Google+ Estórias Do Mundo: dezembro 2015

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domingo, 20 de dezembro de 2015

Linda Baby

- Omi, cuide!
- Tô cuidando!
- Pois cuide mais depressa, aff...
- Que djabo de avexamento é esse, seu caba?
- Omi, pare de puxar cunversa e se avie logo...
- Tô me aviando!


TRADUÇÃO:
- Amigo, se apresse!
- Tô me apressando!
- Pois seja mais rápido.
- Mas porquê você está tão apressado?
- Amigo, pare de conversar e se apresse...
- Tô me apressando!

domingo, 6 de dezembro de 2015

Feijoada A Minha Moda

- Olha, eu gostava do Vinícius de Morais até ouvi-lo declamar uma receita de feijoada.
- Como assim, Foxx? Tem um poema do Vinícius sobre uma feijoada?
- Tem. E é o poema mais coxinha de todos os tempos!
- Coxinha?
- É. Tomei nojo dele. De Vinícius!
- Eu nunca entendi como você suportava aquele portunhol seboso dele...
- Eu perdoava... ninguém é obrigado...
- Gato, ele era diplomata! Pode não!
- Será que ele foi demitido por causa disso do Itamarati?
- É possível! Mas a feijoada?
- Então começa com ele dizendo que vai fazer uma feijoada... que ele, ele o poeta (porque Vinícius de Morais fala de si mesmo na terceira pessoa sob a alcunha de "o poeta") ao acordar já tem que encontrar o feijão catado, E que a cozinheira por respeito a "mestria" DELE na arte de fazer a feijoada já deve ter pesado, cortado e refogado tudo, todos os ingredientes, para evitar, e cito o poema, "qualquer contato mais vulgar com suas nobres mãos de aedo". O grande trabalho do poeta é juntar tudo em uma panela e vigiar o cozimento enquanto se embreaga com um uísque on the rocks.
- ...
- E agora, amigo, me diz: tem feijoada mais coxinhas que essa?