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quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

PASSADO: Os fins de meus começos

No clima, vou contar como terminaram, como foram meus outros fins-de-namoro. Alguns foram dramáticos, outros nem tanto. Uns foram absolutamente por minha culpa, já outros me trouxeram alívios imediatos. Alguns me pegaram de surpresa, outros foram muito bem arquitetados, decididos e pensados. Bem, vamos lá...

ANDRÉ: Éramos vizinhos, éramos e ainda somos. Nosso namoro começou com aquelas brincadeiras infantis. Ele perdeu a virgindade dele comigo. Seu primeiro beijo também foi comigo. A primeira pessoa que ele disse que queria ficar fui eu. Mas ele nunca me pediu realmente em namoro. Estávamos juntos e isso que importava. Mas havia amor? Não. Amor não. Era seco. Sem sentimento algum. Quando acabou então não houveram nem lágrimas, nem dor. Só fim. Afinal não havia amor. Havia carinho, amizade e também um sexo maravilhoso. Mas amor... amor não havia. Então a monotonia sexual se instalou. O sexo ficou chato. Sem graça. O tesão acabou. Não havia mais porque fugir do colégio para encontrar com ele antes de meus pais e meus irmãos chegarem em casa. Não havia porque fugir para sentir a pele morena dele contra a minha. Paramos de nos ver. Paramos de nos sentir. Diziamos apenas bom dia na rua. E só.


PEDRO: Ele não era bonito. Nem gostoso. Foi minha grande excessão. Mas eu queria ver no que dava. Afinal beleza não põe mesa. Conheci-o na net, e depois nos reencontramos na praia. Foi a primeira vez que o vi, de sunga. O namoro quase engatou, ele sabia conquistar mas teve uma hora que ele queria que eu corresse atrás dele, ai, antes mesmo de começar, eu cansei. Chamei-o para conversar. Fomos no shopping. Ele estava apaixonado como sempre. Sentamos. Mas quando terminei o que tinha para falar, ele disse que sentia a mesma coisa. Mentira. Ele só não queria sair por baixo. Leonino, ora. Conheço os truques.


FRANCISCO: Ele me amou. E eu que dei em cima dele. Ele era muito gato. Rosto perfeito. Corpo esguiu. E ele era tão carinhoso e cuidadoso comigo, e eu traí. Admito. Mesmo assim. E ele descobriu. Querem detalhes? Bem era Carnatal, ele ía trabalhar na sexta-feira, então eu decidi que não iria para a folia. Fui para Ponta Negra com Felipe, um grande amigo (na época), para encontrar um ficante dele, Rodolfo.
Nosso plano era fugir do Carnatal. O plano de Felipe era fazer-me de vela. Mas, Rodolfo tinha outros planos: Carnatal. E me deram meio litro de vodca para beber. E depois de meio litro de água russa... bem, você me leva para qualquer lugar... mas até aí tudo bem né? Você terminaria com seu namorado por isso? Claro que não. Porém há um catalizador: Sérgio. Loiro. Bronzeado. Sarado. Só queria me comer. Paquerava comigo no ônibus. Já havia me dado seu telefone deixando um cartão no banco. E, por coincidência, daquelas que só acontecem nesta pequena metrópole, Sérgio trabalhava com Rodolfo. Ele, Sérgio, eu e Natasha (a vodca). Como terminou? Numa amnésia alcoólica do que lembro, apenas entre nuvens, eu, abraçado com Sérgio, dizendo: "Olha, aquele é meu namorado!". Resultado: uma conversa, na qual fui perdoado. Por ter saído. Por causa de Sérgio. Mas eu não queria ser perdoado. Queria que ele acabasse o namoro. Mas ele não acabou. Aí esfriei. Não queria mas encontrar com ele. Enrolava. Fugia. E aí nos afastamos de vez, e ele apenas me ligou pra dizer "feliz ano novo".


JUAN: Bem, para contar minha estória com Juan, eu preciso apresentar-lhes Alejandro. Alejandro era meu amigo, conhecido de intermináveis horas no MSN-após-UOL, por minha causa ele ficara com um menino pela primeira vez (não eu, Vinny, um outro amigo). Bem, Juan tambpme conheci via MSN, mas depois de Alejandro, numa festa eletrônica que ocorreu num shopping, em que Alejandro estava presente, nós nos conhecemos, ficamos e começamos a namorar. Ele me pediu em namoro, e eu pensei: "Porque não?". Na festa ainda, Alejandro atacou. Pegou telefone, MSN. E foi, e viu, e venceu. Ficou com Juan no outro dia. Eu descobri. Eu os peguei em flagrante. E minha surpresa foi maior do que qualquer outro sentimento que senti. Sentei ali mesmo, sob o olhar aflito de Alejandro, e perguntei o que Juan queria e ele me disse: "Você é a matriz, e ele a filial". Eu apenas ri. Ri do pobre Alejandro e entendi que namorava uma putinha da pior espécie. E já que todos os pingos nos is foram colocados, eu traí também: com melhores e maiores. Mas um dia, bêbado, Alejandro confessou que estava apaixonado pelo "meu namorado". E eu decidi pular fora deste circo. Excluí Juan do MSN. Apaguei o telefone dele do meu celular. Terminei. Sozinho mesmo. Ele não merecia nem a consideração de saber. Mas um dia ele ligou para o namorado dele.
- Alô, quem é?
- Não sabe quem é?! Você não tem o número do seu namorado no celular?!
- Eu apaguei. Não quero ficar entre você e Alejandro. Ele te ama. Fica com ele.
- Mas eu não gosto dele. Gosto de você.
E desligou. E nunca mais falou comigo de novo.


JORGE: O mais bonito de todos. Professor de uma academia perto daqui de casa. Minha grande ilusão. Eu achava, admito, que se ficasse com um homem perfeito (fisicamente) eu, sem dúvida, me apaixonaria. Ledo engano. Deus me provou isso. Ele colocou Jorge literalmente no meu caminho, afinal nós nos conhecemos na rua, apenas para me mostra o quanto eu estava errado. Nunca me apaixonei por ele. Eu o achava vazio com seus assuntos sobre televisão e revistas de moda e cabelos, ele era esteta, ruim de cama e me dava pouca atenção. Nunca saíamos juntos porque o trabalho dele era mais importante, porque o corpo dele era mais importante ou porque a praia com o irmão dele era mais importante. Ah, cansei! E um dia, ele reclamou que eu vivia na casa de Ramon, pelo telefone, e eu aproveitei a deixa, atravessando a faixa de pedestres, me fiz de ofendido e terminei tudo. Finito.



THIAGO: Tudo começou com a gente ficando. Ficando. Ficando. Ficando. Só que eu ficava com outras pessoas e ele não. Ele me dizia que estava brincando com fogo, mas queria correr o risco. E eu achei a coragem dele tão bonita, que resolvi também me arriscar. Decidi começar a namorar com ele. Mas eu ainda não o amava, gostava muito de ficar com ele, mas não amava. Contudo, como era muito bom tê-lo ao meu lado, aos poucos, comecei a gostar mais e mais de Thiago, mas quando eu estava quase lá, quase amando-o de verdade, ele terminou tudo. Alegou que éramos mais amigos que namorados por causa da nossa intimidade, carinho, sinceridade e respeito. E aí acabou. Não entendeu? É, ninguém também nunca entendeu Thxi.

5 comentários:

  1. Olá Foxxx!!!

    Nossa... gostei desse lance da listinha... Acho até que vou fazer uma também... hehe!!!

    Legal vc fazer esse resgate, pois é de todos esses "finais" de namoro e também seus começos que se compõe a nossa história!!! Recordar é viver!!!!

    Abraços!!!

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  2. Olá lenin!
    hummm tenho que começar a aprender com vcs os segredos do "acabamento do namoro". Num sei, mas acho q vou precisar bastante, ehehe

    Feliz Natal!
    Abraços

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  3. Uou!
    Quanto sentimento.
    Feliz Natal.
    Beijos

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  4. Eu entendi o térimo no Thiago, é compreensível, oras!
    O que você não entendeu é que o amor dele seguia outro caminho, diferente do seu. Mas era amor =)

    Desculpe, mas achei engraçado seus términos de namoro!
    E você, hein?! Namorou todo mundo e mais um pouco! Rs!!!

    Adorei esse post! :]

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  5. Nossaaaaa, quanto homem, hehehe, acho que ja tah cascudo lek, sabe se virar nas relaçoes, é isso mesmo, a gente aprende com todas essas relaçoes.
    se cuida ae amigo, bçao

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" Gosto de ouvir. Aprendi muita coisa por ouvir cuidadosamente."

Ernest Hemmingway