Rodoviária
Eu esperava meu namorado chegar a Belo Horizonte. Era cedo, nem sete horas da manhã ainda, e fazia um frio agradável, mesmo no subsolo do Terminal Rodoviário da capital mineira. Eu estava na entrada, e acendi um cigarro, tragava tranquilamente encostado em uma coluna quando um homem se aproximou. Ele havia descido de um ônibus daqueles, um ônibus qualquer vindo de não sei aonde, trazia uma pequena mochila, nada muito grande ou volumoso, e tinha cara de ser trabalhador braçal, pedreiro talvez. Foi passando por mim e em alto e bom som me repreendeu: "Mas que bichinha!". E continuou seu passo, me deixando lá, sem reação, me perguntando: "Em que momento eu assumi a minha sexualidade neste vagão?".
Eu esperava meu namorado chegar a Belo Horizonte. Era cedo, nem sete horas da manhã ainda, e fazia um frio agradável, mesmo no subsolo do Terminal Rodoviário da capital mineira. Eu estava na entrada, e acendi um cigarro, tragava tranquilamente encostado em uma coluna quando um homem se aproximou. Ele havia descido de um ônibus daqueles, um ônibus qualquer vindo de não sei aonde, trazia uma pequena mochila, nada muito grande ou volumoso, e tinha cara de ser trabalhador braçal, pedreiro talvez. Foi passando por mim e em alto e bom som me repreendeu: "Mas que bichinha!". E continuou seu passo, me deixando lá, sem reação, me perguntando: "Em que momento eu assumi a minha sexualidade neste vagão?".
Boaventura
Caminhava. Saíra do meu prédio e descia a avenida em direção a Universidade Federal de Minas Gerais, quando passei por um cruzamento. Um carro esperava do outro lado da rua. Vi o motorista deter seus olhos em mim, o passageiro também. Mas não os encarei, somente continuei meu passo, estava atrasado, ia para a aula que começava as oito da manhã. Ainda pretendia tomar café da manhã na padaria próxima de casa. Foi quando o carro avançou, eu já havia atravessado o cruzamento, e ouvi atrás de mim: "Ê, bichinha!". E respirei fundo e continuei: "Afinal eu escuto isso mesmo todo dia". E respira, respira, respira.
Caminhava. Saíra do meu prédio e descia a avenida em direção a Universidade Federal de Minas Gerais, quando passei por um cruzamento. Um carro esperava do outro lado da rua. Vi o motorista deter seus olhos em mim, o passageiro também. Mas não os encarei, somente continuei meu passo, estava atrasado, ia para a aula que começava as oito da manhã. Ainda pretendia tomar café da manhã na padaria próxima de casa. Foi quando o carro avançou, eu já havia atravessado o cruzamento, e ouvi atrás de mim: "Ê, bichinha!". E respirei fundo e continuei: "Afinal eu escuto isso mesmo todo dia". E respira, respira, respira.
Alocka...
ResponderExcluirVivo me fazendo a mesma pergunta?
Quando Foi que eu Assumi Minha sexualidade?
Acrescento ainda "Para Este SER?"
Sorrisos...
Meu querido, vc é a raposa!!! Não tem pessoa igual. Força e fé como diria um professor meu.
ResponderExcluirMomento Betina rsrs
ResponderExcluireu hein.... esse povo.
Abraços!
Ai bixa...
ResponderExcluirAcho que na verdade eles querem uma prova, ou querem te provar.
ResponderExcluirMande um beijo da próxima vez. rs
Ah super concordo que vc deva mandar um beijo da próxima vez e falar "Sou mesmo querida, mas hoje não irei te comer, tá?!"... rsrs. Porque, às vezes, eu viro uma bee vingativa... rsrs
ResponderExcluirBeijo!
gay tem aquele "feeling" pra dectatar outro gay, né?? mesmo que este não dê TANTA pinta. esses caras SÓ PODEM ter a sexualidade mal resolvida, pra se incomodarem tanto com a homossexualidade alheia. é uma hipótese...
ResponderExcluirBeijoBeijo!
Só um gay reconhece outro com tanta facilidade. Liga o foda-se pra essa gente e segue o rumo.
ResponderExcluirVc falou da rodovíária de BH de manhã cedo... Me bateu uma saudade desse lugar. Eu preciso arrumar tempo pra voltar a esse lugar.
Bjs!
ele pode até falar como ofensa
ResponderExcluirmas vc ouve e pensa "ué, e daí???"
Não se dá ouvidos a essa gente ignorante.
ResponderExcluirQuando me chamam de bichinha eu faço escândalo: "sou mesmo, a bicha que come o c* do teu pai seu filho da p*"
ResponderExcluir(Finesses de Mauri)
Eu tenho um amigo que diz que seu dia não é completo se não leva baile.
ResponderExcluirEu, particularmente, morro de vergonha.
hehehe
Eu entendo intelectualmente (heteronormatividade blá, blá, blá...) mas me espanta que quem a gente ame ou com quem faça sexo mobilize tanto as pessoas. Bj
ResponderExcluirSimplesmente ignore!!! e viva a vida!!!
ResponderExcluirBjs :-)
Fooodaa isso, mas infelizmente temos apenas que respirar fundo e continuar como se nada tivesse acontecido!
ResponderExcluirFaz um bom tempo que não escuto isso, acho que desde a era teen!
Abraçooo!
Sempre que me chamam de viado eu solto um beijo pra desarmar o elemento.
ResponderExcluirSee ya!
Mas não disseram, não sei onde, que homofobia já era? Este sujeito estava só brincando. E de humor a gente gosta.
ResponderExcluirKissu!
eu já disse que atoooooooron a Betina?
ResponderExcluir"por acaso eu fiz meu outting aqui pra vc?"
"adoro gerúndio"
"me dá um Kuatxi, ai, gente adoro falar Kuatxi"
Como diz K-sama: "gente ignorante a gente ignora, pq realmente não compensa gastar tempo tentando explicar" que a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa... Muahahaha
ResponderExcluirQue saudades de vir aqui!!!
ResponderExcluirBom,tenho inúmeros amigos fora do armário e alguns tantos outros bem escondidinhos lá dentro.
Como eu sempre digo pra todos: quem está fora é mais feliz!!!
Assim, se vc saiu ao ponto do mais ignorante dos seres conseguir notar(porque tem que ser muito ignorante pra achar que falar isso pode te atingir)... é porque está irradiando felicidade!!!
Bjs