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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

PASSADO: Anna Karenina, capítulo 4

"E decidira ser impossível viver assim, ser preciso encontrar uma explicação qualquer para a vida, de sorte que esta se lhe não apresentasse como uma ironia maligna e diabólica e não o levasse a estourar os miolos."



Foi em Santa Rita que tudo aconteceu. Santa Rita é uma praia que apesar de ficar a somente vinte minutos de Natal permanece deserta durante todo ano, com excessão do verão, quando as casas de praia que ocupam a orla ficam cheias de crianças e adolescentes mimados, meninos que se exibem a meninas que também tem seus hormônios em ebulição. No verão, a praia é ocupada por jogos de volei e amores imaturos, por isso prefiro ocupar a casa que meu pai construiu no inverno. É uma casa imensa! Duas suítes no primeiro andar, mais duas no térreo, acomodações ainda para mais dez pessoas no térreo e talvez mais dez subindo as escadas.
Nós ocupamos a suíte ao sul, naqueles dias de julho. Estávamos na cama, eu e ela, cama que eu havia dividido com o Sérgio momentos antes, quando ela falou: "Ele me disse que hoje não saíria daqui se não fizesse sexo com você". Eu me virei a ela e estava óbvio que eu queria mais explicações. "É! O Sérgio apostou comigo que hoje ia te comer". Eu ri, sem saber se ficava ofendido ou não com a pretensão daquele dançarino de corpo perfeito que estivera na minha cama antes. Anna, no entanto, sabia que deveria estar ofendida, ofendida e enciumada. Agora ela me queria na cama com ela. Porque Sérgio me tivera, e agora bebia e fumava com nossos outros amigos no térreo. Ela sentia-se na vez dela. Era a vez dela me ter naquela cama.
Avançou sobre mim e não nego que os beijos me atiçaram. E conforme meu corpo se ascendia, meus pensamentos fervilhavam. Um momento de escolha se aproximava e vórtice parecia me deixar tonto. "Eu sou gay, não sou? Então o que estou fazendo aqui, com ela, excitado?", eu me perguntava. Não havia dúvidas quando o Sérgio me beijou e me trouxe pela mão até aquela cama, agora quando ela montava em mim e tirava a própria blusa. eu pensava se deveria estar ali com ela ou não. Uma constatação foi tomada ali, com Anna e graças a ela, definitivamente, mulher não é a minha praia.

18 comentários:

  1. Era a vez dela "me ter" na cama, hehe... Mas se não é sua praia, como ficou de pau duro? Comigo não "rôla".

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  2. Como diria um amigo... para que a gente vai brincar, vamos se juntar! kkk

    Grande Abração! ;-)

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  3. brincar com fogo dá nisto mesmo ... nem a melhor Karenina vai me ter ... rs

    bjux

    ;-)

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  4. Hummmm gente o que é isso!!?
    Bom digamos que eu passei por isso, definitivamente não é a minha praia, mas tem uma coisa, excitação muitas vezes não tem nada a ver com a orientação sexual neah!!!?
    Bju e pode deixar que vou falar com aquela peça rara pra mandar um texto lá pra gente postar aguarde!
    Jay

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  5. "...e não nego que os beijos me atiçaram."

    Oi?! Será que eu entendi errado? hasiuahsuih
    Tem gosto pra tudo né mano, mas comigo definitivamente não sobe nem na manivela. auhsahsi

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  6. Olá! Td bem?

    Ah... Ela devia ser uma maria purpurina... rs

    Abraço,

    Eros

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  7. Eu, particularmente, saquei durante o texto que o Sergio é a sua delícia em questão. Beijinho em mulher não arranca pedaço, no big deal. Mesmo sentindo uma empolgação.

    Sei o que tô falando.

    beijo!

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  8. Oh, as pessoas me confundem... Mas, pra que melhor descobrir se a gente gosta de uma coisa ou não, do que dando a cara a tapa, né.

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  9. Como assim???? Trocar o dançarino pela racha?? Afffff...

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  10. Oi, Raposinho querido! Então... aquilo foram as respostas a perguntas que eu deixei que me fizessem durante uma semana, nos idos de 2005. Repondi também em capítulos à época, mas agora deu preguiça e juntei tudo num postão grandão.

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  11. Hum...ousadinha demais essa garota.

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  12. Querido Fox, já estou te seguindo e te lendo. Obrigado pela visita no blog.

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  13. Nooooooooooooossa
    Manda ela pra cá, hehehe

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  14. Cresceu. E aposto que cresce mais. Hehehe! Hugz!

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  15. gente...
    Mas te confesso, que ainda queria sair pra beber com ela!

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" Gosto de ouvir. Aprendi muita coisa por ouvir cuidadosamente."

Ernest Hemmingway