Google+ Estórias Do Mundo: Quando A Diversidade Toma No Cú

Páginas

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Quando A Diversidade Toma No Cú

Estava eu zapeando pelos blogs da vida, comentando aqui, lendo acolá, quando entro no blog do Paulo, Enquanto Isso, Num Cantinho Escuro da Minha Mente e vejo um convite para participar de um vídeo brasileiro para a campanha It Gets Better. Este post aqui. Achei a idéia incrivel e aí entro lá, disposto a participar, foda-se se meus pais não sabem de mim! Vou ajudar alguém. Aí começo a ler a proposta da agência Grïngo. E começo a me assustar. Aqui está a proposta no site, mas reproduzo-a abaixo, com toda as referências necessárias.

"Muitos gays crescem imaginando que a vida tem que ser vivida de uma única maneira, formatada pelas concepções sociais. Essas convenções nos fazem sentir diferentes do resto do mundo à nossa volta, e algumas pessoas lidaram com o processo de “sair do armário” de forma mais dura do que outros.
A mensagem que esta campanha americana de “It Gets Better” quer passar é muito relevante, pois existem centenas de adolescentes que se matam todos os anos porque sentem que o que estão passando é além do que eles têm capacidade de resolver sozinhos e acham que nunca existirá uma luz no fim do túnel. E essa luz existe, e a gente sabe que a verdade é que it really gets better, much better!
No Brasil, eu acho que o problema mais abrangente (não o mais importante) é a caricaturização do personagem “gay” para as massas. Então sei que nossos “gays” são visíveis, mas são uma representação muito pouco real do que existe no mundo. Os personagens mais visíveis são os suspeitos de sempre: os ultra-femininos, garotos de programa musculosos, cabelereiros futriqueiros, costureiros divas -- enfim, uma renca estereotipada que passa muito longe de modelos de comportamento para um jovem que está formando seu caráter e tentando desesperadamente participar, pertencer, se identificar com um grupo.
O que queremos fazer é um vídeo apenas com gays brasileiros considerados “normais” -- ou seja, fora do estereótipo televisivo. São vocês estes personagens: artistas, biólogos, arquitetos, dentistas, desempregados. Queremos lógicamente também contar com os cabelereiros, go-go boys e costureiros da vida, que se comportam de maneira normal. Vale a pena objetivar a palavra “normal”.
Normal” é ser você mesmo, ter idéias, saber onde você se encontra na sua vida, ter consciência do que passou e ter uma relação com a vida que é otimista, entusiasmada, feliz ou triste, mas real."

 Agora, os meus comentários.
1) Sim, muitos gays crescem imaginando que a vida só pode ser de uma maneira. A maneira hétero.  Se homem, que você tem que sair com meninas, gostar de meninas, viver com meninas, se apaixonar por meninas, transar com meninas, ter filhos e família com meninas. Se mulher, tudo isso só que com homens. Além disso, homens tem que se comportar de forma másculo, corajosa, viril, sem sentimentos, racional. Já somente mulheres podem se femininas, medrosas, delicadas, sentimentais, emocionais. Essas são as concepções sociais a que nós estamos expostos, mas acho que a agência Grïngos não entende disso, chama, em palavras de especialistas, Sexismo.

2) É o mesmo Sexismo que caracteriza o personagem gay como sempre aquele próximo as mulheres, é este mesmo sexismo que constrói o estereótipo do efeminado. Contudo, para combater o estereótipo do efeminado, nós não mostramos que os gays não são efeminados, nós deveríamos é mostrar que o efeminado continua sendo homem. Ser gay pode ser ser efeminado sim, isso, ao contrário do que o texto da agência diz, é sim uma verdade, existem gays efeminados, mas o fato deste homem gay ser efeminado não o descaracteriza como homem, em momento algum, de forma alguma. 

3) Eu quero saber é porque diabos uma pessoa ultra-efeminada, um gogo boy ou garoto de programa, um cabeleireiro ou costureiro não podem ser bons modelos de comportamento para um jovem com o caráter em formação? Nenhuma dessas características citadas acima fazem parte do caráter das pessoas, garotos de programa e costureiros divas podem ser pessoas honestas e verdadeiras, homens ultra-efeminados e cabelereireiros podem ser pessoas pacíficas e que ajudam o próximo. Para mim, esses são conceitos de caráter que podem servir de exemplo para os jovens, não o seu emprego, não sua característica física. Porque ser efeminado, para mim, não é mais do que uma característica física.

4) O que é normal? Quem definiu e institucionalizou a agência Grïngos para selecionar se seus 20 convidados para o vídeo são ou não normais? Normal é aquele que segue a norma hétero? Quer dizer então que os gays só tem o direito de esperar que o futuro seja melhor se eles, todos, seguirem a mesma norma hétero? Se todos comportarem-se iguais, do mesmo modo, exatamente? Que espécie de mundo mais preto e branco é esse que a agência Grïngos quer? Eu voto contra e clamo a todos que critiquem o projeto da agência como eu mesmo fiz. Clamo todos para que lembrem que a bandeira gay tem várias cores, e eu só quero viver em um mundo se ele for diverso e colorido.

45 comentários:

  1. Isso mesmo, Foxx, vamos todos boicotar a campanha!

    Afinal, já temos tantas coisas boas acontecendo conosco, pra que a gente precisa dessa campanha, certo??

    Sinto muito, mas acho a campanha mais do que válida! Como respondi ao seu comentário no meu blog, nem todos vão se enxergar nessa campanha! Mas eu me enxerguei sim, e conheço muita, mas muita gente que também vai se ver nela. E sim, dou meu apoio, enviei meu email para participar dela da maneira que eu puder!

    Pode não falar em nome de todos? Concordo. Mas já é um avanço, indiscutivelmente!

    Sei que vamos ficar de lados opostos neste caso, mas apoio e defendo essa iniciativa, pois ela fala e muito para mim!

    ResponderExcluir
  2. Acho a proposta SUPER interessante e muito bem vinda.
    O que eu, quando adolescente, sempre tive pavor na minha vida, era que para ser gay eu tivesse de ser afeminado ou travesti ou drag queen. Não sabia diferenciar uma coisa da outra e, na minha cidade no interior do Rio, para mim, um jovem de classe media, gay era esse tipo específico. Mais tarde fui me dar conta da grande diversidade e quantidade de subgrupos dentro do mundo gay.
    A sua reação, a meu ver, entra naquela de se posicionar como vítima, mais uma vez.
    E acho mesmo que para garantirmos a igualdade, temos de tratar os desiguais de forma desigual. E quer grupo mais desigual e abrangente do que o dos gays?
    Aplaudo a iniciativa e não entendo o seu texto e sua revolta, de verdade.

    ResponderExcluir
  3. é... entendo sua revolta e acho totalmente justificada.

    Mas a intenção pareceu boa, não? Porém com um uso de palavras totalmente infeliz... a começar por "normal"!
    Eu acho que a imagem caricata não ajuda... os esteriótipos são sempre nocivos...
    Mas colocar o gay efeminado como o mal do universo é foda!
    E vamo combinar que gay que não é nem um pouquinho efeminado é praticamente um mito!

    Gay intolerante é a raça mais triste!

    ResponderExcluir
  4. Sabe qual foi o ponto da questão FOXX? É que estão associando "Efeminados" com "Promíscuos"!

    Eu não sou efeminado... mas defendo o direito de todo homossexual agir da forma que melhor lhe for!

    Concordo que a mídia só valoriza os personagens gays efeminados... e essa parcela de gays não representam o todo... também defendo a variedade de personagens gays... Mas vamos com calma né? Aqui o problema foi outro...!

    Que até mesmo dentro da própria comunidade gay exista preconceito contra grupos... não é novidade pra ninguém... infelizmente! Como se já não bastasse o preconceito da sociedade em geral!

    ***

    ;-D

    ResponderExcluir
  5. Nunca fui normal, Pra qualuqer padrão de Aceitação..

    o Foda-Se ligado Sempre.. me conheçe né?

    e os caras da campanha Viajaram uhahuauha

    Vai pra Natal em janeiro? volta quando?
    bjo

    ResponderExcluir
  6. É, eu concordo um pouco com o Leo e com o Arsênico.

    A escolha das palavras definitivamente poderia ter sido mais esmerada. E acredito também que é justamente a grande diversidade (assim como a diversidade de heteros é grande também) da nossa comunidade é uma das maiores forças.

    Mas lembro de um eu adolescente e meio perdido, procurando uma identidade. Nunca tinha ouvido falar de Ursos e tinha uma preguiça enorme dos colegas mais purpurinados, vamos dizer assim.

    Talvez, melhor lapidada, essa iniciativa possa ter um efeito muito positivo sim.

    ResponderExcluir
  7. Concordo plenamente com vc, FOXX...
    Só por esse texto, dá pra ver o quanto eles estão sendo preconceituosoos... Acho que a intenção pode até ter sido "Boa", mas sem dúvido eles estã completamente equivocados. Ao invés de estimularem uma cultura de diversidade, ao invés de ensibar as crianças e jovens a romper os padrões porque eles não levam a nada, apenas ao preconceito desmedido, eles propõem a criação de um novo esteriótipo de gay, baseado em padrões heterossexuais, que se opõe ao esteriótipo do Efeminado (já que você não gosta da palavra afeminado, risos). Eu não vou nem comentar o fato de que ele está generalizando como se ser gay fosse sinonimo de ser efeminado: Isso além de preconceituoso é burro, pq existem evidencias científicas de que isso não e verdade. Como vc definiu de maneira categórica, ser efeminado nada mais é do que uma característica física, e também acontece com heteros...

    Gostei muito da SUA iniciativa... E uqnato ao rosa e ao azul, vê lá o meu blog que eu tentei mais ou menos explicar pq fiz aquilo!!!

    Um beijo Foxx, até o próximo!!!

    ResponderExcluir
  8. "O que queremos fazer é um vídeo apenas com gays brasileiros considerados “normais”

    PQP ae nao vale, a agencia se estrepou.

    =)

    Os profissionais de lá estao precisando de rever conceitos, estudar mais um pouquinho, observar mais...

    Esses concepçoes de gente normal e anormal é tao estranha, que sinceramente eu me perco, muitos dizem que sou um cara "discreto" e "macho" e eu tbm acho tao estranho quando falam isso..rsrs...

    Eu sou muito na minha, e ainda assim nao me considero "normal".
    Vejo os Efeminados e penso que sao de uma coragem grande, dá a cara a tapa nao pra qualquer um.

    Nao sou do time "quanto mais viado melhor" (comentario infeliz, eu sei).
    Cada um é cada um e se for pra fazer um video com meia duzia de "certinhos" acho que melhor nem fazer, porque a realidade é outra. Totalmente outra.

    E creio que tenha mais efeminados do que normaizinhos, um padrao que seguimos talvez para agradar o outro ou seja lá que merda for.

    bom é isso, falei muita porcaria..mas tdo bem.

    ResponderExcluir
  9. Clapi Clapi Clapi pra todo mundo aqui. Vamos fazer o maravilhoso mundo dos gays afeminados e que não se enquadram. Afinal, não foi pra mim o texto, então tá todo errado. Agência burra, né?
    Me cansa. Sério.
    Me pergunto se alguém leu o seu texto antes de comentar ou se fizeram leitura dinâmica.
    Whatever, fui!

    ResponderExcluir
  10. Discordo do seu ponto de vista e assim como o Paulo e o Autor achei a iniciativa bem feita e ao ver seu post o que me passa pela cabeça é "Lá vem o Foxx bancando a vítima de novo! Muda o disco que já deu né?"
    Mas eu acho que é mais do que isso. É um caso complicado. E de fato só me alerta o fato de que o mundo que você criou na sua cabeça e que vive é que está completamente errado! Ele não existe e nunca existirá!


    Fico aqui pensando em que essa sua revolta está baseada? O fato de você ser afetado e/ou afeminado ou sei la o quê vai mudar o mundo? Vai mudar algo?
    Vejo que está muito preso em rótulos que apenas te massacram e o mundo é bem maior que isso. O mundo real claro. Este que você se recusa em viver mas ao mesmo tempo você diz querer viver num mundo diverso e meu caro isso é utopia porque os gays são os que mais pregam o contrário do que seria esta diversidade. Você mesmo já deixou claro que sofre preconceito e grande parte deles vem dos gays. São os gays que querem te matar porque eles não querem uma bixinha entre eles. Os heterossexuais acham divertido. Alguns até aplaudem. Então o que seria um mundo diverso? A agência ao dizer que pretendem falar a um determinado tipo de gay pra mim eles estão alertando para algo que de fato existe no mundo, este mundo que você fechou os olhos porque te machuca e para o qual você não pretende fazer partee acho que você ou não vê ou não quer ver já que criou este mundo pra você e não pretende sair dele!

    Também aplaudo alguns comentários interessantíssimos aqui, que percebo, leram tudo que você disse!

    ResponderExcluir
  11. Eu também acharia mais legal uma maior diversidade de tipos. Quem sabe quando/se a campanha der certo e eles abrirem pra todos enviarem seus vídeos. Ainda assim, sempre é válido você mandar um email pra eles questionando a postura. Vai que eles acordam?

    ResponderExcluir
  12. Para mim ser GAY é tão somente aquele q deu para si uma orientação Homossexual em suas relações afetivas e sexuais ... ser gay tipo homem ou efeminado pouco importa ... todos são seres humanos e por isto têm q ser respeitados. O preconceito contra o gay permeia até o meio gay, isto pq adotamos para nós os mesmos conceitos hétero ... Cada um seja o q ele quiser ser, isto é problema dele, ele poderá se impor pelo seu SER e não pelo q as pessoas julgam ele ser ... A campanha até pode ter lá seus méritos mas incorre no erro de querer segmentar o problema ... assim voltamos à mesma roda viva dos preconceitos ...

    ;-)

    ResponderExcluir
  13. revolta? Pra mim, apenas um ponto de vista!
    Super válido seus comentários!

    Bjs querido!

    ResponderExcluir
  14. Não vou comentar nada porque o texto, muito mal escrito, só pode ter sido feito por um adolescente de 14 anos. E um adolescente de 14 anos que não sabe escrever nem se expressar direito não merece tanta atenção assim.

    Se ele aparecer por aqui, digam para ele me procurar pois quero contar uma história enquanto ele está sentado no meu colo.

    Beijos, farofas e migalhas de bolo de fubá a todos vocês!

    ResponderExcluir
  15. gente, eu não acreditei em alguns comentários aqui, de pessoas q eu leio.

    o próprio texto define normal: “Normal” é ser você mesmo, ter idéias, saber onde você se encontra na sua vida, ter consciência do que passou e ter uma relação com a vida que é otimista, entusiasmada, feliz ou triste, mas real.

    um efeminado não pode ser enquadrado nesse conceito de normal? um gogo-boy?

    eu nem sei direito o q pensar. como a gte pode querer falar que há uma luz no fim do tunel p intolerancia e discriminação se a gente já parte discriminando os gays efeminados, os gogo-boys e etc.

    a gte só se decepciona.

    ResponderExcluir
  16. "... caricaturização do personagem “gay” para as massas..."
    Eu senti no texto acima que o movimento intenciona conscientizar a mídia em geral, principalmente a tevê, que o exagero dos trejeitos e dos comportamentos que eles vinculam à imagem dos gays na tela não retrata a realidade e até prejudica a concepção da sociedade. Quero dizer que, raras exceções, o cabeleireiro afeminado que vemos na tevê não se parece com aquele do salão perto de casa. Ambos são afeminados, mas, este, demonstra sensatez e é um cidadão como outro qualquer. Aquele, o da tevê, se parece mais com um ET e só futilidades.
    Por outro lado, concordo que pode ter havido falha de comunicação e que isso levará a interpretações equivocadas.
    Seria interessante alguém chamar a atenção do site responsável para isso.
    Abraços.

    ResponderExcluir
  17. Adoraria que fizessemos um video só com os blogueiros. Mas o nosos vídeo teria de tudo e de todos os tipos,pois não ligamos quem é o quê. Somos todos parte de um arco-íris e é isso que deve ser lembrado.

    ResponderExcluir
  18. Concordo com o Guy.. mal escrito. Eu acredito que qualquer um pode servir de exemplo, mas entendi a idéia da palavra "normal" para eles e concordo, quem, em construção de seu próprio caráter tem dificuldades para enfrentar e aceitar a si mesmo deve conhecer pessoas que vão além dos estereótipos, foi isso que aconteceu quando eu criei meu Blog, percebi que existem muitos GAYS que não são cabeleireiros ou afeminados... Enfim... Bjuuu!

    ResponderExcluir
  19. Ah, e sou a favor do vídeo dos blogueiros! ^^

    ResponderExcluir
  20. Olha, tenho que concordar em partes com o Autor, Serginho (em especial, porque ele pontuou muito bem a relação que você, Foxx, tem tido em relação a algumas ideias) e Paulo.

    A iniciativa é boa, na verdade, maravilhosa, mesmo que não tenha sido craida aqui, é uma apropriação da campanha norte-americana muito feliz.

    Eu moro num grande centro urbano, mas, assim como o Autor, meu maior medo era sempre ser a bixinha louca que todas as pessoas caçoavam. É bom saber que você não precisa ser assim.

    É óbvio que a mídia explora a caricaturização do personagem gay e aplaudo a iniciativa, sim, de mostrar que gays são mais que isso. Se perceber bem, normal está sempre grifado com aspas e a definição no final deixa bem claro isso. O próprio texto não exclui a participação dos estereótipos. Só parece que não vai dar a visibilidade que esses estereótipos JÁ tem na mídia. Acho muito válido, sim.

    É importante a gente parar de fazer o hipócrita e dizer 'vamos dar as mãos todos que não existem preferências em relação à jeitos e modos de agir'. Existem, sim, e devem ser respeitadas. Entretanto, também é fundamental que sejamos capaz de passar por cima disso em prol dos nossos direitos.

    Fazer a vítima e o politicamente correto não ajuda ninguém a nada.

    Se é em prol da diversidade, porque não mostrar também que existe um mundo além dos afeminados (que, embora sofram mais preconceito que gays menos afeminados, tem uma visibilidade muito maior), do cabeleireiro futriqueiro e do costureiro diva. Que voce não precisa ser o musculoso gogo boy.

    Enfim, a diversidade também é mostrar mais, em um momento, o que se mostra menos na maior parte do tempo.

    ResponderExcluir
  21. Resolvi ir ao blog e reler o texto pra saber se realmente eu... você e mais alguns não estamos enlouquecendo! E pra minha surpresa... olha o que encontrei:::

    (...)onde “ser gay” não é entendido como uma tendência da moda, e sim como um estigma que causa muitos danos.(...)

    Oi? Ainda por cima ser gay é tendência de moda? Como assim?

    Não meu querido FOXX... estamos certos em reclamar sim... com certeza esses que reclamaram... ou não prestaram bem atenção no texto... ou então fazem parte desses gays que desprezam os efeminados!

    ***

    umBeijo!

    ResponderExcluir
  22. Xi, quer saber, eu entendo o que ele quer dizer.
    Normal,é fugir do estereótipo.
    Estereótipos nào engrandecem nenhum ser humano, mas estão ai,sendo usados 24 horas por dia e usados de formas pejorativas e degradantes.
    E é normal termos "bichinhas espalhafatosas, sim!Mas é anormal esperar que todos homosexuais sejam assim.Ou que sejam promíscuos.
    E isso TEM QUE SER EXPOSTO AOS HETEROS, QUE CRIAM FILHOS, E PERPETUAM O SOFRIMENTO DELES MESMOS COM A IGNORÂNCIA E A HOMOFOBIA.
    A campanha meu querido, não é para o publico gay!É pelas pessoas gays.
    bjo.

    ResponderExcluir
  23. Entre todas as minhas características duas sempre se sobressaem: sou enxerida e meio Pollyana, assim resolvi comentar hoje. Tem uma coisa na campanha que gosto (e é justamente o que primeiro me causou urticária): a idéia de "normal". A primeira vez que li me deu vontade de vomitar, comoassimnormal? Eu sou mulher que não usa batom, adora futebol, não troca um pneu de carro nem fudendo, enfim..nem no padrão mulherzinha muito menos feminista engajada, sorry. EU MESMA. Única. E aí eu reli e vi o conceito de normal: Normal” é ser você mesmo, ter idéias, saber onde você se encontra na sua vida, ter consciência do que passou e ter uma relação com a vida que é otimista, entusiasmada, feliz ou triste, mas real."
    Estar fora dos estereótipos, DE QUALQUER ESTEREÓTIPO,...isso me parece bom!
    Meu lado Pollyana ainda me diz mais uma coisa: bom é mudar tudo por dentro. Por isso acho que seria LEGAL apoiar a campanha e transformá-la, ampliá-la, favorecer a discussão e promover a diversidade. É isso, Foxx, eu acho que você está muito certo no seu incômodo mas, talvez, as conclusões e ações decorrentes pudessem ser redirecionadas. Um beijo sempre carinhoso e amigável

    ResponderExcluir
  24. Campanha Vazia o bastante para se cogitar a seriedade de uma agência dessas, e assunto polêmico o bastante para angariar tanta revolta.

    Quem pode, nesse mundo, dizer que "dessa forma é mais normal do que essa", se esse termo "normal" tem tantas variáveis?

    As pessoas têm que aprenderem a lidar com vários pontos de vistas diferentes. Esse é o segredo da evolução. Não dá para aprender/mudar/melhorar apostando em uma só forma de pensar/agir/acreditar.

    A verdade e a realidade são variáveis, depende do ponto de vista de cada um. Nosso mundo, não, é singular a todos.

    ResponderExcluir
  25. Acho que não sou o único a achar q vc não leu o texto corretamente ou mesmo não o compreendeu e se colocou mais uma vez em uma posição de vítima, de agredido ou coisa do tipo... o texto define o "normal" e acho q a definição engloba todo e qualquer "tipo" de gay! A questão de comportamento de cada um é de cada um, e como existem muitos tipos de héteros q vão de trogloditas a metrossexuais, existem tb os gays machões e as bichinas/efeminadas/afetadas/mortas ou como vc queira chamar!

    Abraçoooo!

    ResponderExcluir
  26. Um absurdo, também fiquei chocado com essa agência, depois vou lá ver se eles publicaram o meu comentário.

    ResponderExcluir
  27. Putz... Eu nem sabia dessa proposta dessa agência, mas só de ler tá na cara o furo - no mínimo - que eles deram e entendo totalmente sua opinião. Na verdade, faria a mesma coisa. Que lástima!

    ResponderExcluir
  28. Palavras tem um pouco disso. São passíveis de muitas interpretações. As vezes foram só palavras que foram utilizadas com uma intenção, mas foram interpretadas com outra. Mas será que só de uma iniciativa como essa ter sido impulsionada, já não é uma coisa boa? Já não é uma coisa que vai ajudar de alguma forma? E mesmo que seja uma coisa meio segregada, isso tudo não é passível de ser calibrado?

    Um beijo primo.

    ResponderExcluir
  29. Muito bem colocado... E falou igual ao Mike de Queer as Folk no final da série. Isso sim é diversidade, não o que eles estão tentando construir...

    Bjs

    ResponderExcluir
  30. Concordo com seus comentários, mas tbm concordo com o comentário do Lobo... palavras são sim passíveis de muitas interpretações...

    Na parte final, quando fala que quer gays normais brasileiros, ampliando o conceito televisivo, ele tbm fala que quer os clichês reproduzidos pela TV.

    Prefiro imaginar que, quando falou em gays normais brasileiros, a intenção era tentar abarcar todas as nossas possibilidades enquanto gays. Os que passam por héteros, as divas, as bichinhas, as barbies...

    Somos muito diversos. E até nós mesmos temos problemas para aceitar e entender essa diversidade. Eu conheço alguns gays preconceituosos porque acham que somente o seu jeito gay de ser é o correto.

    Beijooo!

    ResponderExcluir
  31. Assustador. O pretenso objetivo, q eh combater o preconceito, se perde já na justificativa do projeto. "Normal" eh dose...o texto da justificativa eh nojento.

    Putz. Fizeram uma cagada grande aí.

    ResponderExcluir
  32. MEUKUEMCHAMAS pra essa agência.
    Poha, vai contra tudo que lutamos.
    E além do mais estão sendo bem controversos. Criticam a mídia por mostrar os gays num certo aspécto e querem fazer o mesmo, porém em outro aspécto.
    Ah vei, na boa, quando esse povo vai entender de uma vez!???
    Desanima isso viu.

    ResponderExcluir
  33. My dear Foxx, conversei com um amigo meu, americano do Missouri e ele me disse que a visão de diversidade americana e a brasileira são absolutamente diferentes. Gay efeminado nos EUA é algo intolerável, principalmente pelos gays.

    No nosso conceito padrão de Brasil, gay efeminado merece ter direito e claro, merece ser tratado da mesma forma que um gay não efeminado, mas nos EUA, culturalmente, não é o tratamento oferecido. Os efeminados so se relacionam com efeminados e os não-efeminados com o não-efeminados, triste, mas é assim. A campanha é, portanto, espelho de uma cultura gay diferente da nossa, mas igualzinha a cultura gay lusitana ou mesmo a canadense.

    Isso posto, não adianta dizer q eles estão errados, é uma questao cultural, lá eles aceitam as coisas do jeito que sao.

    ResponderExcluir
  34. Nem preciso dizer mais nada, você disse tudo!

    Beijo!

    ResponderExcluir
  35. Bom, eu penso que eles escolheram as palavras erradas, mas que a campanha é super válida SE não ficar reduzida a apenas este vídeo.

    Digo isso porque eu realmente fiquei muito confuso na adolescência quando eu me sentia atraido por outros homens, mas não me identificava com o esteriótipo mais efeminado. Nada contra os efeminados, eu os adoro (!), mas eu não consigo ser assim...

    Quero dizer que há jovens que precisam perceber que eles não são "héteros que transam com viados de vez em quando" (é péssimo, mas tem gente que pensa assim). Eles precisam perceber que pertencem a um grupo diverso e que esse grupo precisa de se unir em torno de uma causa em comum.

    Então, depois desse primeiro vídeo, o povo do "It Gets Better" tem de fazer outros vídeos para atingir outros objetivos que ficaram de fora deste primeiro, como um que diga que uma pessoa ultra-efeminada, um gogo boy ou garoto de programa, um cabeleireiro ou costureiro são pessoas dignas de respeito.

    Se há motivos para se revoltar com certeza são a escolha da palavra "normal" e por dizerem que estes esteriótipos "passam longe de um modelo de comportamento para os jovens". Será que a maioria dos gays é do tipo "machinho"? Ou será que estes esteriótipos também não são válidos e tem sua importância como parte de uma diversidade?

    Enfim, como toda ferramenta pode ser usada para o bem ou para o mal, dependendo de como este vídeo for conduzido ele pode reforçar preconceitos, mas se for de uma forma como foi feito neste aqui, talvez passe a tal mensagem que eles querem, sem denegrir os tipos considerados por eles "não normais".

    Abraços!

    ResponderExcluir
  36. Só um adendo: disse o que disse pq quando lí o texto, entendi que eles queriam fazer um vídeo no estilo desse que falei no comentário acima.

    Ah, e concordo com o Junnior... Pode ter havido uma falha de comunicação e o que eles queriam dizer é que eles até aceitam ultra-efeminados, gogo boys e tal, mas desde que eles sejam mais que um esteriótipo...

    Abraços!

    ResponderExcluir
  37. Ual, mas tem cada comentário aqui heim. O FOXX adorou a iniciativa, o que não cola é o "extermínio" (palavra exagerada, mas convém) da imagem do homossexual efeminado. Eu entendo que há muitos homossexuais que podem passar por "normais" e isso lhes convém. Entendo também que não há um exemplo, não efeminado na mídia para lhes servir de apoio, ou seja, lá o que precisem. Agora, se vocês existem, porque não inserir homossexuais efeminados de sucesso, porém o sucesso real, e não o que a mídia vende> cabelereiros, gogoboys, etc, etc, etc. Se vão representar um modelo, que representem todos, inclusive travestis e transexuais que também são gente, oras. Ou os gays "normaizinhos" acham mesmo que o destido de um (sucesso homossexual normal) será partilhado por todos? Bah!

    ResponderExcluir
  38. não vou polemizar mais o post..só passando pra dizer que cheguei a ti pelo Bewilde e outros, gostei e adicionei, se me permite ainda que com este atraso lamentável..
    xoxo...

    ResponderExcluir
  39. Discordo do seu pensamento e sim, precisamos de um movimento que tire esse estereótipo como sendo O ÚNICO QUE IDENTIFICA OS GAYS.

    O problema foi a abordagem como esse informativo tratou, como muita gente que leu seu texto, escreveu aqui.

    Não que ele tenha que excluir os efeminados, mas porque não mostrar os caras que não tem nenhum estereótipo para mostrar? Porque as campanhas que tratam do GLBT ainda usam basicamnete imagens de caras que incorporam o esterótipo pra facilitar a comunicação, mas nos generalizam e empobrecem seu objetivo.

    ResponderExcluir
  40. Boa tarde, Lenin, vc tá bem? Eu tô legal, mas meu pc deu tilt com um raio que caiu na chuva na 5a passada! Não consigo entrar no msn e twitter #fail! Olha, tanto eu discordo que It gets better, pq não fica melhor coisa nenhuma, rs bem como discordo que o garoto de programa seja um modelo pra sociedade, rs! Que me considerem machista, reacionário e whatever, mas eu não penso que isso faça sentido, apesar de respeitar os profissionais do sexo e saber as razões pelas quais eles se atualizam na sociedade! Abraços!

    ResponderExcluir
  41. Acho super válido os seus comentários e não discordo de você em momento algum!
    Essa campanha, se for pra começarem dessa maneira, é melhor não fazer!

    Tenho pra mim que um dos motivos da homofobia é a instrução distorcida ou nula e essa campanha, com esse discurso, está disseminando uma informação distorcida - VEJA BEM: eu não falei que essa agência é homofóbica, até porque isso seria um contra-senso! Mas POSSO ESTAR insinuando que há um envergamento para o bullying e, com isso, o direcionamento para um preconceito velado

    Fico muito chateado com essa constatação clara de que gay é preconcituoso com gay, digo isso em vinculação mundial (como é o objetivo deles)

    Não é questão de escolha de palavras como alguns disseram ai em cima. Não é polidez que desfaz a distorção de um conceito. Polidez, esmero, só camuflam

    Se a ideia é passar uma mensagem de que tudo ficará bem depois pros jovens, então me explica como ela será recebida por um jovem efeminado. Vai ficar bem pra ele também?

    ResponderExcluir
  42. qum escreveu esse texto?
    MEL DELS!
    rs

    ta muito sumido.
    bj

    ResponderExcluir
  43. Ricardo Aguieiras02 dezembro, 2010 11:31

    Foxx,
    que sucesso esse seu post!
    Acho essa campanha extremamente equivocada e concordo com tudo o que você disse.
    Acrescento:
    1) Estamos no Brasil, país que comprovadamente mais mata gays no mundo, não estamos nos EUA. Aqui a homofobia não depende de faixa etária e nem, jamais, atinge apenas os jovens. Antes fosse! Aqui a homofobia é como um filme de terror que não termina nunca, sempre tem um próximo capitulo.
    2) Velhos gays não se matam? Ou apenas são invisíveis, a invisibilidade que é a mais cruel das homofobias...
    3) A palavra "normal" deveria ser BANIDA dos nossos dicionários. Não há palavra mais hipócrita e opressiva. Até hoje, ninguém foi capaz de definir o que seria "normal"... dizem que é o que a maioria faz... ora, então em sexualidade tudo seria, então, "anormal' por que o que a grande maioria faz é masturbação, só ela seria "normal", segundo essa lógica heterossexista tacanha?
    4) Há otimismo demais nessa campanha. Nem sempre "tudo irá melhorar", muitas vezes na vida não melhora nada, não, só piora.
    5) Otimismo pode ser imobilizador e conservador, impede a reação. Se tudo vai "ficar bem" por que vou lutar?
    6) Infelizmente, o fato de sermos gays não nos livra de preconceitos. Seria bom, se assim fosse. Vide o horror do preconceito misógino contra afeminados. Eu, de minha parte, prefiro odiar e repudiar o machismo. Ninguém é obrigado a aceitar nada! Mas a respeitar! Essa é a nossa luta; não por aceitação, mas por respeito. Eu dou até o direito de alguém não gostar de gays. Mas tem que respeitar e validar Direitos Iguais.
    Infelizmente, há bichas burras nazistas (sim, há, por que fazem a mesma coisa, infelizmente) que não respeitam gays afeminados, vêm com o pensamento tacanho de que "são as bichas afeminadas que provocam o preconceito", nunca vi pensamento tão raso e medíocre, além de heteronormativo.
    Foxx,
    parabéns por sua sacação e grande inteligência!
    Ricardo Aguieiras
    aguieiras2002@yahoo.com.br

    ResponderExcluir
  44. Ok, é foda ser gay, é foda ter de assumir que não gosta de ser como todo mundo, aguentar as piadinhas...mas será que só a orientação sexual é decisiva no suicídio de gays no Brasil?
    Acho que é muito mais dificil ter de aguentar o preconceito por ser pobre, negro, gordinho (esse ultimo eu sei bem como é) associado a sexualidade.
    Não acho o video do It Gets Better ruim ou errado, afinal que nunca precisou ouvir aquilo num momento de dificuldade? Não digo os julgamentos da campanha, mas o apoio moral mesmo. Teria sofrido muito menos na minha adolescência se o youtube existisse...

    ResponderExcluir
  45. Foxx querido, adorei esse post, como é de praxe..
    Desde criança vi meu pai recriminando o jeito de ser de efeminados, cabelereiros e qualquer homem que apresentasse comportamentos 'nao-masculinos', e aquilo gerou dentro de mim um sentimento de tristeza, porque ao mesmo tempo em que me identificava com esses tais sujeitos (mas nao pelos trejeitos, e sim pela alegria, amizade, cumplicidade) via meu pai reprimir a mim a cada palavra que ele proferia... hoje em dia sou biólogo, mestrando e ainda não desenvolvi meu potencial emocional ao todo, porque esse padrão 'hetero-normal' ainda me afeta de uma maneira que não deveria, e me sinto sozinho e com uma certa angústia por não conseguir ser aceito como gostaria de ser.
    Espero evoluir e mudar esse conceito ruim que eu possua de mim mesmo... e espero que alguém esteja ao meu lado pra me ajudar a passar por essa metamorfose.
    Ler seu blog é reconfortante, me identifico a cada post e vejo que existem outros com os mesmos dilemas que eu, e de repente já não me sinto tão só.
    Não deixe nunca de postar, meu querido... seu dom da escrita é como a luz do fim do túnel que muitos encontram!

    Grande beijo!
    D.

    ResponderExcluir

" Gosto de ouvir. Aprendi muita coisa por ouvir cuidadosamente."

Ernest Hemmingway