As pesquisas de Pan Guangdan (潘光旦) indicaram que quase todos os imperadores da dinastia Han tinham um ou mais parceiros sexuais homens.[9] Também há descrições de lésbicas em alguns livros de história. Acredita-se que a homossexualidade era popular nas dinastias Sung, Ming e Qing. Os homossexuais chineses nunca sofreram grandes perseguições em comparação aos homossexuais da Europa cristã durante a Idade Média até o século XIX.
Em algumas áreas o amor homossexual era particularmente apreciado. Durante a dinastia Ming havia uma piada muito popular que dizia que a província de Fujian era o único lugar onde a classe alta prosperou graças ao comércio de cortesãos masculinos.[10] Contudo, escritores de Fujian não gostaram desse clichê. Xie Zhaozhe (1567–1624) escreveu que de Jiangnan e Zhejiang até Pequim e Shanxi, não havia ninguém que não sabia dessa afeição aos homossexuais.[10] Até os missionários jesuítas europeus como Matteo Ricci (1552–1610) que registrou esse fato e o que eles julgavam como sendo "perversões anormais", lamentando que sua prática era frequente e de natureza pública.[11] O historiador Timothy Brook escreveu que essa não era a única preocupação dos jesuítas, desde o celibato os sacerdotes eram alvos fáceis para especulações das mais variadas, incluindo sexuais.[11] As práticas homossexuais envolvendo catamita ou "jovens cantores" eram associadas principalmente pela classe média trabalhadora com o luxo e a decadência da elite.[12] Sabe-se que alguns desses homens eram bissexuais, visto que alguns deles procuravam moças com a mesma frequência que procuravam seus servos masculinos.[13]
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Ernest Hemmingway