Esta é a nova coluna do Estórias do Mundo: A (...) VIDA DE HEITOR RENARD. Narrarei aqui as aventuras deste novo personagem que sou eu, vivendo uma vida que eu nunca quis para mim, mas que foi a única que eu encontrei pelo caminho que trilhei. Então, longa vida a Heitor Renard!
Heitor levantara para jogar a camisinha recém usada na lixeira do banheiro, nu ainda, viu seu reflexo no espelho e gostou do que viu. O peitoral e os braços torneados pelas horas diárias nadando no clube universitário e as coxas definidas pelas aulas de ioga o agradaram. Ele se considerou um belo exemplar de homem naquele instante.
No entanto, quando ele retornava para a cama, começou a se preocupar. Lá, deitado, ofegante, recuperava-se um homem do qual ele só sabia o nickname do Manhunt, John, que tinha um peitoral bonito e peludo, era somente ativo, e tinha uma voz grave e deliciosamente máscula, apesar do aperto de mão frouxo e do olhar vago, nada mais, o que conversar, agora, após um gozo que veio mais rápido do que Heitor esperava?
Era possível ouvir, através da parede, a respiração ofegante de John, o que constrangia cada vez mais Heitor. Ele poderia simplesmente sumir, não é? Quando o dono do quarto chegasse ao pé da cama ele já estaria vestido e pronto para sair, podia não podia? Mas não, ele continuava lá deitado, constrangendo. Por que Heitor havia optado por esta nova vida sem amarras, sem contato, sem reencontro (até porque este cara havia gozado em dez minutos e, pensava Heitor, definitivamente, não voltaria a sua cama), mas cheia de constrangimentos como estes? Ele optara por este caminho e, agora, precisava livrar-se daquele homem, que ainda ofegava, livrar-se de todo aquele constrangimento, pois nenhum dos dois queria mais nada do outro, mas a etiqueta sexual impedia que o outro simplesmente se levantasse e partisse.
Foi pensando nisso que Heitor se aproximou novamente da cama, e foi recebido por John apontando para um cartaz na parede, e perguntando: "Quarto de intelectual?". O dono do quarto preocupou-se, antes de responder, de vestir a cueca boxer creme que John arrancara-lhe junto com a bermuda enquanto sugava-lhe a boca e o pescoço, fazendo isto, deu as costas para o semi-desconhecido que, bem ou mal, tinha lhe garantido um orgasmo abundante sobre o próprio ventre, pouco depois dele mesmo gemer fortemente. "Um amigo que fez", respondeu, sentando na cama e estendendo a manta amarela agora um pouco amassada que cobria o edredom, o qual nem fora movido.
John então levantou-se. Também se vestiu. Relógio, camisa, bermuda, cinto. Enquanto vestia-se comentou sobre a ascendência oriental de Heitor. "Não, não sou oriental, minha ascendência é indígena, não japonesa", respondeu o anfitrião quase dando de ombros. John então comentou algo sobre a migração mongólica pelo Estreito de Bering e a relação entre a população ameríndia e a do Extremo Oriente. "Sim, sim", concordou sem entusiasmo Heitor, que apesar de lembrar-se de suas aulas sobre arqueologia, pré-história, pré-história americana, pré-história do Brasil e pré-história do nordeste, podendo assim perfeitamente prosseguir dissertando sobre o assunto, apenas olhou através da janela entendiado e John resolveu partir.
Heitor então o acompanhou até a porta, abrindo-a, dizendo-lhe adeus com um falso "nos vemos por aí" e fechando-a atrás dele, enquanto pensava consigo o quão ridícula era aquela situação, apenas para explodir num riso alto, logo após, quando finalmente ficara completamente sozinho.
Hummm... mto prazer Heitor!
ResponderExcluirRealmente, deve ter sido bastante constrangedor esse momento pós-sexo. Mas eu A-M-E-I a gargalhada final! =P
o gozo sem compromisso é fantástico menos quando é tão rápido...10 minutos...hum...enfim...heitor já chegou tombando tudo né?!?!
ResponderExcluirhehehehheheh!!
Devo confessar que o Heitor é mais corajoso em relação a vida que eu. Cada um deve fazer suas escolhas de acordo com seu bem estar!
ResponderExcluir.escolhas são assim mesmo. algumas vezes proporcionam gozos alucinantes, outros risos constrangedores. independente de qual seja o resultado, o bom é estar consciente, realizá-las e seguir em frente...
ResponderExcluir.abraço
Sem falar que se meu francês não está enferrujado... renard é aquele animal muito conhecido "nosso" ;-)
ResponderExcluirBienvenu mon ami!
A tout l´heure!
Realmente, essa situação parece constrangedora...
ResponderExcluirMas se o cara tivesse gozado sozinho seria ainda mais...enfim kkkkk Pelo menos ele entendeu o recado e foi embora!
=}
Agora, "quarto de intelectual" ? O que será que tinha no cartaz?
Nossa, gostei do Heitor. Acho que ultimamente estou vivendo como ele. O que é triste, para mim. Mas, não posso parar minha vida esperando pelo príncipe encantado que pode chegar num cavalo branco (kkk). Ou seja, Vida longa a Heitor Renard!
ResponderExcluirq bom q as pessoas dão força
ResponderExcluirpq eu nao entendo isso
d verdade
e se entregar racionalmente... é impossível
xx
A risada final, juntamente com a forma de narrar o ocorrido, demonstra um desespero/descontentamento com a nova vida, pelo visto.
ResponderExcluirSe é pra entrar nessa, melhor mergulhar de cabeça, sem culpas e ressalvas. Minha opinião.
Heitor... hum... s-e-i!!!
ResponderExcluirHugzz!!!!
bem vindo caro Heitor
ResponderExcluirblegh!
ResponderExcluirpro Heitor
Acredito que o contrangimento seja sentimento passageiro, já que a mudança de perspectiva é muito recente.
ResponderExcluirCom o tempo o Heitor vai aprender a lidar melhor com este tipo de situação.
Desespero? Descontentamento? Não enxergo isso não.
Enxergo alguém que está trilhando um novo caminho. Talvez este caminho não tenha sido sua primeira opção, mas pelo que conheço, com certeza por aqui o sucesso está garantido.
Só quero ver onde esse Heitor vai parar...
ResponderExcluirpor mim ela pode ter a opniao q quiser, sem problema algum..
ResponderExcluirmas eu tb tenho o direito de ter a opniao de q ela e uma *(¨*&%$$
;)
Vc consegue transformar uma fodinha sem graça em um belo texto. Eu adoro os segundos, cansei das primeiras. Pode ser só sexo, mas tem que me dar vontade de ficar mais um pouco. Bj
ResponderExcluirvai virar tudo conto em um livro!
ResponderExcluirCompletamente sozinho..pq mesmo com John no quarto, parecia que ele já estava sozinho, ou não?! Enfim..ótima sexta! Bjs
ResponderExcluirHeitor dividindo opiniões...
ResponderExcluirA minha ainda não sei, vou esperar os proximos passos do nosso anti-herói...
Beijooo
uma punheta não teria durado mais? rsrs
ResponderExcluirmas que situação..
ResponderExcluirque isso
oi heitor...
ResponderExcluirpor isso q digo q muitas vezes + vale uma punhetinha do q um sexo propriamente dito.
bjs do Lico
Uau... prazer em conhecê-lo Heitor! E Foxx tb! rsrs
ResponderExcluirAdorei o blog. Vou acompanhar.
Se puder, gostaria que vc visitasse o meu e desse sua opinião.
T+
Eu gostei do adjetivo "Etiqueta sexual" qual nunca ouvira antes. Isso te impede de levantar, limpar o gozo e ir embora, já que só esteve ali para esta finalidade. Talvez a vergonha de Heitor seja consigo mesmo. Por que estou transando com alguém que nem conheço? O constrangimento é consigo mesmo. Mas muitos gays fazem isso, transam com alguém que nem conhecem, e na maioria das vezes não ha arrependimento algum nisso. Mas Heitor, parece que nao se sente confortável com isso. Mas uma vez, Foxx fala sobre o que acontece de corriqueiro. Eu amo :)
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