"Quer namorar comigo?", aqueles olhos verdes me perguntavam. Quando isso começou? Como foi que isso chegou aqui? Sentados naquela escadaria que descia preta e branca até a praia de Ponta Negra. Na mesma praia onde eu o vi pela primeira vez. Ponta Negra.
Naquela tarde de um domingo azul, o sol brilhava forte e dourado. Era um dia para estender-se naquela areia cremosa com amigos e deixar a própria pele em bronze. Os amigos: Sílvia, uma índia de cabelos de graúna e pele de canela, e Gui, um negro alto de pele de ébano. Amigos da faculdade. Do Laboratório de Arqueologia. Caminhavámos pelas pedras portuguesas brancas, pretas e carmins que formam desenhos geométricos no calçadão. Conversávamos sobre como eram as relações entre homens na Grécia Antiga. Gui, curioso, perguntava. Eu, prestativo e cheio de más intenções, respondia. Sílvia sorria, esperando um resultado que ela julgava previsível e disparou: "Gui, você precisa beijar um homem!". Gui reclamou: "não!". Até que pelo ombro dele, eu vi olhos verdes me cercando. Os mesmos olhos que hoje me pedem em namoro. Eles me olhavam como se me conhecessem, e eu desconfiei que também os conheçia. Reparei além dos olhos. Vi o mesmo cabelo claro, raspado, e uma barba por fazer que desenham o rosto que me encara hoje. Ele usava apenas um sungão azul marinho naquela tarde, expondo o peito e a barriga estreita, sobre coxas grossas. E, de repente, eu lembrei de onde o conhecia: o Pedro, da internet.
Perguntei-me como ir lá falar com ele: eu devia? Eu podia? Como eu explicaria de onde o conheço se ele que resolvesse vir falar comigo? Não posso sair dizendo que a gente conversava na internet. Não podia. Ou podia? Senti-me com o rosto vermelho. Ele também me reconheceu. Devia ter me reconhecido de longe. Mas também não fez nada. Não se movia, apenas me observava, enquanto a pele dele secava do sal do mar. Eu continuei a caminhar, e não parei, não parei por ele, não parei para falar com ele. Continuei o meu caminho com Gui e Sílvia. E, pouco depois, meu celular tocou. "Pedro" piscava na tela. Apertei o botão verde do meu Erickson e uma voz grossa perguntou onde estava, e disse-lhe que estava em Ponta Negra. "Então foi você que eu vi há pouco". E eu confirmei. "Olha, eu vim em casa deixar a prancha e tomar um banho. Você me liga quando eles se forem. Ok?". Eu concordei, nervoso. Ele morava na praia. Perto do mar, do sol e da areia que eram sua grande paixão.
Quando o céu se tornou laranja, eu disquei os números e ele me atendeu feliz. Disse me encontrar em cinco minutos e, não mais, ele estava diante de mim. Caminhamos e conversamos sobre os anos de surf e de geologia. E a noite caiu violeta sobre um mar azul. E protegidos pelo manto da deusa, pela primeira vez, em um lugar público, um homem me abraçou com carinho, brincou com minha orelha e me beijou. Lembrando daquilo, apesar de não estar apaixonado, eu desejei sinceramente que pudesse ficar. E ele sorriu satisfeito ao me ouvir falar: "Sim, eu namoro com você".
adorei a historia voce escreve muito bem abracos d+ seu blog
ResponderExcluirAi,ai...tão bom qdo isto acontece
ResponderExcluirEssas histórias me deixam sonhando. Romances mexem comigo.
ResponderExcluirAbraços!
Ai ai... to muito romântico essas semanas, preciso parar de ler essas coisas, hahaha...
ResponderExcluirBela história!! ;-)
abração!
sinceramente eu espero que sim, mas temo que não, pq ai vão começar a pensar que o erro é neles, já que o problema é uma caracteristica genética e características genéticas a gente herda dos pais, talvez melhore as coisas, mas talvez o desprezo e a rejeição ate dos próprios pais com eles mesmos seja pior!
ResponderExcluirContinuo adorando os seus flash baks...mas vê mete o pé no futuro!
ResponderExcluirHmmmm q bunitinho..tbm quero!
ResponderExcluirAdorei seu comentário relâmpago no blog! Qdo ia passar aqui pra ler as novidades já tinha um comentário seu lá! kkkkk
ResponderExcluirLinda historinha... Mas, BH não tem praia... acho q não rola disso comigo né?! kkkk
Xeru
E ouvir um sim e sentir nossa alma se alegrar por isso tb deve ser divino!
ResponderExcluirE eu quero ser pedido em namoro um dia tb..
Excelente Findi Foxx
Bonito isso; e essa parte de querer ficar apaixonado sem estar parece que faz parte do enredo, não?
ResponderExcluir***
Agradeço o oferecimento de ajuda, mas é melhor recusar: estou em péssima companhia aqui embaixo, não quero correr o risco de puxar ninguém pra cá!
;)
Bom final de semana!!!
ResponderExcluirGrande abraço!
Quando foi que isso aconteceu, que eu nunca soube? :b
ResponderExcluirLinda história. É daquelas que você fica sonhando e consegue visualizar toda a cena.....ai, ai....
Bjo, meu caro!
Você coloca o coração quando escreve sobre esse tema... =)
ResponderExcluirdemais...viajo junto nessas histórias...
ResponderExcluirAbs :-)
Bem..........muito bonita a história, porém não acho que realmente tenha acontecido de modo tão bayronista. Falo isso pois conheço o Fox pessoalmente e se isso realmente aconteceu ele reluta em comentar, mas ainda acho que está faltando algo.
ResponderExcluirEpa, que blog bacana!! Você realmente escreve muito bem, como disse o avessos! Já enfiei no Google Reader. Quando eu voltar da viagem volto pra ler mais. Deeeesde o comecinho! :-)
ResponderExcluirBeijo!
Olá, Foxx, obrigado pela visita ao meu blog. Prometo passar outra hora para ler seus posts com mais atenção...
ResponderExcluirUm grande abraço
linda história. Muito linda. Adoro histórias de amor com final feliz.
ResponderExcluirÓtimo Blog
so romantic...
ResponderExcluirlindinho demais
vivi hah poko tempo a experiencia d uma demosntração em público e eh lindo
me vi nas suas frases
xx
Querido, adorei tua visita lá em casa... seja benvindo!!!
ResponderExcluirQto ao post, romântico hein? Como não resistir... Eu acho mais que você tem-de-deixar-acontecer... e quando a porta abrir, tu nem vai perceber... vai constatar que ela já está aberta...
É que acredito mesmo é nesse "amor de verdade", nessa coisa dia-a-dia, cotidiano by sábio Chico...
E esses momentos são é deliciosos de curtir, de viver e de depois saber que aconteceram e que foram bons... Palavra!!!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirHá lembranças que, tal como o gosto a mar, deixam um rasto demorado na nossa pele.
ResponderExcluirAbraço.
Lindinho, voce não ja postou isso há muito tempo atras????????
ResponderExcluirP.S.: Viu como eu fuço teu blog...
MUÁAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
XD
Mas adoro rever do mesmo jeitim!
hey, Foxx! Tem algo para vc aqui:
ResponderExcluirhttp://www.mixpoint.com.br/2008/06/meme-escrita-automtica.html
ab's!
HAHAHAHA!
ResponderExcluirPassei a noite inteira em Ponta Negra ontem :P
Minha cidade é linda né? UHDHAUSDAD
Quanto ao desencontro das suas paixões, lhe digo uma coisa: elas aparecem quando você nem cogita mais nenhuma possibilidade de que elas apareçam. Bom, não sou o Senhor Experiência, mas pra mim funciona(ou) assim!
Ah... geologia? conheço uma turma da UFRN do curso ó! Como dizem por aqui: Natal é um ovo! KKKKKK
Ah.. obrigado pela visita! :)
Abraços.
Olá caro! Retribuindo a visita e respondendo seu comentario:
ResponderExcluirFox: Não tenho idéia de como é a vida no Liechstein...
Apenas cuidado para não distorcer frases: playboyzinhos chapados irresponsáveis! É bem diferente de playboyzinho, pois há muitos deles responsáveis, que fazem tudo dentro da lei e são pessoas maravilhosas e respeitam tudo e todos... Não quero gente inocente na cadeia, tenha ela nada, pouco ou muito dinheiro, pois isso pra mim não faz diferença nenhuma.
Gente boa e gente ruim há em todas as classes sociais, de todas as cores, de todos os sexos, de todas as religiões... Seja um "playboyzinho", seja um "malandrinho"...
Abços!