Minha mãe sentada na mesa da cozinha fala:
- Você devia era agradecer por ser tão feliz.
- E quem disse a você que sou feliz? Respondi.
Ela me olhou com o olhar de deboche que só ela tem:
- E porque você não seria feliz?
- Não posso ser feliz, minha querida mãe, porque eu não tenho nada do que eu sempre desejei p'ra mim.
- E o que você desejou para você que você não conseguiu, por acaso? Ironizou ela.
Eu contei para ela mostrando os dedos para contabilizar:
- Em primeiro lugar, meu trabalho paga menos do que eu recebia quando era professor. Apesar do doutorado, eu recebo menos do que recebia quando dava aulas nas escolas públicas do município.
- Você só pensa em dinheiro, menino! Felicidade não se encontra nas coisas materiais.
Eu ri e respondi:
- Ah, é? Então, eu também não tenho amigos próximos. Meus amigos estão todos distantes e, os que moram em Natal, raramente os encontro. Estes, não lembram de me convidar para sair, não sentem minha falta, nem se importam se eu estou bem ou mal...
Ela me olhou com um ar de que isso não tinha importante, quase deixou escapar algo como "amigos não servem para nada". Mas eu não a deixei falar.
- Em segundo lugar, eu não namoro. Nunca namoro porque ninguém é capaz de gostar de mim.
- Você sempre repete esse mesmo discurso!
- Porque é verdadeiro, ou você já me viu namorando alguma vez na vida?
Ela não respondeu. Engoliu a sua resposta negativa para não dar o braço a torcer e eu continuei.
- Por esses três motivos eu me considero infeliz, mainha, por que não tenho nenhum desses três pontos em minha vida.
- Pois eu sou muito feliz com a minha vida. Respondeu meu pai que estava sentado, ouvindo a conversa, comedo uma gemada.
- Que bom para o senhor, que bom para o senhor!
- Você devia era agradecer por ser tão feliz.
- E quem disse a você que sou feliz? Respondi.
Ela me olhou com o olhar de deboche que só ela tem:
- E porque você não seria feliz?
- Não posso ser feliz, minha querida mãe, porque eu não tenho nada do que eu sempre desejei p'ra mim.
- E o que você desejou para você que você não conseguiu, por acaso? Ironizou ela.
Eu contei para ela mostrando os dedos para contabilizar:
- Em primeiro lugar, meu trabalho paga menos do que eu recebia quando era professor. Apesar do doutorado, eu recebo menos do que recebia quando dava aulas nas escolas públicas do município.
- Você só pensa em dinheiro, menino! Felicidade não se encontra nas coisas materiais.
Eu ri e respondi:
- Ah, é? Então, eu também não tenho amigos próximos. Meus amigos estão todos distantes e, os que moram em Natal, raramente os encontro. Estes, não lembram de me convidar para sair, não sentem minha falta, nem se importam se eu estou bem ou mal...
Ela me olhou com um ar de que isso não tinha importante, quase deixou escapar algo como "amigos não servem para nada". Mas eu não a deixei falar.
- Em segundo lugar, eu não namoro. Nunca namoro porque ninguém é capaz de gostar de mim.
- Você sempre repete esse mesmo discurso!
- Porque é verdadeiro, ou você já me viu namorando alguma vez na vida?
Ela não respondeu. Engoliu a sua resposta negativa para não dar o braço a torcer e eu continuei.
- Por esses três motivos eu me considero infeliz, mainha, por que não tenho nenhum desses três pontos em minha vida.
- Pois eu sou muito feliz com a minha vida. Respondeu meu pai que estava sentado, ouvindo a conversa, comedo uma gemada.
- Que bom para o senhor, que bom para o senhor!