Deveria ser um dia comum, deveria, mas eu acordei de madrugada e liguei a televisão, e não foi apenas por eu acordar no meio da madrugada ou ligar a tv, ou por estar terminando O Casamento de Muriel em algum canal, na exata cena em que ela dá adeus a cidade de dentro do táxi, aquele dia não tinha nascido para ser comum. Naquele mesmo dia, mais tarde, o Antônio Castro também chegaria a Belo Horizonte do Rio de Janeiro. Ele veio me visitar após ter furado comigo da última vez em que eu pisei em terras fluminenses. Mas com ele, será, que haveria chegado também novos ventos a minha vida?
Era uma quinta-feira e decidimos ir a Josefine, boate de barbies e carão que eu não visitava desde ,pelo menos, a visita do Bruno a Belo Horizonte. Entramos, após um aquecimento no Imperial, novo bar que tem sido agora o novo ponto de encontro da juventude hipster da capital, ou seja, estávamos cercados de meninos e meninas com camisetas xadrez, bermudas com a barra dobrada e tênis Adidas, e com um sério problema de identidade de gênero. Mas voltando a Jô, uma angústia não evitou-se de apertar minha garganta quando vi seis go-go boys em seus trajes de praxe dançando mal e porcamente. Porque os go-go boys de Minas Gerais são péssimos dançarinos, mesmo! Mas, na verdade, não era meu senso crítico que me apavorava, era o meu pavor de pegação que ameaçava minha noite, contudo, enfrentei-lhe com mais algumas cervejas e muitos cigarros. Estávamos, eu e o Antônio, acompanhados de um amigo aqui de BH, o Luthor, o qual rapidamente levou o meu hóspede para conhecer o dark room da boate enquanto eu ficava na pista. O Luthor voltou rápido, como bom mineiro, "dark room não é lugar para bons meninos frequentarem", contudo, logo ele conheceu um menino pela pista e ficaram. Ele me apresentou o menino e seu amigo, cujo sorriso, definitivamente, me encantou e acabamos por trocar uns beijos, por pouco tempo, afinal logo ele disse-me: "Desculpa, mas é que eu estou a fim de ficar com um outro carinha ali". Eu nem cogitei questioná-lo, simplesmente disse-lhe para se divertir. Encerrei, um tanto puto comigo mesmo, aquela noite com homens. Irritei-me, profundamente comigo mesmo, a ponto de chorar de raiva nos ombros do Antônio, por ter me deixado levar por aquela dinâmica. "Se não saber brincar, não desce para o play", não é?
Contudo, a noite ainda não havia terminado. Na Josefine, com certeza, mas voltando para casa, de ônibus, reencontrei um amigo de amigos, Rodrigo, com quem eu já bebi algumas vezes junto a turma de amigos de Belas Artes de uma das meninas com quem dividi apartamento. Surpreendi-me de vê-lo no ônibus e sentei ao seu lado e começamos a conversar quando ele coloca a mão na minha perna e a apertou sorrindo. Disse que estava indo embora de Belo Horizonte aquela semana, que estava aproveitando as últimas coisas boas da cidade, antes de ir. Para São Paulo dizia. "Últimas coisas boas" e apertava a minha coxa. Meu ponto chegou e eu disse que ia descer, chamei o Antônio que havia sentado umas duas cadeiras antes, descemos e quando olhei para o ônibus ele não estava mais lá. Havia descido conosco.
Ele notou no meu olhar a surpresa por ele ter descido, e eu notei seu constrangimento, então convidei-o para ir a minha casa, afinal não se joga pela janela aqueles cabelos compridos e olhos apertadinhos e sorriso safado. Mas, após instalar o Antônio no colchão na sala, e levá-lo ao meu quarto ele anunciou: "Olha, só vai rolar um sarro". Eu acatei a decisão dele, não havia porque discutir, e após ele gozar, apressou-se em dizer que era tarde e precisava ir para casa. Era realmente tarde, ou cedo, o sol já começava a despontar. Demorei a dormir pensando porque aquele papo de apenas um sarro. Seria ele gouinage? Mas pela manhã uma outra explicação, após uma notícia, talvez, seria mais provável. Descobri que ele tem namorada. Será que ele não faz sexo com penetração com homens por algum preconceito que ele ainda nutre sobre isso? Não sei! Se for, só tenho isso a comentar: Oh, honey!
Era uma quinta-feira e decidimos ir a Josefine, boate de barbies e carão que eu não visitava desde ,pelo menos, a visita do Bruno a Belo Horizonte. Entramos, após um aquecimento no Imperial, novo bar que tem sido agora o novo ponto de encontro da juventude hipster da capital, ou seja, estávamos cercados de meninos e meninas com camisetas xadrez, bermudas com a barra dobrada e tênis Adidas, e com um sério problema de identidade de gênero. Mas voltando a Jô, uma angústia não evitou-se de apertar minha garganta quando vi seis go-go boys em seus trajes de praxe dançando mal e porcamente. Porque os go-go boys de Minas Gerais são péssimos dançarinos, mesmo! Mas, na verdade, não era meu senso crítico que me apavorava, era o meu pavor de pegação que ameaçava minha noite, contudo, enfrentei-lhe com mais algumas cervejas e muitos cigarros. Estávamos, eu e o Antônio, acompanhados de um amigo aqui de BH, o Luthor, o qual rapidamente levou o meu hóspede para conhecer o dark room da boate enquanto eu ficava na pista. O Luthor voltou rápido, como bom mineiro, "dark room não é lugar para bons meninos frequentarem", contudo, logo ele conheceu um menino pela pista e ficaram. Ele me apresentou o menino e seu amigo, cujo sorriso, definitivamente, me encantou e acabamos por trocar uns beijos, por pouco tempo, afinal logo ele disse-me: "Desculpa, mas é que eu estou a fim de ficar com um outro carinha ali". Eu nem cogitei questioná-lo, simplesmente disse-lhe para se divertir. Encerrei, um tanto puto comigo mesmo, aquela noite com homens. Irritei-me, profundamente comigo mesmo, a ponto de chorar de raiva nos ombros do Antônio, por ter me deixado levar por aquela dinâmica. "Se não saber brincar, não desce para o play", não é?
Contudo, a noite ainda não havia terminado. Na Josefine, com certeza, mas voltando para casa, de ônibus, reencontrei um amigo de amigos, Rodrigo, com quem eu já bebi algumas vezes junto a turma de amigos de Belas Artes de uma das meninas com quem dividi apartamento. Surpreendi-me de vê-lo no ônibus e sentei ao seu lado e começamos a conversar quando ele coloca a mão na minha perna e a apertou sorrindo. Disse que estava indo embora de Belo Horizonte aquela semana, que estava aproveitando as últimas coisas boas da cidade, antes de ir. Para São Paulo dizia. "Últimas coisas boas" e apertava a minha coxa. Meu ponto chegou e eu disse que ia descer, chamei o Antônio que havia sentado umas duas cadeiras antes, descemos e quando olhei para o ônibus ele não estava mais lá. Havia descido conosco.
Ele notou no meu olhar a surpresa por ele ter descido, e eu notei seu constrangimento, então convidei-o para ir a minha casa, afinal não se joga pela janela aqueles cabelos compridos e olhos apertadinhos e sorriso safado. Mas, após instalar o Antônio no colchão na sala, e levá-lo ao meu quarto ele anunciou: "Olha, só vai rolar um sarro". Eu acatei a decisão dele, não havia porque discutir, e após ele gozar, apressou-se em dizer que era tarde e precisava ir para casa. Era realmente tarde, ou cedo, o sol já começava a despontar. Demorei a dormir pensando porque aquele papo de apenas um sarro. Seria ele gouinage? Mas pela manhã uma outra explicação, após uma notícia, talvez, seria mais provável. Descobri que ele tem namorada. Será que ele não faz sexo com penetração com homens por algum preconceito que ele ainda nutre sobre isso? Não sei! Se for, só tenho isso a comentar: Oh, honey!