Estava mexendo nas minhas agendas antigas e encontrei este texto. Só sei que ele foi escrito antes de 2004, não preciso o dia, nem sei o porquê do clima fúnebre, mas ele merece ser perpetuado aqui.
Cheguei carregando uma garrafa de Chateaux. Claro que Charteau. Meia hora antes quando eu procurava o que beber, pensei: "por que não comprar a mais cara?". Afinal eu não queria pensar no amanhã. Não queria me preocupar com o outro dia.
Ainda não estava bêbado quando cheguei naquela ponte. Sei isso porque lembro que olhei para o fundo daquele vão e ainda senti minhas pernas fraquejarem devido a vertigem que me envolveu.
E fiquei lá, recostado sobre aquele parapeito, que deveria proteger-me da queda, com minha suave garrafa de Chateaux. Senti a suavidade do vinho levar as dúvidas e trazer as lágrimas.
Foram as lágrimas que me fizeram subir no parapeito. Talvez porque meus olhos úmidos não me deixaram ver as trevas profundas, ou por causa do álcool que corria nas minhas veias, só sei que não senti mais medo. O Chateaux acabou. A garrafa então tornou-se pesada, e meus braços se recusaram a segura-la. Ouvi-a cair.
Olhei para as estrelas. Admirei-as. Sorri um sorriso triste e larguei a coluna que eu me segurava. Senti o vento abraçando meu corpo. Um carinho frio. Pensei no passado e no presente, e quando pensei no futuro, gargalhei. A melhor gargalhada de toda minha vida.
Aí me soltei. Abracei o vento. A queda. Caí. No segundo seguinte me senti livre. No outro, me arrependi. Meu coração se encheu de esperança. Tudo pareceu tão pequeno. Nada vale isso. Para quê desistir? Para quê pular? Quando as trevas me alcançaram, eu só pensava em uma coisa: eu queria saber voar.
Cheguei carregando uma garrafa de Chateaux. Claro que Charteau. Meia hora antes quando eu procurava o que beber, pensei: "por que não comprar a mais cara?". Afinal eu não queria pensar no amanhã. Não queria me preocupar com o outro dia.
Ainda não estava bêbado quando cheguei naquela ponte. Sei isso porque lembro que olhei para o fundo daquele vão e ainda senti minhas pernas fraquejarem devido a vertigem que me envolveu.
E fiquei lá, recostado sobre aquele parapeito, que deveria proteger-me da queda, com minha suave garrafa de Chateaux. Senti a suavidade do vinho levar as dúvidas e trazer as lágrimas.
Foram as lágrimas que me fizeram subir no parapeito. Talvez porque meus olhos úmidos não me deixaram ver as trevas profundas, ou por causa do álcool que corria nas minhas veias, só sei que não senti mais medo. O Chateaux acabou. A garrafa então tornou-se pesada, e meus braços se recusaram a segura-la. Ouvi-a cair.
Olhei para as estrelas. Admirei-as. Sorri um sorriso triste e larguei a coluna que eu me segurava. Senti o vento abraçando meu corpo. Um carinho frio. Pensei no passado e no presente, e quando pensei no futuro, gargalhei. A melhor gargalhada de toda minha vida.
Aí me soltei. Abracei o vento. A queda. Caí. No segundo seguinte me senti livre. No outro, me arrependi. Meu coração se encheu de esperança. Tudo pareceu tão pequeno. Nada vale isso. Para quê desistir? Para quê pular? Quando as trevas me alcançaram, eu só pensava em uma coisa: eu queria saber voar.
Que texto, meu amigo! Com certeza deve ser eternizado, sim! Já pensei muito em morrer...mas nunca pensei em tirar a vida com as próprias mãos! rs
ResponderExcluirE...quanto ao comentário no blog, a responsta está lá! Eu adoro essas suas perguntas... seu arrogante FOFOXXO! rsrs
Adorei a estória do telefone! rsrs Bem espertinho vc! E, pelo visto, seu gaydar está funcionando muito bem, né? hehe
Beijo! E feliz natal!
Uma mudança no tom de repente, me pegou de surpresa... mas gostei do tom em que foi escrito.
ResponderExcluircaramba...
ResponderExcluirli com toda a apreensão do mundo!
que texto... com certeza vale ser eternizado aqui!
um feliz natal e muita curtição!
vou quebrar o lirismo do texto pra comentar que, nos engarrafamentos, eu também sempre penso em querer voar.
ResponderExcluirabraços.
A vertigem da queda só dá prazer a quem sabe que, a qualquer momento, pode sair voando.
ResponderExcluirAbraço.
Cara, que o foi isso!!!
ResponderExcluirSeu blog vai para o meus "links" neste exato momento...
E logo hoje que estou pesando muito na minha vida... Se não fosse ver no meu búlétím da faculdade que passei de ano, certeza que eu estaria gargalhando do passado, presente e futuro, mas agora penso no futoro e penso "Ah que se foda, vem que vem porque eu to sussa"
Tenha um Oteeeeeeeeeeeeemo Natal, com muita paz, luz e alegrias para vc ! E sim eternize este texto e muitos outros, DOREI!!
E caso eu acabe não podendo passar aqui novamente antes de 2008.
Tenha um Fantastico Reveillon, muito espumante, Vinho, cerveja, sei lá envolveu alcool pode me chamar hahahahha
E claro abra os braços para 2008 porque todo ano tem suas surpresas.. uI!!!! Me entusiasmei com as minhas proprias palavras agora hahaaha
Bjunda
E vamos voar? Eu te acompanho!
Adorei.
ResponderExcluirMe deu vontade de sair na noite fria bebendo uma garrafa de vinho no gargalo e andar até a garrafa acabar e depois continuar andando, e só parar quando chegar na próxima vinícola.
Meu menino,vôa passarinho, vôa...
ResponderExcluirFoxx, aquele Feliz Natal pra vc, e q 2008 seja repleto de realizações.
Vamos ver se no proximo ano nos encontramos aqui nessa cidade, já q vc vai estar + perto.
bjos
Existe uma beleza muito sedutora na melancolia... e o texto se apropria dela muito bem!
ResponderExcluir"Pensei no passado e no presente, e quando pensei no futuro, gargalhei. A melhor gargalhada de toda minha vida."
ADOREI!!
EI MOÇO!
não via ver o post de amigo secreto que fiz pra vc?
E com certeza!
ResponderExcluirNada melhor do que o desejo de voar pra embalar o natal né?
Pq podemos permitir que td fique bonito assim e tenhamos desde já um bom 2008!
Boa Semana!
FELIZ NATAL
Lindo texto Foxxie!
ResponderExcluirAh...
FELIZ NATAL!!!!!!
li o texto e, como sempre acontece, me veio à mente uma música chamada "arabian nights", mais especificamente o seguinte trecho:
ResponderExcluir"Então
Devo retornar para seguir as sombras das minhas buscas
Meus passos ecoarão ali de areia para pedra
Nunca deixarei minhas pálpebras fecharem em lugares vazios
Meus sonhos irão preencher o vazio com histórias desconhecidas
Conhecerão o poderoso infinito obscurecer o horizonte distante
A estrada sussurrada que eu tomarei nunca terá curvas
Sozinha
E o vento retornará minha história à sua promessa
Ou irá minha história perseguir até o final?"
vc manda muito bem nas suas escritas posão, feliz antal
ResponderExcluirabração
sem palavras para dizer..
ResponderExcluirmuito bom o texto cara..
adorei
Eu fiquei com medo desse seu post. Mesmo.
ResponderExcluirFoxxx ...meu querido. Bj e feliz 2008
ResponderExcluiracho que vc já estava voando. mais fedro, por favor! rs
ResponderExcluirQUE LINDO...ADOREIIIIII
ResponderExcluirE ADOREI A VISITINHA LÁ NO MEU1
BJÃO
adorei o texto!!!!
ResponderExcluirsempre bom poder voar!