma essência...

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    2. Amigo, mas não sou eu que digo isso, são as pessoas com quem converso. Lembre-se que meu conhecimento é somente teórico sobre o assunto. O único relacionamento que eu tive, no entanto, meu namoro com o Tato, era absolutamente distinto sim de uma amizade, portanto, minha experiência corrobora meu conhecimento teórico.

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  22. eu vou ser bem simplista em dizer que acho que houve uma mistura aí no final, em algum ponto o amor faz sofrer sim, pq sempre se espera algo de quem voce ama, sempre se espera que exista o amor no sentido contrário, que exista o carinho no sentido contrário, o respeito e tudo mais, tanto é que voce mesmo disse no final - "não é, de fato, justo dar mais do que você receber." -

    E é engraçado que eu discordo disso também, a grande verdade é que em muitos momentos alguém vai ter de fazer mais, muito mais e isso é dificil de medir tb. Se ngm fizer mais, ngm jamais vai fazer NADA!

    Amor precisa de resposta, pelo menos este Amor Romantico, sexual e que todos esperam ter na vida.

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" Gosto de ouvir. Aprendi muita coisa por ouvir cuidadosamente."

Ernest Hemmingway