- Olha, eu gostava do Vinícius de Morais até ouvi-lo declamar uma receita de feijoada.
- Como assim, Foxx? Tem um poema do Vinícius sobre uma feijoada?
- Tem. E é o poema mais coxinha de todos os tempos!
- Coxinha?
- É. Tomei nojo dele. De Vinícius!
- Eu nunca entendi como você suportava aquele portunhol seboso dele...
- Eu perdoava... ninguém é obrigado...
- Gato, ele era diplomata! Pode não!
- Será que ele foi demitido por causa disso do Itamarati?
- É possível! Mas a feijoada?
- Então começa com ele dizendo que vai fazer uma feijoada... que ele, ele o poeta (porque Vinícius de Morais fala de si mesmo na terceira pessoa sob a alcunha de "o poeta") ao acordar já tem que encontrar o feijão catado, E que a cozinheira por respeito a "mestria" DELE na arte de fazer a feijoada já deve ter pesado, cortado e refogado tudo, todos os ingredientes, para evitar, e cito o poema, "qualquer contato mais vulgar com suas nobres mãos de aedo". O grande trabalho do poeta é juntar tudo em uma panela e vigiar o cozimento enquanto se embreaga com um uísque on the rocks.
- ...
- E agora, amigo, me diz: tem feijoada mais coxinhas que essa?
Gosto de feijoada ;D
ResponderExcluirEu não como carne de porco então eu não gosto de feijoada, mas eu gosto de feijão sem carne nenhuma.
Excluirotimo mote para seu post! não conheço este poema... obrigado por compartilhar, vou ate procurar! abs
ResponderExcluirÉ o mesmo título da minha postagem
ExcluirAchei engraçado esse papo de feijoada coxinha pela ironia hahaha
ResponderExcluirTambém não como carne de porco, mas gosto de beijão.
Já estava com saudades de ler seu blog, um dos que mais gosto :)